28 de nov. de 2008

La Favorita

Quando liguei a TV, pulou dela a cara da Cilene - a "mãe" chorona de A Favorita - para variar chorando.

Elizângela.





Você, criatura com menos de 25 anos, provavelmente não entenderá quem era a Elizângela trinta anos atrás - mas para ter uma vaga idéia do que estou falando, pense na Juliana Paes : nos anos 70/80, a Juliana Paes era a Elizângela. Elizângela era "um estouro". "De parar o trânsito", dizia-se. Ela era linda, uma unanimidade nacional, em especial por ter o padrão da mulher brasileira - morena, longos cabelos pretos, uma Iracema moderna.

Por tudo isso, por ter mantido em meu inconsciente essa imagem de beleza feminina ideal e inabalável, toda vez que assisto a Elizângela-Cilene chorando me assusto.

Não sei se porque a Elizângela não aparenta seguir o padrão das atrizes quinquagenárias, sexagenárias da atualidade - todas repletas de botox, cirurgias, maquiagem pesada, magérrimas. A Elizângela tem bundão, papada e bolsas sob os olhos - ainda assim, é uma figura bonita para uma mulher de 53 anos, e eu não teria tais impressões não fosse ela uma artista da televisão. Fico imaginando o que faz a Elizângela nadar contra a corrente, contudo. Será que ser padrão de beleza por tanto tempo a fez cansada desta rotina? Bom, se é assim, a atriz não pode jamais ser comparada com a Glória Menezes, por exemplo, que de tão esticada deve ter pregas embaixo da franja, a despeito de ter idade para ser avó da Elizângela (exagero...).

Por tudo isso, a Elizângela merece um aplauso. Por ter sido tão linda e, dentro das possibilidades que lhe permite a condição humana, continuar linda, já que o sorriso não envelhece.





E para completar, olha a recordação que ela nos proporciona. Definitivamente do fundo do baú, estava debaixo das mais antigas revistas...


27 de nov. de 2008

Henna on hands











Não são lindas?



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E não duram, nem dói!


Vai virar moda com a nova novela da Globo, aposto...

26 de nov. de 2008

Momento terapêutico

Quando eu não mais reter a ilusão de que controlo os mínimos movimentos que executo.
Quando não me vier medo algum do que seu fulano ou dona sicrana especulem sobre a minha pessoa.
Quando eu não necessitar encobrir meus defeitos e virtudes por esta desconhecida razão que, para minha consciência ao menos, até então não desabrochou.
Quando eu encontrar o centro de mim mesma e afirmar "é aqui que estou", sem rodeios.
Quando aqueles que me forem caros possam ser por mim fitados sem este receio essencial da fatal facada nas costas da qual jamais me será possível safar, se porventura ela tiver que vir.
Quando eu puder apenas voltar a ser o que sou da maneira mais livre, pura e simples, a despeito do olhar oblíquo, do ranger de dentes, do sorriso amargo, que me contaminam a tal ponto de adoecer-me.
Quando me for possível atravessar portas, abismos e corredores como se nada ao meu redor pudesse ferir-me, e apenas uma luz intensa pulsasse em meu caminho.
Quando a minha mão não mais necessitar escrever o que está dito nesta página.

Aí eu poderei a todos e a mais alguns informar que agora sou uma mocinha crescida.


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O culpado por esse texto é tão somente o Senhor Raimundo Carrero (escritor pernambucano dos mais talentosos, para quem não conhece), que outro dia no rádio falava sobre o que deve fazer aquele que quer escrever bem. O que deve fazer quem deseja escrever bem? Tão somente escrever, diz o Senhor Raimundo Carrero. Qualquer coisa que lhe venha a telha, em palavras chulas, simplórias ou suburbanas. Não depreciar as idéias ruins, explorá-las. Deixar o pensamento correr livre sobre o papel, sem amarras.



Senhor Raimundo Carrero



Carrero tem um programa diário na CBN da terra, sobre literatura, creio eu às 15h. Muito legal, para quem se interessa pelo tema.


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E por falar no Senhor Raimundo Carrero (link em riba), bom seu site, recomendo. "Quando se escreve, se mexe com os demônios mais secretos"... O escritor organiza oficinas literárias tanto presenciais quanto virtuais. Se eu estivesse com tempo, não tenha dúvidas de que faria a virtual.

Sobre o site ainda, a única pena é que lá não tenham sido disponibilizados mais trechos de seus livros, além de um capítulo de um deles. Não que seja dos meus escritores prediletos - porque é uma literatura pesada e crua em demasia a sua, pelo que concluí da leitura do único livro seu que li, A Dupla Face do Baralho -, mas, enfim, foi algo de que senti falta, até para animar-me a novas incursões na sua obra...

23 de nov. de 2008

Sábado para Domingo

Caco Ciocler é lindo.

















Sabe que eu sempre achei, mas nunca tinha percebido? Eu faria, Kênia.


Sempre gosto do Altas Horas. Nunca acho ruim. Hoje era o bofe em pauta com Marília Gabriela, que sempre me prende à telinha, desde os imemoriais tempo do TV Mulher.

Boa madrugada para vocês também.



20 de nov. de 2008

Amy

Olha o que é fama.

Eu queria baixar uma música da Amy Winehouse na mula, só que não lembrava do nome de nenhuma das duas - música nem cantora. O que fiz? Tasquei no Google : "cantora drogada". Foi a primeira referência!


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Não gostava muito dela, mas a moça é difícil de passar desapercebida, vocês tem que concordar. A despeito de haver sempre um vídeo dela rolando na locadora quando chego, custei a me interessar. Mas, afinal, essa tal Back to Black grudou no meu ouvido que nem chiclete. "You go back to her and I go back..."





Lamento que a criatura seja tão enrolada e suicida, boa artista que é. Morro de pena...


19 de nov. de 2008

"No sol de quase dezembro"

Tô meio estranha, vazia e muda nesta tarde.

É como se o tempo pudesse parar que não ia fazer muita diferença, ...

... as muitas coisas que estão por ser feitas pudessem aguardar um pouco, e eu fosse só uma lagartixa tomando sol na parede da varanda...

Tem um grande alerta piscando na minha frente, mas me dá apenas uma grande vontade de encostar nele...

E eu nem "caminhando contra o vento" tô, avalie "sem lenço, nem documento"...



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Na contra-mão deste sentimento, lembrei do comercial do Captiva da Chevrolet com aquela frase sensacional ( a música também e ótima):

"O tempo é igual prá todo mundo, a diferença é o que você faz com ele".

Ai ai ai, que dilema medonho este entre a preguiça-de-final-de-ano e as-necessidades-permanentes...

13 de nov. de 2008

Apenas uma rápida palavra...

... sobre Ônibus 174 (o documentário) (já que a Tata se interessou) .







Assista. Todo brasileiro deveria assistir.

Coisas que me chamaram muito a atenção no filme: primeiro, ter sido mostrado como, a partir de determinado momento do sequestro, relacionavam-se o algoz e as vítimas. Síndrome de Estocolmo, claro. Contudo, foi interessante observar como essa simpatia não se desenvolveu entre Sandro, o sequestrador, e a professora Geísa, a passageira morta. A tensão é constante entre os dois, ao contrário do que ocorre com outras passageiras que ele também utilizou como "escudo".

A passagem final do filme, que disseca o assassinato da Geísa em muitos ângulos, em câmara lenta, é perfeita, em especial após termos visto a cena com balbúrdia e sem foco, o que leva a crer que ficará por aí...

A cena do assassinato do Sandro dentro do camburão policial é extremamente chocante. Um soco mesmo no estômago. Se eu não visse com meus olhos, provavelmente não acreditaria que foi como foi, diante assim das câmeras.

A conclusão de tudo isso é: este fato, ocorrido a oito anos atrás, mostrou a fragilidade da nossa polícia, de maneira gritante. Que em nada foi alterada, pelo que se viu no episódio da garota Eloá...

11 de nov. de 2008

Mossoró - RN

Neste final de semana estive em Mossoró - RN.

A cidade é limpíssima, organizadíssima, tem cinema, teatro, preserva-se o patrimônio histórico, fica fácil perceber pelo bom estado de seus prédios antigos. Um verdadeiro exemplo para uma cidade nordestina do interior.





A coisa dali que provavelmente mais gostei foi desta estátua (tirando uma carne de sol com macaxeira e feijão verde ma-ra-vi-lho-sa que descobrimos), na linha daquelas do Circuito da Poesia - Recife. Porque não sabia quem era o cidadão retratado e custou a descobrir que é do jornalista Jorge Dorian Freire, de quem infelizmente nunca ouvi falar.

A Biblioteca se chama Ney Pontes. Não deu para entrar (era domingo), mas me pareceu muito legal.




Dorian Jorge de perto.




Aqui filhota pousando junto do Dorian Jorge.


A cidade é tão chique que tem Teatro Municipal. Minhas fotos não ficaram boas, colo duas captadas no site da Prefeitura de Mossoró.








Olhando um pouco mais de perto, dá para entender porque a cidade é tão limpa.




Todo mundo sabe ler!

A foto a seguir foi tirada dentro da cidade, perto do centro.





Experiências como estas me fazem pensar no que ainda faço em Recife...


Mossoró, te adorei. Tirando o calor e a sequidão danada...


E viva o Petróleo! E viva o Sal! (Mossoró é o município com maior produção de petróleo em terra e o maior produtor de sal do Brasil. No site da Prefeitura, consta a Petrobrás como parceira na construção de algumas obras, como a do Teatro Municipal e da Estação das Artes).

Obama 2

Estava a pouco assistindo um debate sobre as eleições americanas e, obviamente, em determinado bloco falou-se sobre o "passada a festa, o que acontece?".

Falo do novo mote do momento: os debatedores (inclusive, um deles ex-professor meu, hihihihih) criticavam o endeusamento, messianização (que nome bonito!) de Obama, o qual pode vir a resultar em certo efeito contrário, a partir da expectativa excessiva que se esteja projetando no cabra. Em português claro, estamos falando da população mundial esperar demais dele e decepcionar-se deveras, já que não existem "salvadores da pátria", e a maré não tá para peixe.

Compararam-no com o Lula - um trauma na minha vida, como na de muitos brasileiros - alguns de vocês devem saber.

Não sei se porque não sou americana, ou se porque gato escaldado tem medo de água fria, o fato é que não espero absolutamente nada do Obama. Nada, nadica de nada. O fato do povo americano o ter eleito, para mim, por si só, se basta, significou muito. É um marco, vai para os livros de história. O fato de ter sido um democrata já seria uma excelente notícia. Que ele seja negro, é de arrepiar - e priu. Para Obama, pessoalmente, foi um baita feito. Pronto, é apenas isso. Passada a emoção, a vida segue.

Às vezes, penso que os cabeça-pensantes subestimam em demasia seus pupilos. Além do mais, vida de comentarista é uma beleza, né? Falar é ótimo... Vai lá e faz, meu!

7 de nov. de 2008

Feeds

Resposta para Marco: eu não tenho feeds, se é que entendi o que é...

Eu pretendo ter, para felicidade geral da nação (óóóóóó)...

Mas eu faço como ? Quer dizer, o que é que eu coloco em "URL de redirecionamento de feed" no blogger?

Sorry, babies, estou definitivamente ficando sem idade para essas coisas e ... "hoje é sexta-feira", uma moça passou cantando aqui na minha esquina! E também estou vendo "Ônibus 174", o documentário, não o novo, vendido no estilo gato por lebre, acreditam? Capa de um, cd do outro... Mas não achei ruim, no frigir dos ovos.

5 de nov. de 2008

Coisa de gente velha

Eu fui buscar a letra dessa canção ("Lá em mauá/Teresópolis/Pirinópolis/Armação de Búzios...") que está na cachola (e por isso foi para o subtitle) e cheguei a um fórum qualquer desses da vida em que 4 criaturas conversavam sobre que música é essa.

E fiquei boba, porque "no tempo que eu era menina lá em Barbacena" (outro bordão que, breve, apenas os da minha geração entenderão, se é que já não é assim) todo mundo a conhecia.

Quando digo todo mundo significa dizer toda a população brasileira. 100% das pessoas que habitam este país, capisce? Tocava muito nas rádios, que eram então o principal veículo de divulgação musical (fora isso era a tv, e com internet nem sequer sonhávamos), e continuou tocando por muitos e muitos anos.

Só então, observando ou vivendo situações como esta, me apercebo do quanto, na verdade, vivemos em guetos não só físicos, mas também temporais, e nem sempre atentamos para isto.

Como a mudança sempre chega independentemente de nosso desejo, percepção, reação, ou seja lá o quê me ocorra dizer.

A fila simplesmente anda. Os trens correm nos trilhos. O tempo passa, só "a poupança Bamerindus continua numa boa" (ai, Meu Deus, mais um ser desconhecido, para muitos, em especial considerando que nem mesmo o Bamerindus existe mais).

Ai de quem não corre atrás dele. O tempo.

A grande estranheza para quem vive estes dias, mas viveu outros, com certeza é a rapidez com que tudo se transforma. E a grande verdade é que vai dando uma saudade... Não que não seja tão bom tudo o que nos oferece essa tal "mudernidade", longe de mim tal heresia, afinal, sou uma viciada em um de seus principais frutos, a internet! O fato, porém, é que era tão bom também! Tudo tinha um sabor novo, e experimentar a tantos intervalos uma nova música que nunca ouvira, encantar-se com um livro por estar diante dele em uma prateleira de livraria, sem jamais ter lido sobre ele, ir a um cinema só porque era o que estava passando e ao final apaixonar-se, poxa, que filme... Estar de madrugada em frente a televisão e nossa, imaginem o que passava no Corujão (kkkkkkkk)! Espantar-se com aquela notícia e falar dela por dias, descobrir o que não se sabia em uma enciclopédia, numa conversa com amigos, sem esta disponibilidade tão intensa que temos hoje em dia. No fundo, no fundo, com o tempo, isto cansa. O que me leva a concluir que não há nada de inteligente no que estamos fazendo de nós mesmos. Ou não.

Boa noite. Durma-se com tal barulho.

Uma palavra só...


O B A M A



Pronto. Agora tô feliz.

1 de nov. de 2008

Sábado

Estou viciada em ABBA, graças a Dona Meryl Streep.

Deu para perceber? :-P

E não sou a única. A "criatura" aqui de casa (como diria a Luci) também vive cantando... O grande problema é que o inglês dela não é ainda dos melhores, e chega a me doer nos ouvidos, ó céus.

Esta versão que está tocando no Maio não está me parecendo original, mas foi o que pude obter lá no Imee, já que Waterloo está martelando como nunca em meu juízo!


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Como sabem, estou num backup. O notebook ficou pronto, "está pendente de transporte", informou-me Maurício, o rapazinho que me atendeu na ligação com a HP. "E quando é a previsão de ter 'transporte'?" - indagou-lhe uma ainda paciente(?) usuária. "O prazo de atendimento da HP é de 20 dias úteis, senhora (argh), o seu computador foi entregue em ...". Maurício, eu sei o dia que entreguei o micro. Maurício, eu sei contar prazos. Maurício, basta me dizer que dia a *porra* do micro sai daí da *porra* da HP. Mas Maurício não sabe.

(antes que continue, não acredito que perdi um parágrafo inteiro de um post. Fazia tempo que isso não acontecia. Alerta, alerta!)

O backup não é dos melhores. A despeito do XP já haver sido reinstalado duas vezes, o internet explorer simplesmente não entra. Por esta razão única, e porque não estou com o mínimo interesse em descobrir o misterioso motivo que o faz agir assim, eu estou usando o Firefox (que abre!). Acontece que o Firefox é um neurótico de carteirinha - e dois neuróticos juntos, colegas, nunca dá bom resultado. Ele me avisa a toda hora que a página não é segura, ou não é (ou é?) criptografada, e recomenda-me também 'enfaticamente' sua atualização, além de me perguntar demais se quero salvar senha. Já passei dessa fase, relaxei. Relaxe também, colega Firefox.

Vou ali limpar a vista, prumode ver se esqueço, entre outras coisas, o Maurício e o Firefox.