27 de fev. de 2007

Mundo blog

Achar num par de dias consecutivos dois blogs bons é fato merecedor de postagem nova.

Bicho Solto.

Café Impresso.

Lindas existências...

25 de fev. de 2007

The question is

O medo é um dado importante de nossa personalidade. Já disseram (e quanto): "o medo protege". Mas sua ausência também nos permite alcançar algumas estrelas às quais o acesso é limitado. E então, estaremos eternamente sujeitos à superfície terrestre? E presos à velha pendenga "somos homens... somos ratos..." ?

A decisão pela renúncia ao medo é, como todas as demais com que nos surpreende a vida, contudo, pessoal. Por mais que possa doer a alguns, e tantas vezes a nós mesmos.

Uma vez, quando tudo era muito nublado, eu decidi ser feliz, conscientemente. Decidir pela felicidade é uma constante em minha existência, devo adiantar. Mas nunca fora tão deliberada a decisão, porque, em mim, até então, só o sentido de preservação e sobrevivência poderia ativar tal consciência. Fugindo da bruma, da morte, do terror, da dor e da doença, eu disse: eu serei feliz. Porque em meus olhos eu via que não nascera para a morte. Quem quer que tenha me feito, em mim colocara a alegria, como, afinal, acredito que o fez em todas suas criaturas este criador. Apenas para alguns é um tanto, ou muito mais, difícil perceber esta verdade - tudo fruto desta vilã, a Ignorância, a quem detesto.

Não houve afronta ao medo, naquele dia. O que havia a perder não era meu ainda. Hoje, eu sei, há; e nem por isto me abandona a serenidade. De qualquer forma, este mundo é repleto e meu também.

Às vezes, sobreviver é também seguir a corrente que chega e não somente bebê-la; banhar-se em suas águas e ser purificado. Com a corrente, a vida vem, e passa. Ou vamos ou ficamos. Vamos.

Um belo domingo para todos vocês.




"Cada pessoa, todos os fatos de sua vida, ali estão porque você os pôs ali. O que fazer com eles, cabe a você resolver" (Quem poderia ter escrito? Adivinhem? Está logo ao lado a resposta...)

23 de fev. de 2007

Curtas - Televizices

BiBiBi I (ou BBB, se preferem) - enfim o jogo começou pesadamente, e já era tempo. Com direito à briga e carão do Bial. Será que começara já e só eu não percebera (porque andava desinteressada mesmo, não vinha assistindo)? Logo no começo veio-me certa impressão de que erraram na escolha do grupo, excessivamente homogêneo, e ainda a intuição-certeza (tenham paciência com o vocabulário desta moça sempre, por favore) de que houve muita manipulação além da medida (porque que sempre houve a gente sabe) na sua escolha. Fiquei com cisma de que o programa buscou abertamente fazer um "programa para maiores", trazendo casais que já entraram com roteiro pré-definido. O que, como telespectadora, me aborrece.

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BiBiBi II - Fui ao site do Jean, aquele, vencedor do BBB5, recordam? Aquele que admitiu a homossexualidade ao vivo, esse mesmo. O que me levou a desejar mais uma vez ler aquele seu livro que vi no supermercado, Ainda Lembro. Recordo de haver buscado me entender com o exemplar mas, enfim, não surgiu aquele desejo irresistível de mergulhar na leitura. Devolvi à prateleira. Talvez hoje não devolvesse.

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Das Oito - Fiquei surpresa com o capítulo de hoje da novelinha das 8. Digno do horário. Com direito à alma penada falando com filho e filha, discurso do Tarcísio Meira, audiência com escândalo e ainda ouvida de testemunhas que são na verdade competentes advogados das partes que as arrolaram. Em novela é tudo ótimo, pode tudo. Estou preguiçosa para relatar com detalhes, mas enfim, prendeu-me. O capítulo.

15 de fev. de 2007

Como diria o Fred (dos Flinstones)...

VIIIIIILLLLLLLLMMMMMMMMMAAAAAAAAA!

Hoje é aniversário dessa moça linda e loura chamada Vilma. Merece post especial, sem bolo, mas com flores! E um beijo de quem diz: minha flor, continue assim! Bj!

13 de fev. de 2007

Fevereiro

É um mar de fantasias da mente os frevos que cantamos no carnaval. Nunca foi segredo minha paixão por estas canções. Escute a orquestra que anuncia : "Eu quero entrar na folia, meu bem/você sabe lá o que é isso?". Mas, "ah, meu bem, sem você, não há carnaval/vamos cair no passo e a vida gozar" (Hino de Batutas de São José - João Santiago). O drama está instalado.






Carnaval é uma entrega absoluta e coletiva em que a magia é tão real que assusta muitos dos pobres seres mortais que este planeta habita. Natural, adianto. A embriaguez, para apaixonados como eu, independe de substâncias, odores, líquidos, ervas. O sincopado do surdo a marcar a melodia em torno dos metais é o primeiro copo, o primeiro cigarro : "a nossa vida é um carnaval", inicia a marcha. Até a apoteose desesperada: "vê, colombinas azuis a sorrir!" (Turbilhão - Moacyr Franco).

Apoteoses emocionantes são próprias do gênero. É assim com o bom frevo que o Mestre Capiba consagrou.



"De chapéu de sol aberto
Pelas ruas eu vou
A multidão me acompanha, EU VOU!
Eu vou e venho pra onde não sei
Só sei que carrego alegria
Pra dar e vender (deixa o barco correr)
"
(De Chapéu-de-sol Aberto - Capiba)

E nem por isso deixa de haver melancolia e saudade. Aliás, são algumas das mais bonitas as que cantam despedidas, porque afinal "É de fazer chorar quando o dia amanhece e obriga o frevo acabar!" (É de Fazer Chorar - Luiz Bandeira)(*):

"Adeus, adeus minha gente
que já cantamos bastante
Recife adormecia
ficava a sonhar
Ao som da triste melodia!
"
(Evocação No. 01 - Felinto Nunes)

e ainda Getúlio Cavalcanti:

"Falam tanto que meu bloco está
Dando adeus prá nunca mais sair
E depois que ele desfilar
Do seu povo vai se despedir"
(Último Regresso)

.

Esta página eu recomendo aos que querem conhecer mais, salvo pelo fato de cometer este erro (*): a canção "É de Fazer Chorar" é, como aqui está, de Luiz Bandeira, mas o site informa ser de Capiba. E olha que o Governo do Estado patrocina (ou apoia apenas, talvez) a página. Ulalá!

10 de fev. de 2007

Frevo! 100 anos!

Gilberto Gil
Ney Matogrosso.
Lenine
Vanessa da Mata.
Luiz Melodia.
Maria Rita.
Elba Ramalho.
Alceu Valença.
Geraldo Azevedo
Antônio da Nóbrega.
Silvério Pessoa
Geraldo Maia

Sim, sim, foi um belo presente. E é claro que os não acostumados ao gênero (os não-pernambucanos, lógico!) se esforçaram por interpretar este filho da terra que, cá entre nós, exige mais da voz humana do que pode imaginar o observador comum. Confesso que cheguei a ficar arrepiada com a bela Vanessa da Mata (esta boneca tem manual!) a ecoar ao vento, à praça : "Eu vou!". Em alguns momentos o público, generoso, percebia as dificuldades dos artistas e ajudava. Isso foi bem bonito. Porque afinal, no final de tudo, para o coração, ao menos, o que vale é a intenção.

9 de fev. de 2007

Curtas

Ainda estou decidindo se gostei ou não do novo blogger. Afinal, parece-me que ele e o Opera não se entendem muito bem, e eu ando preguiçosa com coisas assim: abrir aqui, não funcionar, ter que abrir lá. Ok, ok, é uma versão beta. E só não ter mais aquelas odiosas e lentas republicações já foi muito bom. Também gostei das listas, só não ando paciente para atualizar nada.

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Um blog que reúne boa seleção de crônicas: Entrelaços. Leiam a de 06/02/2007, sobre o Big Brother. Eles só não tem links diretos para os posts (como se chama mesmo?) por lá.

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Sempre achei graça na expressão "pensando na morte da bezerra". Assim, aprendi a dizer a muito tempo: "está pensando na morte da bezerra?". E com o tempo surgiram variações: "e a bezerra, morreu de quê?". De onde surgem tais expressões? Sou curiosa sobre coisas desse tipo. Hoje em dia, sabendo como sei perfeitamente o que significa a frase, já não a digo automaticamente: ou melhor, digo, porém no segundo posterior percebo exatamente aquilo que compreendi sobre a criatura que está ali a pensar sobre o óbito do pobre animal. A isto chamo aprendizado ou amadurecimento, como queiram. Eu sei que não demonstro que aconteça isto comigo mas, enfim, ocorre, vez ou outra.

Entenderam? Não? Paciência.

Esta não foi tão curta.

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Curto porém foi o post. Os posts - é sabido, contudo (kkkk) - como os poemas, tem vida própria: sabe lá o postador o que virá nele quando escreve a primeira palavra!

5 de fev. de 2007

Reentré

Do que você gosta?

Preliminarmente: de listas.
O que faz aproximar-me do que não gosto: a cópia.
Que seja. Eu avisei, Vilminha ;-).

Escritos, escritas.
Carnaval, pão e manteiga.
Um jambo roxo, de suculência.
Um suco de pitangas pequenas e ultra-doces recém colhidas
em frente à casa.
Um sossego de uma tarde fresca. Uma rede.
Praia em pôr-de-sol ou nascente. Pôr-de-sol e nascente :
não precisa de mais nada.
Seja caústico ou agridoce o cenário.
Palavras que findam assim: lealdade, verdade.
Outras palavras com mesmo fim.
Concha com som de mar lá dentro.
Descobrir um poema,
um livro, uma canção.
Dias sem fim.
Escolher sem pressa no controle e pegar "aquele" filme do começo.
Sair de casa.
Voltar prá casa.
Estrada, céu, mato, planta.
Caminhar com calma,
um café com calma.
Um pãozinho com manteiga. Quente.
A manteiga derrete salgada umedecendo o branco do miolo, a casca que quebra.
Depois de voltar quando disse "vou ali comprar pão",
indagar "Quer pão?".
O sorriso dos meus. A saudade dos meus.
"O aconchego na cama, a luz apagada". Pés na cama.
Edredon. Arcon.
"Uma Mente Brilhante".
Uma varanda.
Achar o pequeno pássaro entre as folhas.
Aguardar com paciência o movimento que não é do vento.
Ele surge em cores.
Mergulhos. Sal na água, nos olhos. Horas de sal. Boiar em transe.
Cheiro de terra molhada.
Molharem a terra e disserem: "eu adoro esse cheiro".
Sonhar com números.
A pele da criança, o calor do corpo do homem.
O sol queimar e mudar a cor.
A ordem das coisas.
A casa limpa, brilhante.
Água, muita água.
O mar que é feminino.
O céu que sempre muda e no entanto é perfeito.
"Ilusões". Richard Bach.
"Bom dia . Bom dia mesmo".