19 de dez. de 2013

Sim, porque é natal

Se existe algo que aprendi com minha muito amada mãe foi sobre a generosidade. Quem conhecer Dona Judite razoavelmente entenderá sobre o que estou falando.

A generosidade, na imensa maioria das vezes, é confundida pelas pessoas com a ausência de força, do que não se trata. A generosidade, de fato, possui muito maior relação com uma compreensão sobre o que não somos realmente. E há algo que realmente não somos : seres que não necessitam uns dos outros. Necessitamos, e necessitamos prá valer. Somos seres que se precisam, se completam, se conjugam, e nesta hora mesmo a gramática se perde...

Esses pensamentos me reportam ao Paulo Coelho, este autor tão amaldiçoado. Eu mesma, confesso, anos atrás sucumbi à pressão dos comentários (e, sim, o Paulo tem defeitos), mas em um de seus livros (O Zafir, salvo engano), ele fala sobre a “rede de favores”. Que seria justamente esta ideia de que não fazemos o bem senão a nós mesmos quando nos movemos com generosidade em direção ao outro. Fazemos hoje, mas voltará depois.

Se estou indo longe demais podem avisar, mas o fato é que este conceito me recorda um ensinamento ainda mais distante: o “dar a outra face”. O “dar a outra face” é importante e faz bem! Por mais estranho que aparente.

Então, e porque é natal (sim, por que não?), que isso faça sentido. Mas faça sentido o ano todo!

Feliz natal, pessoas!

28 de nov. de 2013

Resíduo


... e parte o tempo que restara,
desfaz-se a relutante cinza,
e fica a sombra do sorriso que nossa face não conteve,
que vira voz e verso breve,
redemoinho de canção que passa
e segue...
...e que porque não principia não se finda...
...e mesmo a areia esquece...

27 de nov. de 2013

Porque a poesia renasce todo dia






FELIZ, INSUPORTAVELMENTE


Para Mario Benedetti, hermano


Aos poucos a luz perde o resplendor.
O rio sabe a sangue, e ninguém sabe.
É a derradeira chance de me ver
pela primeira vez inteiro: cara a cara.
Simplificar prefiro. Por que hesito
em revelar as águas escuras
que me percorrem, essas onde moram
peixes cinzentos, surdos, que me sabem?
Dizer me basta que não cometi
o pecado pior do homem:
o de não ser feliz (O juízo é de Borges,
que era cego, mas descobriu a rosa
escondida no coração da moça.)
Vi o fundo de um lago de esmeraldas.
Eu fui feliz, insuportavelmente.
As desgraças que duras me feriram
nada foram (contando a de existir)
ao lado dos milagres que vivi,
dos mágicos momentos que inventei.
Não é preciso ir longe. Numa noite
de ardente primavera eu viajei,
abraçado aos cabelos desvairados
que me ensinavam o cântico dos cânticos,
pelo mar dos espaços siderais.
Voltei intacto. Parece que passaram
eternidades.
Sozinho agora sou: perante mim,
ou entre mim e a noite que me chama,
espaço em que mal cabe o que escondi.
E mais de meio século de festa,
de lágrimas, de assombro, de ternura,
inútil se resume na fagulha
fugaz do tempo em que meu ser total,
resíduo de memórias, já se adere
— imperceptível —
ao silêncio noturno da floresta.


(THIAGO DE MELLO)

5 de set. de 2013

Prá dormir bem. E zen. Boa noite


31 de ago. de 2013

Reflexos de uma tarde gris

Algumas pessoas vêm ao mundo, vocês olha suas fotos (fotos são tão fáceis nesses dias!), são tão perfeitas, naturais, simples, puras! Somos nós os antinaturais. Os que desejam desvirtuar a harmonia. Os cujos sonhos maculam as noites. Os inquietos da vigília. Aqueles, os outros, permanecem em suas redomas de fantasias e cores. Que direito temos nós de tirá-los de lá? Quebrar o vidro? Nenhum. Deixa eles lá.

6 de jun. de 2013

23 de mai. de 2013

1 de mai. de 2013

Sitemeter morreu. Acho que depois de quase um mês dá para dizer que é oficial.

12 de abr. de 2013

Hoje

Sentimento bom de força que nunca seca. Paz na alma. Essas coisas, se aproveita.





"Se inventar é o meu destino,
invento e invento-me."
(Lêdo Ivo)

21 de mar. de 2013

A tristeza? A gente não deixa chegar perto. Isso aí.

12 de mar. de 2013

Felicidades, cidades!




(12 de março - Aniversário de Recife e Olinda)

9 de mar. de 2013

5 de mar. de 2013

Vício

Estar aqui
prá não estar consigo,
é sempre isso.
Adentra a solidão do vício,
pula o precipício,
no abismo
vai se encontrar.

26 de fev. de 2013

A possibilidade de recomeçar, é o que há de mais interessante na vida. Recomeçar o dia, a tarefa, a dieta, a viagem, o projeto, a relação, a carreira, ou a própria vida.

E o fato é que é mera questão de atitude. E de perder a vergonha também.

14 de fev. de 2013

Sensação de invisibilidade... Hummm...



Enfim... Pedra que rola não cria limo.

7 de fev. de 2013




Não, eu não prefiro.

6 de fev. de 2013

Dança aí que é carnaval e vale qualquer ritmo!

A pílula do esquecimento, cadê? Esqueci onde coloquei.

3 de fev. de 2013

Música do Pará




Aí impossível não lembrar da Fafá.




Eu ia postar um vídeo antigo, mas ela se apresenta muito melhor agora...

30 de jan. de 2013

A que tô ouvindo é essa. Eu adoro o estalar dos dedos.

Esta dor não é sua, é minha. Quem me entende é ela, quem a entende sou eu. Esta dor esbraveja, eu grito. Lutamos sem regras e sem precipício. No fim estrebucham as duas, eu de cá, ela de lá. Ninguém venceu, mas estancou.

27 de jan. de 2013

‎"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro."

- Fernando Sabino; "O Encontro Marcado"

Um dia triste esse 27 de janeiro.

9 de jan. de 2013

Invulnerável.
É isso que precisamos ser
o dia todo
todos os dias
sempre.
Que há descrença, desesperança, desânimo, tristeza, tudo isso há.
Mas que importa?
São apenas elementos com os quais conviver, sabendo que não há o que temer.
Porque água e óleo não se misturam.