14 de jul. de 2015

Não mais


Escrevo para rasgar o linho grosseiro do vazio.
Sou irmã das mágoas, das águas sou pária.
Não apura o coração o lento pulsar das folhas sob a chuva.
Como compreender a ausência de sentido?
A água parada só para,
a água que corre só corre.
Donde motivos?
Contempla a natureza,
 estende olhos sem medo para a insignificância das coisas mais eternas
que tecem razões pestanejantes para nossos lábios,
infindas para o escuro universo que se expande,
a ignorar nossos tremores...