21 de dez. de 2006

"So this is christmas"

O natal pode ter muitos significados inadequadamente a ele atribuídos. É um fato com o qual nos resta conviver (ou não, de preferência). O maior significado da festa, porém, está nas pessoas. Para isso ele existe. "Para lembrar e ser lembrados", como dizia o poeta. E este blog é, para mim, além de palavras e canções, pessoas. As três coisas de que mais gosto no mundo.



Feliz Natal para todos!

12 de dez. de 2006

Quirino

No subtitle : versos do Jessier Quirino, poeta paraibano aloprado de que, estou certa, já falei por aqui, e que está com página nova no ar. Muito boa, por sinal, vale a visita. Apenas não o faça com o Opera, que não vai...

O homi..




Vem dele (embora seja dito popular, esclareço) a frase do dia e da semana: "conselho e tabaco, só se dá a quem pede".


6 de dez. de 2006

Quarta

No quengo: faz dias (desde que vi Anos Rebeldes, para ser exata) que, de vez em quando, vem a minha cabeça o discurso do Vandré: "Se vocês pensam ... que me apoiam... vaiando... gente... gente... por favor... tem uma coisa só... a vida não se resume a festivais".

Ui...

Não precisa falar quem é Vandré, a pobre criatura, precisa? O Wiki fala por mim.


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Na internet - 1: acabo de ler na Wikipedia que existe no mundo 50 milhões de blogs. Eu disse 50 MILHÕES. Ui.


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Na internet - 2: artigo no site no minimo sobre as capas das revistas masculinas da semana (vão lá correndo ver, animais). O mais engraçado de tudo é ver homens sugerindo tendências e buscando tecer lerdas filosofias acerca de um tema simples, tosco e imutável: homens querem ver mulheres nuas. Mais hilário ainda perceber que os homens pensam que as mulheres se enganam sobre isso. Bom, por essas e outras é que sempre aviso: cuidado, homens. Quando mandarmos em tudo, não estou muito certa sobre o que sobrará para vocês... Bom, quem avisa amigo é.


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No cinema: esse eu quero ver. O Labirinto do Fauno. Guilherme del Toro também filmou HellBoy, cês viram? Eu vi e gostei. Uma foto que vale estar aqui:




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Na tv : ontem entrou para minha lista de filmes-a-ver-completos (o mal de ver filme na tv é perder o final; e o mal do cinéfilo é o sono, eu repito) este Adaptação. Eu já o paquerava na prateleira da locadora a tempos, agora o flerte é definitivo. Bom, só para ver Meryl Streep já valeria a pena, o fato entretanto é que, apesar de toda loucura típica dos filmes que buscam ser uma história dentro da história (vejam sinopse, se gostarem de spoilers e quiserem entender melhor a trama meio amalucada), o filme me pegou. O final, que não vi, aparentemente é uma bomba, mas mesmo isso condiz, ao que me parece, com o que pretenderam os autores da obra. Muito interessante. A propósito, eu não gostei de Quero Ser John Malkovich, da mesma dupla diretor/roteirista Spike Jonze/Charlie Kaufman.

Uma foto da musa para amenizar o blá-blá-blá:

4 de dez. de 2006

Dicionário de Pessoas

amiga - Si
branquinha - Brí
carnaval - Con
Copa - Jôka
Dércio - Ci
escrota - Vi
Europa - Lu
irmã - Gabi
mangá - Lu
mocinha - Qué
pequena - Nil
ruivinha - Vilmetes
sapato - Gil
vaquinha -

"Sigunda"

Eu tenho mesmo um problema com dar ordens: nem o blogger me obedece logo, né uma merda?

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A postou 101 Coisas sobre ela e também me deu uma vontade de fazer, mas me deu uma preguiiiiiça... Essa mania de lista que me persegue, vixe... Mas essa preguiça...

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Também ando com muita preguiça de postar coisas que valham a pena. Deve ser preguiça-de-final-de-ano. Cês tem? Eu tenho, todo ano. Não é depressão-de-fim-de-ano que tanta gente tem (porque adoro natal e ano novo), é preguiça mesmo. Ok, ok, é canseira. Tem uma lista(!) de coisas prá fazer que só faço agora ano que vem, claro. Em 2006, agora, só o essencial. Dane-se o mais.

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Além de preguiçosa, ando altamente pornofônica neste fim de ano. Sorry, babies (prá quem não gosta de palavrão, claro). Apesar disso eu sou uma mocinha educadinha, acreditem, quando não me enchem o saco.

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Falar em preguiça, eu ainda tenho uma prova quinta-feira. Apesar disso, não abri um livro hoje. Segunda sem lei. Beijos a todos. Vou ali dar aula de matemática.

2 de dez. de 2006

Coisas da tela e da semana

"Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
"
(Drummond - Poema de Sete Faces)

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Sonhar com banquete faz a gente acordar empanzido. Faz sim. Ou se trata apenas de se ter comido muito antes de dormir e meramente a realidade se reflete no sonho. Talvez.

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Jung não concordaria com isto. É, comecei a pensar nesse cara depois de ver um filme em que ele está. Jornada da Alma. Recomendadíssimo, altamente. Bem falou a moça da locadora (que é, diga-se de passagem, das melhores atendentes de locadora que eu já vi): "como esse filme não passou na sua vida até aqui?". Estranho mesmo, porque não é tão novo(2002) e é bem certo que foi um filme com que me entendi, mas nunca tinha pensado em pegar nem mesmo havido ouvido falar. Completando, estou apaixonada pela atriz que interpreta a protagonista, Sabina Spielrein. Que mulher fascinante, senhores, e que atriz (Emília Fox, não conhecia...). Bravo.





Na foto, a cena, em minha opinião, mais comovente do filme.

O link do Adoro Cinema, só para não quebrar o hábito.

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Mercy! Está passando Uma Linda Mulher (precisa de link? Seria subestimar os leitores...) na tv aberta. Que milagre, o filme é legendado.

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O Opera, o browser, cá entre nós, merece um parênteses aqui. Teria perdido este post à pouco não fosse ele. Cliquei no link do Jung no editor do blogger, mas, ao voltar, o post estava inteirinho, cabeça, troncos e membros. Ó céus, o inferno do blogueiro é perder um post, vocês sabem.

27 de nov. de 2006

Não li, não li, não li

Eu já tinha ouvido muito falar sobre o blog da Laura, tá, confesso. Mas sinceramente não recordo se já tinha ido lá. Agora, fui, e não devo mais esquecer. E, lá, não me perguntaram, mas, enfim, eu responderei quais foram os livros que não li até o fim:

-O Mundo de Sofia, obviamente.
-O Senhor dos Anéis, obviamente.
-e o pobre coitado A Maçã no Escuro, da Clarice Lispector, uma autora que é um túmulo para mim, infelizmente. Digo, não conseguimos nos entender (à exceção nos seus contos!), e, salvo engano, comprei o livro só porque achei um título lindo em demasia. Lá está ele, o livro, vigilante, a repreender-me. Vou doá-lo a biblioteca amanhã, se não parar com isso...

Bom, é claro que houveram outros livros, mas por hora não recordo. E você, que livros insuportáveis já passaram por sua vida?

22 de nov. de 2006



Silêncio da noite que dorme.
O respirar leve da casa.
Sossego da ave na planta.
Só o asfalto a ressonar displicentemente.

Da Globo

Ah, que novela tétrica, essa das oito. Até a música, a distância, já enjoa. Sim, esse pianinho com orquestra. Mané Carlos, tem pena do povo, sô. Pobrezinhos dos viciados nela. A única coisa que me apetece um tanto é saber se essa menina com bulimia vai ficar boa (vai, é claro, é novela) , ainda que anoréxicas me deixem nervosa (porque eu fui em outra encarnação, sabem?). Mas ela com essa cara de não-sei-quê comendo biscoito na cama, é de amargar. Ainda mais adispois do pai barbudo de seu namoradinho lindo tê-lo levado para escolher garotas-de-programas-de-boate e o rapaz ter pedido um táxi. Isso ainda existe, sinceramente? Pai levar filho prá virar homem? Tenha dó, Seu Mané...

Só tô aqui esperando Redentor. Que eu sei que não será muito bom, mas, enfim, experimentarei. Pelo menos o elenco é bom.

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Ontem, ao menos, pude gargalhar com a Marinete algemada à cama...

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Agora, está naquela musiquinha da mulher-cantando-com-um-ovo-na-boca. Aquela, que é igual a do dia que rasparam a cabeça da Carolina Dickeman na outra novela do Mané. Aquela novela, que é igual a essa.

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'Cabou. Depoimentos. Vou ao cinema nacional.

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Ia sisquecendo. Estão anunciando a Trilha Sonora Lounge, da novela do Mané. O que é isso mesmo que não lembro mais?


Update - Ê filminho ruim, sô. Nem vi até o fim. Ainda bem que vacilei todas as vezes que pegava a caixa na locadora.

20 de nov. de 2006

Médio

Arrumei mais ou menos os links dos blogs amigos. Eu disse mais ou menos (cá entre nós, ô tarefazinha sacal, sô). Aproveito a oportunidade para, de público, pedir desculpas aos muitos que não tenho visitado nos últimos meses. É que sou uma pessoa relapsa mesmo, fazer o quê... Ah, vocês também são, né (alguns, que eu tenho os meus fiéis, eu sei...)

O pavão



Posta-se à sombra o pavão,
tecendo com o bico, para o sol, sua longa paisagem de ave.
Empertiga-se finda a triagem,
recordando para si a própria imagem.
É alto, único e sóbrio.
Caminha imune à cobiça dos seres circundantes que o observam, trêmulos:
porque se sabe.

18 de nov. de 2006

Todo mundo espera alguma coisa
(sábado à noite)

Palavras, essas coisinhas que coçam.

(Faz dias tá na cabeça, humpf)

"Bom dia: eu dizia à moça
que de longe me sorria.
Bom dia: mas da distância
ela nem me respondia.
"
(Drummond)

T'aqui completo, achado num blog tão lindo, tão lindo, pena que aparentemente a moça não escreve mais lá.

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Juntas à música, palavras são um desengano.

(Outra, que começou agora)

"Hoje o tempo está mais firme, abre mais meu apetite
Cura e seca minha bronquite algumas folhas de hortelã
Vamos circular na praça, prenda bem esse cansaço
'Inda vou passar no Estácio, o Estácio pode me querer
"

Seu Melodia.

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Porém, definitivamente, a música do fimde foi essa, não foi, amore?

"Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Getúlio Vargas, suicidou
Nietzsche, enloqueceu
E eu, não vou nada bem

Chatterton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Isócrates, suicidou
Goya, enloqueceu
E eu, não vou nada nada bem

Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Cleópatra, suicidou
Schumann, enloqueceu
E eu, puta que pariu, não vou nada nada bem
"

"Vôte, eu, hein", dirão os leitores... "A criatura pirou de vez.". Não, não, eu tô quase ótima. E a música também é ótima.

Chatterton é esse aqui, prá quem não sabia, como eu.

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Mudando de pau prá cacete: não tem um santo ou santa aí assinante da Veja que mande para mim (no maio26@gmail.com) a reportagem sobre blogs que saiu dia desses? Sim, acho que foi na Veja. É, quero ler. Auto-conhecimento é tudo, vocês não sabiam?


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Ah, antes que eu esqueça: eis um trauma vencido. Alvirubras (lindo nome, não?) saudações. Agora vou aos sonhos, que o dia foi longo. B'as noites.

16 de nov. de 2006

Oito Anos

Ó céus... Ó idade...

Porque as coisas tem nome normal e nome científico?
Posso dizer porque acho?
Porque eu não posso tirar minha sujeira das unhas com os dentes?
O que são germes?
Quem é esse aí na foto?
Mãe, quanto é um patins?
Posso ir prá casa de Bela?
O que é "logotipo"?
O que é "trincheira"?
O que é "casual"?
O que é "atitude"?
Porque eu não posso olhar isso?

Qualquer semelhança com essa aqui NÃO é mera coincidência.

14 de nov. de 2006

Mais um, na linha batida mas boa dos textos de auto-ajuda. E outras coisinhas mais.

Recebi este texto enorme da Martha Medeiros, Nossa Vida, a Melhor Resposta, que não postarei aqui como faria em outros tempos por amor à alguns leitores que já disseram “não vou ler, muito grande” (eu lembro, viu, Palpi, ;-)). Martha Medeiros, uma boa moça... Querendo, leiam. O único lugar em que o encontrei no Google foi neste blog Entrelaços, post do dia 12/11. Bem que vale o trabalho, se você já não recebeu por email (o que é bastante provável).

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Explicação para o comentário do post "Os Filhos de Escorpião" ("O Derradeiro"): essa série começou com Sagitário (Oi, Lula!) então, vocês que gostam de horóscopo como eu sabem que acabou. Que pena. Só são doze os signos. Já tô com saudade.

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Explicação para os últimos sub-titles: música do Zé Geraldo, "a Terra de Gibran".

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Fiz um grande esforço ontem à noite para rever o Daniel de Oliveira na pele do Cazuza, apenas para ter saudades do Lauro Corona e pela trilha sonora, com a qual não me contenho. Obviamente não são as únicas coisas boas do filme, enfim... Bom, na parte em que ele adoece não vi mais, porque não gosto. Ademais, tinha pego o último dvd de Anos Rebeldes. Foi justa a troca, rever a Heloísa sendo alvejada e o João Alfredo voltando do exílio...

Olha aê a linda criança... Com o Falabella e a Lucélia Santos.



Lauro Corona


... e a segunda criança linda...



Daniel de Oliveira


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Por fim, a frase do dia, ou da semana, do mês, sei lá (desculpem, mas não posso dormir sem esta): cada um só dá o que tem. Mas não é mesmo?

13 de nov. de 2006

Aos Filhos de Escorpião - O Derradeiro




"É o reino da força
Vermelho é a cor do teu coração
Ferro em brasa na casa da morte
É o escorpião
A força criadora que habita o mundo
O animal da auto-regeneração
O homem que renova, signo fecundo
O fim planta o início
É a transmutação
Cabala do grande sinal
Cabala da força do ...."

(Oswaldo Montenegro - do musical A Dança dos Signos)

9 de nov. de 2006

Teseu e o minotauro

Voltou-se o minotauro para o herói, isto bem no meio do labirinto, e expôs, às gargalhadas:

-Entendo tão perfeitamente este quê em seu sorriso, caro herói, mas, infelizmente este é um labirinto. Reconhece o termo? La-bi-rin-to. “l-a-la-b-i-bi-r-i-n-rin-t-o-to”. Sabe o que é, querido? Pode se entrar, não se pode sair. E eu, sabe o que sou? Mi-no-tau-ro. Precisa soletrar?

O herói bem que tentou relaxar a musculatura, mas mordeu o lábio. Muito imperceptivelmente. Tem mil olhos porém o minotauro.

O novelo coçava em suas mãos.

“Não tenho tempo para pensar”, suspirou a mente do herói, antes de cravar longamente entre os olhos do monstro a espada mágica com que Ariadne lhe presenteara...


7 de nov. de 2006

Um chamado desses...

... e euzinha não atender?

Nem morta.

Vai, Cecília, canta teu canto, ainda que triste, porque é seu dia. Porque vou lhes contar um segredo, não é fácil encontrar um poema alegre da Cecília. A Cecília é uma poetisa da tristeza, o que não é uma pena para a arte, mas deve sim ter sido para ela. Qual não foi a minha surpresa ao encontrar isto, vejam! Uma pedra preciosa!
Quase penso eu não ser dela. Mas é, sim. Gostei tanto que vou colar numa parede lá em casa, heheheh...

A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.



Ops. Quase esqueço. Fui chamada para a Blogagem Coletiva pelo Lino. Agradeço a lembrança!

30 de out. de 2006

Dias de Luta

Estou naqueles dias de "queroquevocêmeaqueçanesseinvernoequetudomaisváproinferno". Mas é para ir mesmo, sem passagem de volta. Muito, muito, muito bom.

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Gostei muito da vitória do Lula, sim, algum problema? E da vitória do Eduardo Campos, de quebra. Não dá mais para vestir bandeira e pintar a cara, e nem acho que será possível tão cedo, mas enfim, ser feliz importa. Muito. Quem preferir que fique pensando e falando mal, que eu vou ali sorrir para as margaridas, combinado?

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Tudo isso deve vir disto. Ah, tão delícia. Nem quero pensar no espanto que é ver como nosso país mudou, meu Deus. Com toda desgraça, éramos felizes e não sabíamos. Porque deu tudo tão errado? Tinha tudo para dar certo (não, não tinha, senão, tinha dado). Não existia programinha da MTV chamado "A Fila Anda". Não existia Orkut (essa loucura obtusa, neurótica, histérica, graças a Deus abandonei essa merda), a Cicarelli não existia. O Manoel Carlos não existia, e O Profeta não era essa criatura loura-e-inexpressiva-com-cara-de-anjo, mas o Carlos Augusto Strasser (lembram?). Todos eram sinceros, autênticos e tentavam ser felizes. Não se sobrevivia, se vivia. Sabe do que mais? Essa espécie está fadada à extinção. Tente salvar-se e amar aos seus enquanto não chegamos lá. Ainda é possível.

25 de out. de 2006

Conselhos ao findar da tarde

Se conselho fosse coisa que prestasse, se vendia, mas vamos lá. A Sweet é confiável.

Uma foto para eternizar o momento, como seria nos piores cartões de amor.



Tenha prazer ao alimentar-se, isto é muito importante. Só quem já perdeu a fome sabe a importância que há nesta faculdade humana. Animais comem por necessidade. Não comemos por necessidade apenas. Ter paladar é estar vivo, é não ser um suicida.

Durma. Pelo amor de Deus, durma. "A noite foi feita para dormir”, dizia um filósofo que conheci (“Nem tudo em torno do buraco é beira", ele também dizia). Não dormir é degradar tudo que Deus nos concedeu. A noite não é escura à toa. Não dormir é afronta e açoite. Uma atitude nada bela, e devoradora. Os bichos sabem disso; nós, bestas humanas, é que desaprendemos a lição. Por isso, se precisar, tome remedinho (mas não acostume), mas durma. Lembre como mamãe ensinou quando você era bebê. Crianças não sabem dormir, muitas. Ficam numa excitação de dar dó. Tem que ficar calma. Respirar. Luz apagada. Tem que ter mão quentinha, sentir a lembrança da respiração materna, recorde a dela. Ainda não tem para vender, mas arranjem uma penseira*. Fictícia que seja, mas arranjem. Essa parte é essencial.

Jamais se prive daquilo que lhe agrada em benefício de livrar-se de sentimentos indesejáveis. Entenderam? Melhor que sim, porque não vou explicar mais que isso. O fato é que essa estratégia não funciona, simplesmente. Acaba você sem fazer nada que goste, e para quê? Punir-se, o que é uma bosta. Deixe isso pro povo da Opus Deis, pela mãe do guarda.

Este negócio de internet, cá entre nós, é coisa de doido, e paranóico. Se ainda puderem, esqueçam. Blog, nem pensar. Com o tempo, você vai aprendendo mais, e vai se afundando, pode crer. Eu ando meio arrependida de tudo isso. Como eu disse, isso é conselho. Que eu dou para mim mesma, muitas vezes. Querendo, aproveitem.

Agora, se não tiver mais jeito (eu disse que blog é coisa de louco, continuam a ler por própria conta e risco), leiam a Fal. A Fal e Os Malvados. E a Ithildin também. Tutti buona gente.

Arranje um bicho para observar. Nem que seja seu filho. Eu ando a dias maluca com a idéia de ver meu passarinho chegando aqui ao galho (o danadinho continua solteiro - segundo alguém que mora comigo e entende tudo de aves, conforme reza a lenda - quando alguma passarinha lhe der mole ele sumirá, o ingrato). Mas não tenho aquelas câmeras supimpas da Discovery Channel para postar na varanda, e tenho mais que fazer todo dia após as dezessete. A propósito, alguém sabe a hora exata em que os passarinhos dormem? Porque eles acordam às quatro e meia da matina, eu já contei no relógio.

Não tenho mais nenhum conselho para dar. Ainda bem, né? Podem respirar agora.


*Aos não iniciados na literatura potteriana: penseira é o objeto mágico onde Dumbledore deposita seus pensamentos e memórias, para organizá-los. É uma bacia mágica, sacumé? Meu sonho de consumo mais precioso, cá entre nós... Até já sonhei que um dia inventarão um chip que fará algo assemelhado...


A Penseira.

Está expondo

O Jôka está expondo aqui e não posso deixar de divulgar, certo?

Parabéns, Dom Jôka!

24 de out. de 2006

Muito bem, senhores e senhoras...

... agora me respondam firmemente, e desta mesma firmeza envolvam a menina dos olhos ao fitarem essa fuça pálida (o sol, o sol não chega): o que vocês fazem aqui? Pegando urucubaca internáutica?

O que as pessoas procuram num blog? Procuram o que? O que eu faço aqui, eu sei. Vocês, não sei.

Vamos lá, circulando, circulando. A Sweet anda sem inspiração para nada que não seja fungar, tossir, espirrar, gastar dinheiro com remédio e aborrecer-se com médicos. Atchim!



Minto. Entre um cochilo e outro, a única coisa para que me restou tempo foi assistir este aqui: O Mercador de Veneza. Um belo diálogo sobre clemência e justiça, na cena do julgamento. A família toda gostou. Não percam.

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Mais um mistério orkutiano a ser decifrado: na minha página consta que existem 9 recados, mas, acessando o link, tem apenas um lá. Aquele gato amarelo passou por ali e comeu 8 recados?

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Tem mais. O blogger agora se recusa a publicar de imediato os posts. Não sei quanto tempo depois entram no ar as mensagens. Bom, né?

20 de out. de 2006

Este blog está doente.

Desculpem.

Voltem mais tarde.

(letras do Elomar no sub-title)

17 de out. de 2006

Manda quem pode ou prefere; obedece-se, mas pera lá

Ser pau-mandado é da minha natureza, é correto.

Mas tem dias que isso cansa, blergh.

Pior ainda quando se observa gente sendo mandada de forma pior que aquela que te aplicam, sem justificativa e, pior, sem autoridade moral.

Pau-mandada sou, porque prefiro ser. Curvar-me, curvo-me. Mas demais, não. Senão, se mostra os fundos, dizia vovó (ou sei lá quem), o que não é de minha natureza, definitivamente. Mandem, mas mandem com juízo, delicadeza, sapiência, espírito de equipe. E pelo amor de Deus, mandem podendo mandar, olhando nos olhos. Senão, baby, fica difícil, e a porca torce o rabo, ah, se torce. Tem aprendido a torcer. O que é muito mais fácil quando a porca não tem o rabo preso (thanks, God).

Orkutem, digo não Orkutem

Cuma se apaga todos os recados de uma só vez nessa joça de Orkut aonde ainda estou? Sem ir de um por um?

A última aborrescência foi uma mensagem de uma moça com camisa do Brasil e calcinha me dizendo que a minha foto fora selecionada para a comunidade Sexo entre Amigos do Orkut. Daí que eu podia remover o trem da foto, era só clicar aqui. Ai, meus sais. A culpa é minha, que ainda não saí da joça.

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Update - Não perguntem como: apareceu uma opção para apagar tudo na tela de recados do meu orkut. Sinistro.

16 de out. de 2006

Cadê a blogueira que tava aqui?



O gato comeu.

(Sim, conheço o ditado correto, mas sou contra roedores e recuso-me a postar fotos desses seres imprestáveis aqui no Maio. Ademais, Deus me livre de ser comida por um.)

9 de out. de 2006

Algumas

Descobri a poucos dias o Blog do Zé Dirceu. Blergh. Achei muito ruim. E chato. Ah, sim, esperei algo bom ao entrar lá.

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Outubro é um mês de nome muito lindo. Porque será que gosto? Vem simplesmente do fato de ser o oitavo mês do ano. Deve ser porque sou dos pares 4 e 8. (É definitivo: falta-me assunto, falta-me assunto, falta-me assunto, mas, ó, como adoro escrever aqui).

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Revi Feitiço da Lua neste final de semana. Um filme perfeito, delicioso. Um filme de atores, comediantes de linha. Amo em especial Olympia Dukakis e sua matrona italiana, ainda capaz de apetites masculinos. Cher e Nicholas Cage são coadjuvantes, para mim. Claramente Cher possui seu brilho próprio ostentado nas longas pernas finas sobre sapatos de veludo vermelho, e aquela capa linda, negra, cabelos imensos e aquela cara fenomenal (fenomenal e indescritível, exótica demais para ser dita)... mas, enfim, não há comparação...

"-Não importa o que você faça, Cosmo, você vai morrer como todos nós.
-Obrigada, Rose.
"

Um brinde a Rose!



Sabe onde queria vê-la? Em HP. Ela estaria bem em qualquer papel. Porque não lembraram dela?

Ah, sim, ia esquecendo: a lua esteve em alta por aqui neste final de semana. É verdade. "Que bella luna!" (corrijam o italianês, se for o caso!)

Aos Filhos de Libra (Balança Universal)




"Era de libra como a lua vista assim é de cor de sal
era de libra como a luz das sete estrelas
forma algum sinal
era de libra quando dá um passo atrás
pra caminhar legal
era a balança universal
era harmonia como o ritmo da vida e o carnaval
era de libra como a brisa quando passa
e ondula o trigal
mas tinha medo de saber que o jogo da verdade
era fatal
era a balança universal
era de libra e amava a paz e a justiça natural
era de libra pra poder unir a idéia
ao seu material
o simbolismo da figura da mulher
paixão arterial
era a balança universal
era de libra como a valsa, o antigo Egito e afinal
era de libra e tem a crença da beleza
e do encanto geral
a natureza da firmeza e oscilação
a simpatia e tal
era a balança universal"

(Oswaldo Montenegro - do musical A Dança dos Signos)

Elementos de libra estão a minha volta todo o tempo. Não consigo definir que são eles para mim. São amigos ou rivais, não sei. Sei que são, estão. Reconheço suas referências nestas páginas de vida que escrevo ao longo dos dias, decerto. São exemplos e contra-exemplos, decerto. Como a realidade, que é sempre boa e má, todo o tempo.

Este post está dedicado a seu expoente maior. Ela nunca saberá, mas tudo bem, isto realmente não faz diferença.

7 de out. de 2006

Praia, luar, amigos...




... e um amor-amigo permanente, consistente, amante, acompanhante...

Um amor que eu devo merecer.

Ao mundo que me foi ofertado, devo desmesuradamente. Devo um agradecimento imprescindível, que permaneça aqui nestas palavras, e através do sempre...

"Nós que revidamos a tristeza juntos
e alimentamos a beleza juntos
pra progredirmos em fazer amor.
Nós que agradecemos à emoção traçada,
conjeturando em sensações caladas
pelos tributos do sorriso e dor.
Eu, que divulguei a minha mão na tua,
pra ter em ti a salvação tão nua
que me agasalha neste espanto a sós.
Tu, que respondestes ao que eu tinha em mente
pra alimentar meu ar, meu ambiente
e me aceitou por complemento a nós...
Ah, nós
!"
(Johnny Alf)

Palpi, o caminho está sempre muito perto de nós. Não esqueça. E vamos ser felizes, que Deus é pai, não é padrasto, mulher.

Um bom final de sábado para todos.

5 de out. de 2006

Musicais



Me gusta. Don´t know why?, kkkkkkkkkkk

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Ela me lembra um pouco a cantorinha de High School Musical. Não mintam que não conhecem High School Musical. A filhota é fissurada. Eu aprovo o namoro. Melhor que namorar um Rebelde. Só não aprovei a versãobrasileiraaecsãopaulo que já surgiu. Muito fraquinha, não sei quem são os responsáveis.

3 de out. de 2006

Tô cansada de ser chata por aqui.

Sugestões?

Eu sinto que isso pode me melhorar, dentro de minha velha teoria de ser o blog terapia, porque não tô me aguentando mais .

Chutar o pau da barraca é uma boa idéia?

Rir demais chegando ao limite do desespero (só ao limite, sem ultrapassar...)?

Aguardo no comments seus palpites (lembrou-me a Palpiteira; vou lá ver se ela me dá um bom...).

Uma bom sorriso para começar:



(mas pelo menos eu tento)

Hoje

Por que as pessoas ficam se enganando? Será solidão demais? Por que eu não consigo entender isso? Por que eu não consigo enganar ninguém? Consigo?

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É triste que criem uma comunidade no Orkut chamada "Já tomei banho de chuva" e só se fale nela sobre a Cicarelli.

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Hoje estou sentindo mais uma vez uma saudade fudida dos meus amigos. Tenho muitos poucos. Perder os poucos que existem dá uma sensação de buraco, funda como não-sei-quê.

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Recebi um texto do Carta Capital com entrevista do Chico Buarque sobre o Lula e o PT de que acho que gostei. Mente flutuante não consegue saber se gosta de nada, no máximo fica no achar.

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Não consigo perceber quando faço mal às pessoas e quando não faço. Que coisa estranha. Eu que sempre me percebi alguém bom. E sempre vivo a pedir desculpas por tudo. Mas sou muito grossa tantas vezes, eu sei. E quanto mais confusa a mente, mais cruel, de forma imperceptível. É defesa, também.

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Ó céus, essa sessão analítica que não cessa nunca. Sinceramente, eu não sei como vocês me aguentam. Quem precisa me aguentar é quem eu pago para que me aguente. E enquanto isso, a vida passa, como um rio, com suas pontes cobertas nas pequenas telas noturnas, seus dias quentes, suas buscas, seus blogs, perdas e renúncias; e eu, postada, observando a passagem da correnteza, como a garça sobre o mastro reto à saída do Capibaribe. A face muda. Ainda bem que ainda não esqueci minhas asas. Por enquanto, elas prosseguem coladas ao corpo.

28 de set. de 2006



Olhei a pouco esta face na televisão e um nó me subiu à garganta.
Porque lembrei que foram outros os olhos com que a assisti quatro anos passados, e em outros quadriênios anteriores, no tempo em que eu e tantos outros acreditavam em algo.
Não porque ele sabia, especificamente.
Porque não consigo mais extrair desses olhos uma certeza que era extrema ante o reflexo dos outros olhos que o fitavam.
Esta face me lembra outras faces.
Invadiu-me um perplexidade sem raiva, ódio, temor,
mas transbordante de uma amargura muito surda que virou lágrima.
Uma desesperança profunda quanto ao futuro, um cair os pés na terra afinal, de que a juventude acabou em mim.
Sentimento estranho, opresso, para quem reluta permanentemente a afastar-se de um furor que era meu, e parece que já não é mais.
Sentimento associado a tantas outras perdas pessoais, encantos que se foram, aguardando que a trilha de flores que se tornou deserta se torne estrada madura.
Estou ficando velha.
Finalmente a frase da canção é verdadeira e sei que é exato isto o que ocorre, aquilo que supúnhamos não seria nosso destino: “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.
Não sei que futuro haverá para minha filha. Luto dia a dia para que exista um futuro permanentemente a sua frente, mas agora duvido demais. Queria que ela fosse por tantos anos crente como fui. Mas não sei se isto será possível.

26 de set. de 2006

Ética em tudo

Lendo Dona Vera, soube da Blogagem Coletiva sobre Ética proposta por Laura em seu até então para mim desconhecido Laura Vive (parabéns pelo blog e pela iniciativa, Laura, nesses tempos de tão intenso vazio de Bem , e mais especificamente "momento depressivo" nacional no que tange a política - adorei a expressão). Não estou inscrita na blogagem e não ando disposta, como a maioria, a discutir política, mas enfim, estava escrevendo sobre algo e percebi que era sobre ética que falava.

Era esse o texto:

Vou-lhes dizer algo: tenham sempre muito cuidado com bondade excessiva. Pode parecer estranho esta fala, vinda de minha boca, pois sei ser exatamente esta a impressão que muitos tem de mim ( e vai ver por isso mesmo alguns de mim desconfiam, no caso, os menos espertos). O fato, porém, é que sou exatamente aquilo que demonstro ser - uma pomba-lesa - fazer o quê? Uma idiota em estado puro. Não, não se trata de crise de auto-estima (no máximo, um tico), porque possuo decerto uma espécie de orgulho por esse estado de pureza que, embora dificulte a vida, me fortalece tantas vezes. Mas, voltando ao começo, quero lhes dizer que duvidem. É uma tola que vos fala. Duvidem, sempre. Duvidem da pele de carneiro que reluz sobre os ombros alheios, porque raramente ela escorrega. Duvidem da prestimosidade em excesso, do zelo em excesso, da atenção em excesso. Humildade em excesso: também é mau sinal. Este é um exercício que muitos aprendem e põem em prática por inconsciente necessidade de sobrevivência, talvez. Ou não (essa minha eterna tendência a ver tudo com bons olhos me mata). Mas enfim. É uma forma cruel de lidar com os que são verdadeiramente crentes nas virtudes. Deixar-se envolver por este jogo machuca tais crenças e confunde os valores.

No fim das contas, ética não é algo segmentado, que se deva esperar dos políticos e dos administradores. Ética é um exercício contínuo e que se confunde com o ar que respiramos, e que devemos vivenciar a cada passo que damos, cada vez que olhamos alguém ao nosso lado. Incrível como somos capazes de desvirtuar, sem nos dar conta disso, as relações mais próximas que cultivamos, e fazer mal ao próximo sem disso nos aperceber. Há situações culturais tradicionalmente consideradas normais que na verdade expressam esse "atraso ético" que vivemos (péssima expressão, de fato, mas sei que vocês entenderam). É o pai e a mãe que instigam o consumismo nos filhos com promessas de mil presentes, gerando monstrinhos que apenas comprendem o verbo ter. É a moça seminua que transita na calçada vendendo sua imagem sem conteúdo, e de tal forma aquele sentimento se cristaliza nela que, realmente, ela passa a não conseguir desenvolver conteúdo algum mais, e tantos dissem: "Qual o problema em mostrar o corpo? Quanto puritanismo!". É o macho que crê poder guiar suas atitudes junto à mulher pelo que dita seus hormônios, a despeito do sentimento alheio, porque, enfim, nos dias de hoje, sexo é tudo. É o pagar aos "serviços" do flanelinha de rua que "toma conta" da sua rua, pois é ele seu dono. É o olhar por cima seus subalternos, depreciando-os sem emitir som. Enfim, poderia passar o resto da noite a enumerar situações. Resumo, porém, como a seguinte máxima: esse é o mundo construído por nós. Não pelos políticos, que são, de fato, seus maiores beneficiados. Mas eles não são senão o reflexo daquilo que permitimos que sejam. Reflexo das atitudes que temos ou que admitimos nos outros. Se cada um pensasse apenas 10 minutos por dia nisso, quem sabe teríamos um mundo melhor e seríamos mais felizes...

24 de set. de 2006

Estou cansada do incessante ir e vir dos dias.
Estou cansada.
Preciso de enlace, não sou navio sem porto.
Preciso de chama, não sou vela apagada.
Curvas demais me assustam na estrada que avisto.
Quero mãos que me afaguem na eternidade dos sonhos que acalentei.
Sou um ser de faces a fitar-me, e soprei todas as tochas do caminho.
Sumiram todos.
Não sei abraçar a escuridão.

23 de set. de 2006

Ora pois pois

Então, serei eu a única criatura cibernética a não ver a Dona Cica furnicando na Espanha? É graça. Pior que eu só soube hoje do dito fato, até escutei que acontecera algo a moça que andava impressionando a todos, mas não fui muito atrás, certo? Bom, YouTube tirou o vídeo do ar ("This video has been removed due to terms of use violation"). Nem percam seu tempo indo lá. Ah, esqueci, todo mundo já viu, menos eu.

Não vou ver em nenhum outro lugar. Ando paranóica com internet depois que virei vítima de hackers roubadores de senhas bancárias. Foi, virei. E o fato é que minha curiosidade era muito mais para saber até que ponto a garota chegou. A Dona Cica não tem jeito mesmo. Vá gostar de aparecer assim na China, sô.

E está aqui a chamada porque, afinal, Dona Cica já foi figurinha fácil(ops) aqui no Maio, nos bons tempos em que meu bom-humor produzia o Segunda-Fútil. Tem cadeira cativa neste blog. Ademais, sou maria-vai-com-as-outras, e dez em dez blogs publicaram sobre a brincadeirinha praieira da Cica.

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Outro dia foi a Juliana Paes. Não soube muito bem dos detalhes. Parece que a moça saiu prá balada sem calcinha e pimba! O fotógrafo pegou. Depois foi chorar, no Faustão. Parece que foi. Mas que fofo. Esse pessoal famoso não aprende que é famoso, não é? Tão bobinhos.

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Falar em YouTube, andam todos viciados nele, não estou certa? A cada três posts, a Querida fala dele. Imagem é tudo neste mundo, é certo. Por isso nem todos apreciam um blog basicamente escrevinhado como o da Vilmetes, mas deviam (citação retribuída, Vilma! Beijo!).

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Ainda não tenho candidato a Deputado Estadual. E meus brios de pessoa politizada começam a devorar-me com esta preocupação sobre votar em branco. Recifenses, colegas, indiquem uma boa candidata a Deputada Estadual (uma candidata boa, não).

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Fiquei satisfeita com tudo, de repente. Não sei porque. Ah, desculpem, eu sei.

Gostaram das abobrinhas? Melhores, né? Melhores que esta pasmaceira de letrinha de música e poeminha. Será a mudança zodiacal? Ah, sim: acho que já é hora da série "Aos Filhos".

19 de set. de 2006

Que pena...



... ele não veio dormir na minha árvore hoje...

Bem-te-vis são guardiões desta cidade. Eles estão por todos os lugares; há os menores, que o povo chama sibitos (são todos bem-te-vis para mim) ; e os belos, grandes, elegantes. Este que dormia ontem no galho ao lado da varanda não era dos menores, e estava todo arrepiado de sono...

"Bem te vi, bem te vi/andar por um jardim em flor/chamando os bichos de amor..." Jardim da Fantasia.

Inscrevi-me a tempos numa lista de observadores de pássaros para me inteirar mais da prática, entretanto nunca resta tempo para isto, humpf... Fico apenas no amadorismo solitário de alguns minutos na tarde de minha árvore e alguns domingos eventuais no parque...

E você, que pássaros estão na sua árvore? Tem árvore por aí?

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Update - Ele voltou hoje à noite!

Ele dorme aí dentro... Ou quase.. Essa é a goiabeira namorada do mulungu...

Cuidado

Um blog exige um cuidado que, no momento, não estou podendo dispensar a este.

Desculpem.

Mas, sabem, de repente é até bom.

Além do mais, estou numa gripe daquelas que só se tem a cada dez anos, e num sem-fim de ocupações que estão me tirando da mente mil coisas, entre elas as idéias.

E como dizia o Belchior na voz da Elis: "viver é melhor que sonhar".

É?

Sim, é. Tem que ser.

11 de set. de 2006

Retrato

Tenho essa tez leve,
branda, limpa e renovável:
a vida passa
e permaneço.
Não me tocam a flor da alma os anos com vigor ou destempero.
É alto o preço?
Saberei.
Não é perfume o acento impávido do não, contudo.
Pouco tenho, muito possuo.
Ao findar, seremos todos terra.
Eu
já sou terra.
Sei emergir de um recanto distante em mim que desconheço,
do qual não me perco mesmo nos sonhos.
E que me envolve e reaviva a face,
o brilho,
o riso,
a criança que cultivo no reflexo dos olhos que trago.
Sou teu contraposto.
Ponto.
Não teu contraponto.

Ela merece...

... um post, ainda que pequeno, só dela.




Vão vê-la, colegas.

9 de set. de 2006

Discorrendo sobre temas alheios. E outras do dia

Porque afinal eu leio os blogs alheios, ainda que nem sempre...

Lidos, levantem o dedo.

-Eu tenho escolhidos também três dos cinco cargos a eleger em outubro. Não sei ainda prá presidente, porque será (meda meda meda)? Vou votar no partido do Gabeira (PV) para que ele (o partido) permaneça no congresso, pois afinal, considero importante que as minorias relativamente sérias se façam presentes. Mas basicamente por isto, se tiverem algo muito mal a falar do partido me contem (meda meda meda). Ah, e quero uma candidata (mulher!) para Deputada Estadual em Recife, mas ainda num achei uma a altura.

-Eu quero rodízio de sopa em Recife, por favore. Empresários da gastronomia recifense, leiam Maio, 26.

-Essa capa azul do Chico, tinha em vinil lá em casa. Eu não vou falar desse assunto que você falou.

Está altamente panelinha e umbigal esse post, sorry. Quem entendeu, entendeu, quem não entendeu, não vai entender nunca. Blog é coisa de gente doida, estão aqui porque querem.

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-Tia, eu vou fazer cocô (onde mesmo fica o acento?).

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Sinceramente, o sitemeter é confiável?

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Estou seca por safra potteriana.

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-Tia, eu estou fazendo cocô (Porque as crianças necessitam tanto de confirmação, Senhor?).

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Afinal, assisti A Máquina, do João Falcão, baseado em história da Adriana Falcão; filme sobre o qual falei por tanto tempo aqui. Não sei se gostei muito, precisava rever em outra época. Tenho que comentar aqui, certo? Tanto que enchi o saco com isso nos últimos anos. A peça é bem melhor. A história é muito boa, não sei se foi porém uma boa idéia transformá-la em filme. Elenco: o Paulo Autran, como sempre, não necessita de maiores comentários, bom para se lascar; a Mariana Ximenes não engoli muito bem, mas pelo menos seu sotaque não ficou dos piores. Colocaram lá o Aramis Trindade e o Lázaro Ramos meio que mais para encher linguiça, me pareceu, coisa de panelinha. Estão muito bons, mas são apenas coadjuvantes. Destaque: a Gislaine (Fabiana Karla), como a mãe do Antônio. Vamo' rir que é bom. O ator (novato?) que é o protagonista não é mau, mas enfim, seu nome é Gustavo Falcão (filho, sobrinho, o quê?). Ah, gente, 'xa prá lá. Família é tudo, eu que sei.

Tô meio ruim para apreciações de fato, ultimamente, desprezem minhas palavras.

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-Quem é britânico nasceu aonde?

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Imagem do dia:




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Ando doida para fazer testes, mandem.

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-Fez!

7 de set. de 2006

Os bodes e os bodes

Deu bode na criança-carroça que fito neste dado instante... Vejam nós dois juntos, não formamos um belo par?



E deu outros bodes...

Deu uma bodada inteira por essas bandas, para ser exata.

Mas tá tudo bom, mesmo tendo falecido o faniquiteiro do homem das cobras... Rapaz, fiquei chocada... E eu que nadei em cima de um casal romântico de arraias anos atrás, vôte...

Olha, o Google não sabe o que é um bode, boto lá na busca de imagens e vem tudo, menos bode, vôte... Que bode...



Achei... O Google só sabe o que é cabra...

Falar em bode, cês já comeram carne de bode? Hummmmm....

Olhaí, o faniquiteiro...



Eu achava lindas suas botinhas... Digo, acho...

Sim, ando muito assimétrica ultimamente.

A frase em voga é: há males que vem para bem. Vejam como foi bom a carrocinha aqui pifar de vez. Ressuscitou, modisqué até que tá animadinho...



Plantão extra - O Clodovil é candidato a Deputado Federal! "Meu amorzinho", vai dar lêlê!

2 de set. de 2006

Mistérios II - A fala de uma tola e crente criatura, talvez, espero que não

Há mistérios em todos o seres? Não há mistérios nos pássaros. Eles chegam em fulgor à minha árvore. Seus trinados afogam-me em paz, seus corpos são leves entre verdes e galhos. Confundo-os com folhas e borboletas, em minha humana pressa que pouco vê e nada sabe, mas busca. São livres suas asas, sem códigos, percebo. Assim é o tempo, a vida, a natureza, de que somos parte, o ser que somos. Não há códigos. Há livros abertos, basta lê-los. Saber-se pássaro, apenas, é o que nos cabe. Desvendar as amarras, dissolver as trincheiras, ver-se inteiro, sem maus presságios. Cessar o repetir-se, “assim é, assim é”. Tudo parece ser o que cremos ser - e isto ofusca, e faz esquecer: é essencialmente bom o ser, qual o beija-flor que pousa na fina rama. Somos ave. Esses pequenos que retornam ao meu chamado. Não fomos criados à imagem e semelhança do turvo. Somos água límpida, de nascente, que mana. Lembre-se, és nascente. E toda nascente mana, exala, bem que é divino, que não nos pertence, que não se pode perder - é bem de todos, do todo de que somos parte...

31 de ago. de 2006

Aos Filhos de Virgem




"Virgem como a natureza do desconhecido
virgem como quem se muda e como quem virá
virgem como a fruta esperando a tal mordida
virgem como o garoto que espera atento a hora do jantar
virgem como a nuvem que ainda não choveu e o guia
e como é virgem toda noite enquanto o dia não pintar
virgem como a tela branca da pintora linda ainda é virgem
como a lua antes do sol iluminar
virgem como o olho de quem não dormiu e o guia
virgem como a planta do pé de quem não andar
virgem como o pássaro desvirginou o dia
quando desenhou no céu o mapa de onde o sol pode brilhar
virgem como a música do cantor que era mudo
e como o passarinho é virgem quando não puder voar
virgem como a bailarina sem coreografia
e como a pérola azulada que ainda não saiu do mar"

(Oswaldo Montenegro - do musical A Dança dos Signos)

27 de ago. de 2006

Mistérios...

Alguém nos ajuda a decifrar os mistérios dessa canção?

1)o de obter a mp3. Ah, trata-se de música talvez do Renato Teixeira(?) sobre a qual falei aqui ano passado, "Mistérios". Para os preguiçosos com clicks: "O melhor mistério é ver mistérios/ai de mim, senhora natureza humana/olhar as coisas como são, quem dera..." Lembram?

2)será mesmo do Renato Teixeira a composição?

Leitor(es) (será que tá em alguma trilha de novela e eu não sei, hehehe) andam a procura, e eu bem que gostaria de tê-la também. Caso alguém tenha a mp3, envie ao maio26@gmail.com. Ficaríamos agradecidos.

Mistérios é uma palavra que me persegue. Não é a primeira música com esse título(será esse o título? Outro mistério...) que amo, embora essa aqui da Joyce seja bem mais do coração...

22 de ago. de 2006

Curtíssimas

Ó como é bobinha a vida... Ó como somos bobinhos, nós, seus donos, a valorizar tão pequenas coisas...

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Não há quem não melhore com a mente ocupada. Por isso tão estranha é a teoria dos que praticam a meditação. Esvaziar a mente, ora pois pois... Sábio o povo: "mente vazia, oficina do diabo!". Mas não, não abandonei a idéia da meditação. Só ando preferindo o parque.

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Afinal: ser mãe é ser um gravador? Sim ou não?

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Acreditem ou não, ainda não vi O Código da Vinci. A cópia pirata que tenho é péssima, não consigo passar do Louvre... Eu nem ligo, "ando meio desligada"... Digo, andava...

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Prometo que hoje começo a leitura dos blogs amigos. Mesmo que não termine hoje...

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Sério, parece que a Angelina saiu de casa. Demorou... Fim do casal Sr. e Sra. Smith? Coincidência...

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Enfim, a criaturinha que gerei está sob a ducha. Depois ainda dissem que toda vida se inicia na água...

21 de ago. de 2006

Segunda

Chega uma hora que fica difícil não ver, não entender, ser a eterna idiota que de nada se apercebe. A infância já passou.

O sórdido está em todas as partes. É preciso saber para afastar-se, proteger-se. E não adentrar na lama. Por mais que os sentimentos falem alto e tentem se impor, é preciso dizer quem manda. Por mais que doa. Um dia passa. E afinal, a vida não é apenas o que nos oprime. É preciso recordar que ela está lá fora apenas esperando que se rompa a crosta de desesperança em que se entra sozinho, não se sabe porque.

Parênteses. Não se sabe porque, mas a vida tem sua razões. Deve ter.

Boa segunda para todos. Vou começar minha semana agora, a partir dessas palavras. É tudo questão de atitude. Tem que ser.

19 de ago. de 2006

Corre...

Já escolheu seu sonho?
















(Imagem captada aqui)


Escolheu? Não?

Pois então corre, senão ele te escolhe...

De Culinária

Almoço com cunhado e irmã achinesando o cardápio.

Carne acebolada e risoto chop-suey.

À noite tivemos gororoba no menu.

Percebem gororoba?

Uma frigideirada com tudo cozido que tenhas na geladeira. No caso rolou arroz com cenoura, farofa de cuscuz, quiabinho refogado. Tudo com dois ovos-lindos fritos (ovo lindo = ovo com tempero verde - leia-se tomate, cebola, cebolinha e coentro, que somos nordestinos). Pitéu.

Amanhã teremos peixe, receita que aprendi em programa televisivo local de gastronomia. Retire a espinha de um peixe serra inteiro, tempere com limão e sal. Faça uma farofa de jerimum com camarão. Recheie. Congele(!) por uma hora. Frite. Não sei se caberá na frigideira. Azeite nele (como prefiro, sem pena ou piedade).

Receita de um famoso restaurante do Point de Galinhas.

Cozinhar não só é arte como também é terapia.

17 de ago. de 2006

Crepúsculo

A tarde
invade a
tarde
que invade a
noite que
invade a
tarde.
A tarde é teia que
desce
azul
tecendo a bruma.
A casa inteira
imersa em sombras.
À noite
a tarde finda
e arde,
instalada em matéria outra
mais densa, aquosa e íntima.



Ao som deste rio.

Leitores

Acho maravilhoso que tenha gente me lendo em lugares como Pedra Azul(MG), Ilhéus(BA) - onde já morei!, Peru, Três Corações(MG?) e Nilópolis(RJ). Obrigada!

O mundo é grande, a internet é grande, eu não a mereço.

Mesmo que nem sempre tenha o que ser lido aqui, voltem. Juro que eu serei uma blogueira melhor, assim que der. É que não ando disposta a aborrecer ninguém ultimamente, acreditem... Bjs...

10 de ago. de 2006

"Hoje é sexta-feira"...

... prá mim, não sei para você...

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Quer ler coisas lindas e arrepiantes? Leia esse moço estrangeiro. Lindo ao vivo, na tela e nas letras. Letras tão boas que deixo vocês sairem daqui para irem lá sem o Maio ficar pendurado...

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Quer ser bichinho? Tá'qui ó... Eu? Deu águia na cabeça. Sei não, eu águia... Isso deve estar aí prumode eu não consegui me identificar com o Garfield, a Tartaruga Ninja ou



Você é uma águia!

A águia é o símbolo maior das aves e representa um estado superior elevado. Isto quer dizer que você tem grande facilidade para meditar e entrar em contato com o divino. Este é o grande mergulho da águia. Sua coragem e força são admiráveis. Você é capaz de voar e criar, sem perder a noção de onde fica o chão (o que é muito bom!). A águia também está associada à paternidade, sendo uma pessoa que cuida muito bem dos seus filhos.


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Quer ler mais? Tem não... Beijinhos. Tô meio seca de idéias com esse retorno às aulas..

5 de ago. de 2006

The question is

Dá para o Maio tocar música (tipo eu trocar de mp3 quando quiser)?

Quanto custa fazer um template exclusivo?

Nunca a interrogues

Quanto mais se passam os anos (e com eles iludo-me que aproxima-se a madureza), mais me apercebo com consciência de uma verdade que chegava na juventude por mera intuição: a vida nos leva, e contra este rio não nos cabe navegar. Há que seguir a correnteza. Comigo, foi sempre assim. Decidi muito pouco, compreendo - é leve meu coração, e deixo que a vida me carregue. Foi assim no amor, na vida familiar, na vida, na estrada. Tive sorte: sempre, ao lançar os braços em torno, tocava essa redoma de luz ou plasma na qual me mantêm. Não indaguem-me por que a sei: ela está aqui. A vida nunca me veio com despudor, com falta de medida, sou grata. Retribuo razoavelmente, assim penso. Não é assim com todos que se segue. A vida tem poder para fazer macio e fazer com dor, e há tantos a quem espanca quantos a quem agrada. Não somos, nenhum de nós, intactos a seu toque. A quem já não aconteceu algo cujo propósito escapou à lógica? Os acontecimentos são seus sopros, doces, ou medonhos. A fala popular revela, com sabedoria: "tem Deus seus próprios desígnios"; e é Deus a vida. A vida tem seus próprios motivos, sigilosos a nossa carcaça imperfeita e humana. Feridas se abrem, feridas se fecham, umas passam, outras duram, algumas não fecham nunca (porque será?). Assim é. Porque preciso passar por isto? Por que tem que ser assim? Não nos cabe entender, ainda. “Segue teu destino, rega tuas plantas, ama tuas rosas”, dizia o poeta. Cabe viver, resistir, empreender, transformar dor em sorriso, afirmar nossa grandeza, ainda que reféns sejamos dessa senhora. Um dia compreenderemos. É preciso crer, e obedecer à vida. Ela é maior do que somos, mas nos ama. Um dia, tocaremos suas vestes e ela sorrirá, alçando-nos a sua altitude e soltando nossos laços. Livres, planaremos junto a seus corpos e a ela nos fundiremos pela eternidade do universo.




Imagem captada aqui

"Mas serenamente
imita o Olimpo
no teu coração:
os deuses são deuses
porque não se pensam."
(Fernando Pessoa)

4 de ago. de 2006

Letrinhas das antigas do Guilherme Arantes no sub-title, percebem? Só de antes dos anos 80, hehehehe.

Queria colocar essa aqui, mas não cabe...

1 de ago. de 2006

Rapidinhas das oito (melhor que a novela das oito, ademais)

Cá entre nós: tem algo muito de podre no Gmail, né não? É aquela vez estória: quanto mais alto a árvore, maior o tombo. E este se aproxima, me parece.

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Quem aqui gosta de Guilherme Arantes das antigas, levante a mão. Aquelas coisinhas adolescentes tipo "sair com a cara e a coragem da casa dos pais" ou "Mas ela não quer, mas ela não pode o pai dela não quer, o pai dela não deixa". Por favor, não me façam achar que só eu conheço, porque me sentirei em uma ilha deserta e distante se assim for.

Não, eu não gosto de Guilherme Arantes hoje, eu toco. Digo, da figura. Ficou sinceramente muito esquisito. Ô, preconceito. Mas vou confessar que não parei para ouvir coisas novas suas. Vou ver se tomo vergonha na cara. É um mal de que sofro em termos de música, quando alguém já fez coisas muito boas no passado eu não me preocupo em acompanhar suas atualizações.

Nossa, tinha coisas lindas que ele fazia. Espero que tenha mantido a qualidade.

"Qual, qual de vocês não acha belo
quando ela desce,
quando ela deixa tudo translúcido?
"
(A Cidade e a Neblina)

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Minha filha anda muito afro. Ou então baixou um santo a La Bo Derek na menina. Só vive de trancinhas logo na franja, uma graça. Toda vez comento isto com ela e preciso explicar quem é Bo DerexDerek(!). Deixa mostrar-lhe uma fotinha:



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Atualidades: ando péssimas quanto a elas. Parei sinceramente muuiiiiiiitooooooo de ver jornal. Tô ficando velha e cansada de tudo isso. Ah, eu sei, eu sempre achei muito feio o alienar-se do mundo; mas, que fazer, deve ser efeito deste inferno astral que está findando. De política, nem sei em quem vou votar ainda. De crimes, casos sensacionalistas (vide Dona Suzane) também. Problemas da cidade, é sempre tudo mesmice. Futebol? Eu não acredito nessa de Dunga como técnico da seleção. Muito oba-oba e pouca lógica, certo? Um novato na seleção... Bom, vai ver que dá certo, sabe-se lá os desígnios celestiais...

Fiquei sinceramente tocada com as demissões na Varig. Ó, senhor, eu sei o que é isto...

Agora, o Fidel adoecer e o irmão assumir, isto definitivamente merece um link. Porque chega a ser cômico. Entretanto, não deixo de admirar a fortaleza e história deste homem. Ainda que cheio de erros.

Recado para si mesma - e para quem aqui passar.



Viva.
Desamarre as desnecessidades.
Visualize apenas o que realmente importa.
Desfrute das benesses da natureza.
Corra, caminhe em meio a elas.
Dê espaço ao corpo que te foi ofertado.
Ame aos seus.
Ame aos que te amam.
Ame aos que amas.
Recolha os pequenos males inúteis que te tentam assolar.
Busque saídas, não importa quais.
Esqueça dos preconceitos ao procurá-las.
Reze.
Seja benzida, rezada, ungida.
Ouça música.
Relaxe, renove-se, revigore-se.
Afaste o lodo.
Afaste a dor.
Eles não levam a nada.
Observa tuas posses,
da terra, do ar.
Viva a vida que ela está cá para ser vivida.
Basta um pequeno passo.
E principalmente:
TENTE SER DIVERTIDA.
Por ninguém aguenta gente sorumbática.
Nem mesmo você se aguenta, desse jeito, Maria.

27 de jul. de 2006

Elas...



... a quem de direito.

24 de jul. de 2006

Aos Filhos de Leão



"Cada diamante ama o sândalo e o cravo
ama o ouro, e alaranjado
o globo azul rodeia o sol
cada diamante imita a mágica
das tropicais florestas
onde reina o leão, Deus dos animais
cada brilho seu reflete o coração dourado
o fogo, o poder, a vitalidade, o pai
cada raio seu forma uma rua
que vai dar na luz da lua
doces caminhos astrais"

(Oswaldo Montenegro - do musical A Dança dos Signos)

23 de jul. de 2006

"Carne e unha", como diria o Fábio Jr.

A vida é este eterno zigzag onde tudo, ao final, sempre se encaixa.



Pense nisso de lá que eu penso de cá.

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Ando lendo Brida. Não sou exatamente chegada a Paulo Coelho; de fato leio-o no momento muito mais por falta de opções. O livro, entretanto, traz idéias interessantes com as quais comungaria sem maiores dificuldades numa primeira análise superficial, o que torna uma pena para mim o fato de estar achando-o chatinho por conta do excessivo ocultismo que é próprio desse autor. Idéias como aquela acerca de ser o universo uma imensa colcha de retalhos formada por átomos eternamente a mover-se entre os seres e objetos que o compõem; ou a outra máxima, mais romântica ainda, de que na verdade nossas almas se dividem indefinidamente – a única explicação plausível para o aumento da população mundial, do início da humanidade até aqui – de maneira que não há apenas uma alma gêmea, mas muitas, porque estão "espalhados" em outros corpos nossos "pedaços"; digo, nossa essência. Belo, de fato. Me atrai. Esta realidade realmente justifica o amor, a empatia, a afinidade – seria tudo uma questão de reconhecimento de si mesmo no outro. Não dá nenhuma dica, porém, sobre de onde vem o ódio, a antipatia, a estranheza.

Por outro lado, a idéia do "reconhecimento" demonstra ser o homem essencialmente um ente do egoísmo, não acham? Afinal, não gostaríamos dos outros por aquilo que são, mas por aquilo que possuem de nós mesmos. Argh. É sempre assim. Ver o âmago do que aparenta perfeição muitas vezes revela o fel.

Não posso deixar de pensar que o espiritismo oferece melhor explicação para o "causo" do aumento da população. Como se sabe, essa doutrina crê na existência de muitos mundos, planos, que se graduam, conforme a evolução espiritual dos seres que neles estão (vide "A Viagem", a novela, que acabou sexta). Assim, pode-se pensar que a terra está em "alta" na cadeia de universos paralelos (por isto tanta gente!), visto que as almas migram entre estes espaços.

O espiritismo se apresenta muito mais lógico também na explicação dos sentimentos que envolvem os homens em suas relações. Amor e ódio vem do convívio de vidas passadas; o ódio, ademais, ainda se expressa muitas vezes na forma de carma. No fim dos tempos, precisaremos ter todas nossas diferenças acertadas. Bem melhor. O espiritismo é uma ciência do otimismo, sim, senhor. Visa entender o mundo com base na evolução.

De toda forma, não estou muito certa de que as duas "teorias" (serão?) se excluem. Logo, nada de mal em encher-me os olhos estas premissas do Paulo Coelho. Somos todos parte do mesmo tecido, como falam os ecologistas quando traduzem o termo meio ambiente. Somos todos um mesmo organismo. Estranho preocupar-se com detalhes... Ah, ia esquecendo... São eles que formam o todo.

21 de jul. de 2006

"Eu estou muito cansado do peso da minha cabeça"

Desculpem, mas restam-me poucos lugares para correr na hora do aperto...

E conforme concordei com a Anna V. (leiam seus bons textos!), blog é terapia. Então, liguem as "ouças" que ando carregada.

Já tiveram a sensação de que um lugar e suas pessoas lhe fazem mal?

Como a gente faz num caso desses, principalmente quando não dá para "desligá-los" facilmente? Vai prá macumba? Psicólogo? Reza?

Sorry, dia ruim... Minha recarga de férias estão indo embora cedo, muito cedo...

18 de jul. de 2006

Fitinhas. Cassetes. Alembrou-se?

Não é que a piveta aqui da casa ganhou no seu niver um micro-system, num sabe, que tem toca-fitas, num sabe?



Desencavei as velhinhas da toca. Aquelas que a gente num passado não tão distante assim preparávamos com amor e carinho para nós mesmos ou para outros por quem sentíamos amor e carinho (era uma delícia). Aquelas que não ouvia a décadas (mentira, anos) prumode o toca-fitas quebrara.

Tive que apresentar para a fihota. "Filhota, fita cassete. Fita cassete, filhota". A menina não alcançou a era analógica.

Não me digam por favore que gravar cd dá no mesmo. Não dá. Não para alguém totalmente analógico como eu.

Lá vai o Rod Stewart... "Listen to my heart "... "Premeiro" teve dancinha no banheiro com Give me Love, com Dona Marisa dos Montes. Já ouviram? Ó, Deus, como adorava e adoro esta, escutei umas cinco vezes neste revival. Pena que algumas preciosidades estão depauperadas, como James Taylor ("Ô Mexico, the sun so hot, I forgot to go home!") ou Eric Clapton ("Before you acuse me/take a look at your self!" - esta não achei a letra no Google, acreditem). Mas a imensa maioria está em bom estado, afinal, estamos falando de analógicos, senhoras e senhores. Seres quase para sempre (Menos, criança, menos...)

A propósito do assunto, aviso aos iniciados do Maio que tenho um blog sobre meus discos de vinis. Desatualizado, é verdade, mas querido...

17 de jul. de 2006

Ai que preguiça que dá essa vida

Voltei...



... mas estou totalmente fora de ritmo...



Morram de inveja desse praião onde passei os últimos dez dias... Barra de São Miguel... Alagoas, Brasil...



Eita que até o relógio quebrou...



Desculpem se faltar por aqui, ainda estou fora do tempo e do espaço, graças a Deus...

27 de jun. de 2006

Rapidinhas de férias

Muitos, muitos novos posts na nossa Cozinha Potteriana, o blog que eu, a Lu, a Bruna, o Marcus e a Maria. Andava meio em baixa, mas a Lu foi lá e deu uma melhorada no marasmo. Só me resta divulgar o pobrezinho... Vão lá saber a última da Dona Jo e dêem seu pitacos (eu já dei o meu...)

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Sobre a Copa: confesso que ando mais animada após as vitórias da primeira fase, em especial na última, contra o Japão. Espero que este sentimento não acabe hoje as 12:00h. Qual o seu placar? Sendo otimista, arrisco um 2x1, mas no fundo, no fundo depois do jogo Suiça X Ucrânia de ontem começo a sonhar com pênaltis, argh...

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Como se pode depreender do título do post, estou em férias, gerais. Nos dez dias seguintes a próxima quinta-feira talvez tornem-se escassos os posts aqui. Motivo: Maceió, minha sereia... Sair um pouco deste mundo e esquecer suas esquinas... Quem sabe lá anda fazendo mais sol...

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Sim, pois Recife não é mais a mesma. Chove descaradamente e faz frio. Mudanças climáticas deste nosso planeta. Ando hibernante. Fui ao interior pelas festas juninas e só queria dormir em pleno meio-dia (efeito não apenas das noitadas, mas principalmente do tempo gélido). Gosto não de estar assim.

26 de jun. de 2006

Aos Filhos de Câncer



"Caranguejo, signo da última estação
Do segundo lugar
Do primeiro desejo
Que não há
Como dissimulando se esconder no porão
Caranguejo da canceriana solidão de horizontalizar
Do canteiro de beijos que não dá
Como dissimulando se esconder no porão do ser
Caranguejo cada vez que a gente se encontrar no cio
Pode ser que não, mas eu quase adivinho
Que no coração alguém vai batucar
Caranguejo signo de quem só me chama de filho
E do meu coração, e do Gilberto Gil
Caetano é leão e sempre vai reinar (pois é)
Caranguejo símbolo da réplica fusão
Do que não caberá
Mas no primeiro ensejo brilhará
Como volatizando se ascender um balão
Caranguejo símbolo da réplica fusão
Do que não caberá
Mas no primeiro ensejo brilhará
Como volatizando se ascender um balão
Pro céu."

(Oswaldo Montenegro - do musical A Dança dos Signos)

21 de jun. de 2006

"Ah! o amor!"* ... ou o romântico, como queiram

Sofro de uma tendência irreversível de alcance e efeitos, em determinadas ocasiões, alarmentes: sou uma romântica. Entendo muito bem, portanto, este ser apaixonado, silencioso, afeito a explosões internas e raras erupções, devastadoras quando efetivadas. A lava, contudo, não queima o romântico, e ele nunca se cansa de desejar as chamas, mistura dor e prazer num não-sei-quê enlouquecido que é prato cheio aos psicanalistas da alma humana.

Sou, contudo, uma romântica cética, em lapsos de lucidez que me acometem mais vezes, acredito eu, que aos demais românticos: sei que deve haver uma justificante patologia psíquica a explicar o romântico. Deve ser o ascendente em capricórnio que leva-me a pensar assim. Também não me perguntem, astrologicamente falando, de onde vem este romantismo, visto que geminianos, salvo engano, não são essencialmente românticos – borboleteiam mais que amam. Isto não "herdei" de meu signo astral, possuo as provas (que não interessam aos senhores e senhoras conhecer). Deve haver alguma lua em vênus em meu mapa astral, imagino, pois, e um dia ainda o faço (o mapa astral), para confirmar.

O romântico é um figura datada, atemporal, para ele os séculos não se passam. Há sempre aquele ideal de beleza inatingível, algo que apenas ele compreende, nem mesmo os outros apaixonados. É um ser sozinho, portanto, sempre. Por mais amantes que possua, pois julgo eu que o amor do romântico nada tem a ver com sexo. Deve existir romântico "de tuia" atolado até o pescoço em aventuras meramente sexuais. Sexo, não esqueçam, serve em demasia como válvula para todo tipo de loucura, até mesmo desta chamada "ser romântico".

Sendo sozinho, o romântico é alguém que está sempre a espera. É um expectador. Espera um chamado, uma sombra, um vulto, uma voz, uma canção, porta que bate, telefone que toca, um olhar diverso, uma palavra numa tela. Não sabe nem o que espera, mas espera. Neste sentido, o romântico é definitivamente um bobo, pois o mundo, vocês sabem, é esta selva de pedra nossa de cada dia. Muito pouco romântico é o mundo. Por mais que as rádios não parem de tocar canções de amor, e nas novelas todo mundo se apaixone toda hora (por pessoas diferente, é certo), e todo semana uma nova comédia romântica seja lançada nos cinemas, o fato é que o "mundo moderno" (assim mesmo entre aspas, pois visto como ser único e mitológico) odeia o amor. Não há nada neste nosso mundo moderno que dê nem sequer um palito de fósforo de confiança ao amor. O amor, para este mundo, é de fato uma boa duma merda.

Ando obcecada pelo texto do Arnaldo Jabor que gerou o sucesso da Rita Lee, “Amor é prosa, sexo é poesia”. Já postei a canção duas vezes aqui. O livro encontra-se neste momento ao meu lado (tô curtindo). O Jabor concorda comigo quando fala: "O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos". Sim, correto. Porém eu acrescentaria ser uma construção inconsciente. No começo. Pois é também um jogo que alimentamos e apreciamos jogar, ele nos diverte mesmo quando sofremos com ele. Tem algo de masô(quista) nisto, portanto, daí seu "quê" patológico. O romântico é um incorrigível, é o hipertenso que come sal, o diabético que come açucar. É um viciado, um caso perdido, não há jeito para o romântico. Plagiando o Jabor, quem souber o jeito, emails para maio26@gmail.com...


* O suspiro saiu daqui.


Ouvindo essa romântica (com a moça, não com os moços, por favor)...

20 de jun. de 2006

Where are you, Scooby Doo?

Cá estou em busca de inspiração. Não que não existam outras coisas a serem feitas, é que acho que o Maio anda abandonado. Sem muito assunto, mas desejando agraciar meu parco e querido grupo de meia dúzia de leitores com algumas palavras interessantes. Só me resta escutar esta aqui, gentilmente cedida pela Naomi em sua ouvateca, e aguardar que o santo baixe:

"Wuthering Heights
Kate Bush

Out on the wiley, windy moors
We'd roll and fall in green.
You had a temper like my jealousy:
Too hot, too greedy.
How could you leave me,
When I needed to possess you?
I hated you. I loved you, too.

Bad dreams in the night
You told me I was going to lose the fight,
Leave behind my wuthering, wuthering
Wuthering Heights.

Heathcliff, it's me, Cathy, I've come home. I´m so cold,
let me in-a-your window."

(O resto aqui)

Eu, em minha santa ignorância, fiquei com a interrogação na cabeça "quem diabos é Heathcliff e Cathy", e uma leve sensação de que se tratam de personagens de "O Morro dos Ventos Uivantes" ; como é que acertei, se nunca li o livro e a expressão "Wuthering Heights" não me diz nada além de "alturas" - "wuthering" não foi traduzido pelo Michaelis - é que não sei. Coisas da mente, este ser poderoso, misterioso, e que nos habita, ademais, segundo Osho (sim, para ele não somos nem nosso corpo nem nossa mente, mas nossa alma, e podemos nos separar desses dois primeiros por meio da meditação, uau). Taí, comecei sem saber o que falar, já estamos agora a cem por hora, mas eu juro que não fumei, cheirei ou tomei nada... O que Kate Bush e Osho possuem em comum não me perguntem, entretanto... Vão lá ler a Vilma que é o melhor que vocês fazem...

13 de jun. de 2006

"Que bonito é..."

Querem matar o Zagalo, meu Jesus. Sim, eu o vi no Jornal Nacional, chorando e beijando uma pequena estatueta de Santo Antônio que tirou do bolso. O que me fez recordar antes de mais nada: o dia do santo não foi ontem, é hoje, treze de junho - um engano plenamente justificável se partido de uma nordestina, já que na terrinha os santos juninos são sempre comemorados na véspera. Isto não é ilógico, acrecento, é coisa de gente que é muito trabalhadora (ao contrário do que possa parecer), mas também muito festeira, de maneira que a festa inicia na noite anterior, após a labuta, e dá para dormir direitinho para acordar cedo no dia posterior.


Foto hospedada em v-brazil

Mas voltando ao início, querem matar o Zagalo. Não há como se explicar que hajam levado um homem capaz de fazer aquilo diante das câmeras a Copa do Mundo, onde, de toda forma, a emoção será imensa, seja para o bem ou para mal. A vitória ou a derrota. E prá completar, a estréia é no dia do santo de devoção do homem. Ou não era, o homem virou devoto depois que viu a data, visto ser o número treze sua fissura. Que nada. A fissura do velho é mesmo a bolinha rolando sobre a grama verde. Paixão levada ao extremo exato, além do que.

Por coincidência, escutei de um amigo hoje o seguinte comentário, sobre o jogo de virada da Austrália sobre o Japão, nos oito minutos finais do jogo: que pesando os dois lados, o resultado deveria ter sido 1x1, porque o Japão jogara bem até perto do fim, depois a Austrália se superou, logo, houve equilíbrio. Discordei como sempre com um patada (ô, sina), com a idéia que aqui transcrevo: o meu amigo não consegue ver a beleza maior existente no futebol. Não é? Essa coisa trágica, de folhetim, que encanta, emociona, faz o povo berrar e enlouquecer: um time, em oito minutos, empurrar três gols numa equipe até então dominante. Qual o potencial inconsciente de um fato assim? Gente, a superação! A perda frustrante de um lado, a vitória exaltante do outro. Competição ferrenha: o campo gramado, local onde tudo é possível. O futebol é feito a vida. Ou como se quer a vida, não sei. Já sei: como é a vida de fato, pronto. Só que nem todo mundo consegue ver a vida como ela é de fato: possível.

Pronto, peguei o vírus. Com filosofia, não tem como não pegar.



Notinha: acabo de ler na Vera sobre o pedido de prisão pela Justiça italiana do Cafu, capitão da seleção, envolvido em um processo de falsificação de documentos. Caraca! Esse povo é mesmo louco por futebol, e a doença não é só brasileira! Concordo plenamente com a Vera e completo: estão se borrando de medo do Brasil. O que, em minha ótica, é preocupante, porque o medo é um combustível poderoso, quando consegue pegar fogo...