3 de out. de 2006

Hoje

Por que as pessoas ficam se enganando? Será solidão demais? Por que eu não consigo entender isso? Por que eu não consigo enganar ninguém? Consigo?

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É triste que criem uma comunidade no Orkut chamada "Já tomei banho de chuva" e só se fale nela sobre a Cicarelli.

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Hoje estou sentindo mais uma vez uma saudade fudida dos meus amigos. Tenho muitos poucos. Perder os poucos que existem dá uma sensação de buraco, funda como não-sei-quê.

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Recebi um texto do Carta Capital com entrevista do Chico Buarque sobre o Lula e o PT de que acho que gostei. Mente flutuante não consegue saber se gosta de nada, no máximo fica no achar.

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Não consigo perceber quando faço mal às pessoas e quando não faço. Que coisa estranha. Eu que sempre me percebi alguém bom. E sempre vivo a pedir desculpas por tudo. Mas sou muito grossa tantas vezes, eu sei. E quanto mais confusa a mente, mais cruel, de forma imperceptível. É defesa, também.

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Ó céus, essa sessão analítica que não cessa nunca. Sinceramente, eu não sei como vocês me aguentam. Quem precisa me aguentar é quem eu pago para que me aguente. E enquanto isso, a vida passa, como um rio, com suas pontes cobertas nas pequenas telas noturnas, seus dias quentes, suas buscas, seus blogs, perdas e renúncias; e eu, postada, observando a passagem da correnteza, como a garça sobre o mastro reto à saída do Capibaribe. A face muda. Ainda bem que ainda não esqueci minhas asas. Por enquanto, elas prosseguem coladas ao corpo.

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