27 de jun. de 2005

Três Vezes Rio de Janeiro

Fiquei comovida pelos apelos (pena que a Telemar não se comove também). Vamos falar então de cinema.

Como sabem, faz pouco que comprei um aparelho de DVD, então minha agenda de filmes até que anda mais gordinha que outrora. O que tem faltado mesmo é tempo para resenhar as películas (ah, que nome lindo). Férias, entretanto, são férias, e ainda que eu tenha uma dissertação para um concurso acadêmico em que me inscrevi (valendo como Atividade Complementar, da qual preciso conseguir ainda 98 horas até o fim do curso), além das tarefas domésticas (dei mini-férias de três dias para a secretária, que afinal ela também é filha de Deus) e as costumeiras bronquinhas extras a serem resolvidas, pernas pro ar que eu também sou filha de Deus. Ah, minhas férias infantis começam quinta, quando Clarota finda suas aulas do primeiro semestre.

Recentemente assisti a três filmes brasileiros cujo pano de fundo (e porque não dizer, um dos personagens principais) é a Cidade Maravilhosa, aquela por tantos anos aguardada e idealizada em meus sonhos adolescentes. Vim a conhecê-la já no tempo das desilusões (HAHAHAHAH, adoro esta fala antiquada), sem porém não haver me desiludido em nada, visto que ela apresentou-se exatamente como imaginei: descarada, de inigualável beleza natural e totalmente caótica.

O caos da grande cidade é o tema central de Edifício Master, documentário de 2002 do mesmo diretor de dois outros bons filmes, Cabra Marcado para Morrer e Santo Forte, Eduardo Coutinho. Em duas horas de entrevistas a 37 moradores de um imenso condômínio de kitinetes no centro de Copacabana, no qual a equipe se instalou por um mês, Coutinho traça um retrato fiel da sociedade decadente e maravilhosa desta "civilização encruzilhada" que é a lindíssima São Sebastião do Rio de Janeiro. O estilo despojado, improvisado, da obra, agradou-me, os "atores" foram muito bem conduzidos, emocionaram-se, riram, contaram-se enfim. É um excelente filme que recomendo.

Falando em Chico Buarque, também o Rio de Janeiro é o cenário de Benjamim, filme baseado em seu livro, que inclusive li a um tempo. Cá entre nós, o filme é visualmente belo (o Rio de Janeiro está ali em seu esplendor), Cléo Pires é realmente qualquer coisa (fisicamente falando, embora ainda não me convença como boa atriz), porém a história a mim pareceu apenas um pouco menos confusa que a narrativa do romance. E mais chata. Ademais, enquanto o Chico construiu a trama de maneira que apenas aos poucos a realidade se revela, no filme você fica sabendo muito logo ao começo. E o ritmo é muito lento. Não sei, não me capturou este. Uma pena.

Por fim, o créme de la créme. Realmente, apesar de ser sim um filme chocante pela forma como apresenta o sexo entre homens (e em geral não me agrada tanta crueza; foi também bastante comentado este aspecto na época do lançamento), gostei muito de Madame Satã. Lázaro Ramos está maravilhoso no filme, é um ator porreta. Eu o vi a primeira vez atuando em A Máquina, peça de direção do João Falcão. Sua atuação é arrebatadora, consegue fazer com que você se apaixone pela personalidade de João Francisco dos Santos. Esquisito, não? É um personagem totalmente adverso: cafetão, enaganador, desordeiro, homossexual deslavado, promíscuo, assassino. Porém o filme consegue mostrar que havia um centro naquele homem, uma personalidade forte e poderosa, desorientada pela força bruta da pobreza, da miséria, do submundo, e que reúne em torno de si uma estranha família de bichas, putas e amantes. E, claro, o filme se passa na Lapa, sempre Lapa, e não seria necessário que a cidade fosse muito mostrada: Madame Satã é a própria Lapa, e a Lapa é o próprio Rio de Janeiro.

26 de jun. de 2005

Não se vão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Prumode o Maio entrará de férias junto com minhas férias do trabalho, por 15 dias não sei quando postarei. Não esperem muitos posts! Mas, como sempre, vou tentar dar meu jeitinho... Até lá:

-o Brasil pode ser campeão da Copa das Confederações, se ganhar da (afe) Argentina quarta, dando assim uma boa prévia para a Copa do próximo ano. Viram o jogão de sábado? Alegrou meu feriadão chato-ao-meio;

-uma bomba pode estourar com o retorno do casório da Dona Cica, quem sabe? ;

-eu posso ganhar a megasena e daí nunca mais vocês verão a bonequinha Concerned aí ao lado, aiaiai;

-talvez o Marcelo aprenda a fazer macarrão e eu não posto mais aquela danada daquela receita que prometi, porque hoje, não sei se sai não com a lerdeza que anda esta minha carroça que nem sei porque ainda chamo micro. Ah, e aquele questionário, aquele questionário...

Não se vão!!!!!!!!!!!!!!!

PS: Ao contrário do que sugere a foto, vou viajar não, gente, queria eu... É que esta foi a melhor imagem que encontrei para expressar o descontentamento pela distância, snif, snif, buá...

24 de jun. de 2005

Junho

Duas velhinhas à varanda.
Cadeiras, cabelos, branquinhos, iguais.
Silêncio. Não falam.
São irmãzinhas.
Sobre a cidade se estende a tarde fria.
Tremulam úmidos sob seu manto os corpos, sem o hábito do sereno:
prédio, planta, gente, bicho.
Duas vizinhas à varanda.
Ocultas.
Conversam. Não falam
Aplacam o vazio.
Ausculto, deserta a sala, meu lunário perpétuo.
Velho homem que dança.
Mão e areia que canta.
Oratórios, pés ânsios.
Estou seca de vazio:
e nele, plena, repleta.
Pendo sobre o tempo,
na fresta que nele se abriu,
em que petrifica a poesia, em que se infiltra a poesia.
Pronto, é preso o instante.
Mesmo os carros, velozes.
Mesmo o ritmo do pássaro.
E as vozes, as pedras a ruir.
Já não se perde esta tarde.

(À Antônio Carlos Nóbrega)

Pulou fogueira, Iáiá?

João Batista nasceu e a mamãe Isabel acendeu uma fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus. Daí as fogueiras que a gente pobre (principalmente) e rica do Nordeste, no campo ou na cidade, ainda acende na data de hoje. João Batista "abriu os caminhos" para o primo, Jesus. Que lástima: na página principal do site Que Dia é Hoje não está que 24 de junho é de São João, mas Dia Internacional da Ufologia. HEEEEEIIIIIINNNNN? Porque a gente tem que ser assim? Esquecer o que é nosso, de nossa gente e cultura? Fico triste com tudo isso. Agradeço viver numa terra em que ainda se preserva um pouco tudo isso. Tinha que postar sobre isso. Pensem nisso. Ai, quanto "isso". Tudo bem, o santinho perdoa. Além do que, é um santo de muitos credos.



Apesar da pneumonite de Clara, não faltou fogueira, fogos, canjica e forró no meu São João. Não deu para ir ao sertão, como desejávamos, mas ficar de olho na telinha na noite do santo não dá. Há que exorcisar as agruras da vida, gente! Jogou seu pedido na fogueira? Xangô, pai do fogo, atende. Ainda dá tempo, até meia-noite!

!!!!!!VIVA SÃO JOÃO!!!!!!!!!!!

São João, Xangô menino
(Caetano Veloso/Gilberto Gil)


Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João

Céu de estrela sem destino
De beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô
Da beleza e da razão

Viva São João
Viva o milho verde
Viva São João
Viva o brilho verde
Viva São João
Das matas de Oxóssi
Viva São João

Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô
Canto tanto canto lindo

Fogo, fogo de artifício
Quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo, Xangô
Ai, São João, Xangô Menino

Viva São João
Viva Refazenda
Viva São João
Viva Dominguinhos
Viva São João
Viva qualquer coisa
Viva São João
Gal canta Caymmi
Viva São João
Pássaro proibido
Viva São João

21 de jun. de 2005

Fundo 157

O Maio também é Utilidade Pública.

Eu nunca tinha ouvido falar em Fundo 157. Não é do meu tempo. Não me pergunte o que é. Mas meu pai ligou para sua assessora para assuntos internéticos (eu) prumode assuntar acerca de notícia ouvida no rádio sobre o direito ao saque de saldo que possuiriam pessoas que fizeram a opção por esta forma de investimento após 1967.

Somente quem declarou Imposto de Renda nos exercícios entre 1967 e 1983, e tinha Imposto devido neste mesmo período, pode, ainda, possuir aplicação no referido Fundo. Informações aqui, site da CVM. Basta informar o CPF da pessoa.

Agora vou ver se o velhinho tem algum por lá. Vou começar a pedir percentual, porque ele passa a vida ouvindo as coisas em rádio e TV e me pedindo para ver na internet. Ou então ensino a usar micro (ele não tem, mas me falou que anda pensando em um, enfim).

Arrespondendo

Para vocês não esquecerem que o Maio existe, e virem aqui, vou arresponder o questionário que a Lu indicou. Também porque parece que todo mundo já o fez e breve talvez não sobre para quem enviar, afe...

Mas o abuso em responder não é má vontade não. É só a falta de tempo (porque coloquei quela bonequinha dizendo "Free" na sexta, tudo aconteceu: menino adoeceu, estágio apertou, choveu, marido adoeceu, festa de são joão de menino que adoeceu, e domingo na rua em casa de quem não te deixa ir embora; resumindo, nem parece que estou de férias da facul) e ... bom, vocês entenderão ao ler as respostas.

Vamo' lá:



Quantos gigabytes usados com música:
Esta pergunta me entristeceu. Ocorre que como vocês sabem neste primeiro semestre do ano perdi duas vezes tudo no HD do meu micro do trabalho. Não sei porque cargas d´água, penso que é problema do ponto elétrico em que ele está ligado, nesta casa velha em que fica meu local de labuta. Mas o causo é que da primeira perda, quase choro achando que havia perdido todos os meus mp3s. Por sorte tinha feito um backup do qual me esquecera um tempo atrás em outro micro da sala. Recuperei. Levei tudinho prá casa. Em casa, pois, devo ter perto de 1000 mp3s, não sei quanto dá em GigaByte prumode quase não abro o micro de casa dia de semana e se for fazer isso só no sábado cês vão esperar demais, hehehehehe. Aqui, míseras 5. Snif, snif, buá. Ando desencantada...

Último CD que comprei:
Não sei, tenho comprado pouco, prumode não gastar. Comprei ano passado um do Bob Dylan. Das vez copio umas coisitas. Os últimos que copiei foi um da Alanis Morisseti (acho que um dos mais famosos dela) e... Rita Ribeiro (o primeiro).

Música tocando no momento:
No micro nenhuma agora. Quase parei de ouvir música aqui. Esse fimde ouvi muito jazz na casa de um amigo. Mas não é tanto minha praia.

Cinco músicas que tenho escutado bastante:
. Candle in the Wind, do Elton John, porque meu marido ouviu umas quinhentas vezes na sexta, hahahahahahah...
. Sol do Meio Dia, Zé Geraldo - ouvi demais, mas passou a fase
. Luiz Gonzaga, porque é São João.

e... aí, tô com preguiça e numa fase pouco musical. Sei que vou ouvir muito forró em breve...

Cinco pessoas pra segurar a batata quente, ou dançar conforme a música:
Reprisando a Lu, confesso que será difícil, quem pensei já respondeu. Tenho a sensação de que esse povo não vai responder, mas vai assim mesmo.

. Gabi, porque família é prá isso que serve...
. Camilo, do Tudo Junto Mesmo.
. Bruna, do Quarto Escuro.
. Marcos, do Esculacho e Simpatia.
. Maria João, do Trapos Coloridos.

E gente, ainda tem um que o Marcelo me passou, vai depois, viu, Celo...

16 de jun. de 2005

Porque é importante, reproduza essa mensagem

Além de ser importante, também porque conheço de perto as perdas que sofrem os que não conhecem estas leis, resolvi reprisar aqui um post lido na Lu sobre os direitos a isenções de alguns impostos que possuem os portadores de deficiência e doenças graves . Vamos reproduzir este menagem nos blogs, gente. Se uma pessoa pelo menos for beneficiada por esse conhecimento, já fico feliz.

As informações estão AQUI.

Rapidinhas

Corre, Forrest, corre!

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O que é isso de "tsunami da Aids"? Hiperinflação de desgraças? Discarto, tô fora de tais expressões...

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funcionando, hein, ô da gravata lilás?

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E a família da Garotinha não pára de crescer...

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Estão cada vez mais perto de nós estas coisas... Essa praia por onde o rapaz sequestrado transita é a minha praia...

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E vamos parar por aqui, que vocês devem estar fartos de abrir link, sô...


Elas estão aqui mais uma vez.
E mais uma vez renovo os votos a Santinha querida.
Porque nem só de pão vive o homem, não esqueçam.

15 de jun. de 2005

Capisce?

Não ipomtra a odrem das lrteas de uma plravaa... De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa...

(Roubado de msg enviada em lista...)

14 de jun. de 2005

Pegando fogo



A trilha sonora aqui no trabalho esta tarde está sendo esta (para assinantes UOL). Resumidamente, leia no Noblat que tudo saberás.

E a frase do dia é: "A diferença entre o ladrão e o político, é que um eu escolho, o outro me escolhe." De um leitor do Millôr, Fábio Viltrakis, Santos-SP, com os devidos créditos.

Aliás, Roberto Jefferson acaba de declarar, sobre nosso Presidente da República: "Ali é um inocente".

Ai, que meda

Peguei na Luci. Da página do Millôr, que chamou de "O belo horrível" (e é mesmo). Sub-título: "O Brasil entrando no 1º mundo". Nessa segunda foto não parece que tem uma criança com dois bracinhos fazendo a brincadeira (os cones dos tornados são os braços)? Tem mais foto no link do Millôr.





Detalhe: qualquer relação entre este post e o dia de chuvas ininterruptas que o Recife está vivendo hoje não é mera coincidência!

13 de jun. de 2005

Well...

Bem tentei postar ontem, mas o Terra estava de mal comigo.

Não ligo para Dia dos Namorados, nunca liguei muito, diferentemente dela. Mesmo no tempo em que era exclusivamente namorada, sempre considerei meramente um bom momento para ganhar algo que eu quisesse (não é isso que a data objetiva, dar presentes?), e sempre soube dar meu jeito para que fosse assim. Hoje, em tempos de conta conjunta, perde um pouco o sentido tudo isso, concordam? Pode parecer estranho que seja assim com alguém romântico como eu, mas acredito que é justamente por isso que não gosto (por ser romântica). Esquisito? Não acho.

Também sempre me interessei mais nesta data em curtir a festa junina de Santo Antônio, comemorada na véspera como de praxe, 12 de junho, e que ainda é lembrada aqui no Nordeste. Ontem fui ver o movimento na cidade e tive pena de ter visto poucas fogueiras, entretanto. Talvez hoje.

De qualquer forma, sendo tradição do Maio falar das datas comemorativas, postei no MaisEna uma cartinha bonitinha que a Clara escreveu para o "Correio Elegante" da escola. Acreditem ou não, foi a professora que mandou. Porque segundo ela no Dia dos Namorados as crianças devem homenagear os amigos. Talvez trate-se de um ardil para que não surjam conversas sobre namorados, que já começam a ser comuns entre meninas (principalmente) e meninos de 7, 8 anos, acreditem ou não. E ainda faz com que a meninada escreva (o que imagino seja o real intuito da campanha).

Li pouco em alguns blogs sobre o Valentine´s Day. Gostei do texto lá do Marcos. Recomendo; me deu nostalgia, sim, senhor.

Para quem se preocupou com a sexta-feira: liguem não, gente, foi apenas um silêncio cósmico sem maiores explicações que se abateu sobre mim, que nem aquele de quando a Terra é destruída em O Guia do Mochileiro das Galáxias (sim, comecei a ler, que livro doido!). Nenhuma relação com a data de domingo. Deve ter sido a chuva. E o "ufa!" da bonequinha ao lado está aí porque, em tese, entrei em férias da faculdade. Ufa, então!

10 de jun. de 2005

Sente o sussurro ...

Esta tarde está me trazendo a estranha sensação de que uma bomba explodiu e não restou ninguém no mundo, apenas eu. Chove em floquinhos d'água. A cidade silencia. Parou de correr o tempo, estacionado ali na esquina. A solidão é amiga das horas.

Tão com tudo e não tão prosa

Li essa notícia sobre a turma do Pânico na TV, e não pude deixar de comentar e reverenciar esse povo por aqui. Tá certo, não guarda a mínima relação o termo "reverenciar" com o tipo de humor que o Vesgo e o "Sílvio" fazem, mas que é o que há de destaque hoje na mídia televisiva é, e a esculhambação geral tem um quê, não de novidade, mas ao menos de renovação na telinha. O fato é que eu rio a beça com toda aquela besteirada além-da-conta que eles aprontam com os famosos. Vai aí a fotinha do repórter Vesgo (como será o nome desse coitado?), meu preferido da trupe:



O trabalho que esses cabra safados fazem me lembra um pouco o finado Perdidos na Noite, do Faustão quando ainda não global, bem como do Casseta e Planeta quando ainda prestava e não tinha caído na rotina. Li inclusive semana passada uma entrevista com o Emílio Surita, apresentador do programa, em que ele elogiava a turma do Casseta, e também o Chico Anísio. Às vezes, parece-me até que esses artistas (Fausto Silva, turma do Casseta) terem se tornado celebridades da maior emissora de tv do país (e uma das maiores do mundo, recordem) atuou sobre eles como uma espécie de maldição que lhes retirou a graça, a boa forma para o humor, para o nonsense. Pode ser mera impressão pessoal, entretanto. Talvez um gosto especial pelo que apresenta um aspecto não tão "clean". Como fala aquela música da Adriana Calcanhoto: "eu não gosto do bom gosto/eu não gosto do bom senso/eu não gosto dos bons modos".

Nesta brincadeira(!?) feita lá Câmara que deve ir ao ar no domingo, parece-me que desta eles colocaram prá quebrar. Uma amiga que trabalhou no Ministério Público de São Paulo já me contou inclusive que está cheio de denúncia contra eles por lá. Brincar com congressista não é brincadeira, deve dar muito nó. Aliás, o Pânico tem mesmo adentrado em outras tribos que estão também sempre na mídia, eles que em geral exploravam mesmo o escarnecer do meio artístico: semana passada estavam atazanando a seleção brasileira de futebol (entraram como jornalistas credenciados e fizeram um zorra que aborreceu).

Xi, li agora no Babado que a turma do Pânico está também preparando uma "réplica" da Ana Paula Padrão. Que deve dar coisa boa deve, em vista da figura fantsmagórica que a repórter a mim sempre aparentou. Vamos ver...

Mais sobre o programa leia aqui.

7 de jun. de 2005

O Guia e César



Nossa, que susto! Fui ver as promoções do DP e lá está uma de kit com ingresso e livro de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Ou seja, já está passando nos cinemas e a ficha não tinha caído. Estou na dúvida porém se primeiro leio o livro (só falta uma semana para as férias da facul), antes de ir ao cinema. Algo me diz que é melhor assim, já que o site Omelete não falou tão bem do filme. Não tive realmente como ler o artigo ainda, mas só o fato de ter sido produzido pela Disney já me passa uma má impressão... Será que fica até julho na telona, para já entrar na programação de férias da Clara? Se é que é dublado, argh... O trailler tá 'qui.

Outra diquinha de programação para Recife: show de Chico César pelo projeto Seis e Meia, na quinta, às 18:30, no Teatro do Parque. 12,00 inteira e 6,00 meia. Perfeito para a mamãe aqui, que terá apenas uma prova para cumprir após a quinta. Vamos?

ps.: Se eu ganhar o livro da promoção (já que eu tenho, a Lu me deu, cês lembram?), prometo presenteá-lo ao escritor(a) do primeiro comentário novo que ler aqui depois que souber o resultado, tá? Só não vale a Naomi... Ou outra pessoa que tiver o livro, mas aí a criatura tem que se pronunciar, per favore...

6 de jun. de 2005

Rapidinhas da segunda

Sinceramente, eu não compreendo por que não consigo ser má com as pessoas, principalmente com as cobras. Acabei de ser boazinha com uma. Alguém me explica? Camilo, que é dado a perspicazes percepções (nossa, dá trabalho falar isso) críticas?

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Aproveito para divulgar o bloguito da minha manita, aquela linda criatura cujo nome é homenagem a Jorge Amado e a novela da Globo (mas que bobagem do povo da Teledramaturgia, não pode-se mais ver o nome da página da novela, vai o link todo, procurem lá a novela - assim deixo de ser freguesa), Gabriela. Ela está passando por uma fase em que se julga balzaquiana, a boba, e chamou seu blog de Mulher de 30... Isso passa, eu sei... Ah, ela não fica nada a dever a Sônia Braga quando era Gabriela, a foto da página é que está feia, vou avisando, troca, Bié.

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Essas rapidinhas me lembraram (não o que vocês esão pensando), os posts Segunda-fútil, vamos ver se eles voltam depois do dia 13 (minha última prova). Nem acredito que perdi a separação da Dona Cica e daquele a que recuso chamar "O Fenômeno", eca...

3 de jun. de 2005

Se...

Bonitinho, por isto posto. Li na Mônica, mas fiquei na dúvida se o que ela postou é o do Maiacovski ou dela. Este aí é minha versão dos fatos...

Se...
Se eu fosse um mês: maio (que dúvida)
Se eu fosse um dia da semana: quarta-feira
Se eu fosse uma hora do dia: matinada
Se eu fosse um planeta: mercúrio
Se eu fosse uma direção: prá frente
Se eu fosse um móvel: uma cristaleira
Se eu fosse um líquido: água
Se eu fosse um pecado: gula
Se eu fosse uma pedra: seixos
Se eu fosse uma árvore: imensa e copada
Se eu fosse uma fruta: jambo
Se eu fosse uma flor: do campo
Se eu fosse um clima: nem quente nem frio
Se eu fosse um instrumento musical: de sopro
Se eu fosse um elemento: água
Se eu fosse uma cor: azul
Se eu fosse um bicho: golfinho
Se eu fosse um som: na hora q a chuva cai, barulhenta
Se eu fosse uma música: do Zé Geraldo
Se eu fosse um estilo musical: mpb, música nordestina
Se eu fosse um sentimento: sossego
Se eu fosse um livro: "Paula" - Isabel Allende
Se eu fosse uma comida: pão
Se eu fosse um lugar: montanha
Se eu fosse um gosto: caldo verde, com bastante paio e azeite, com pão novo e manteiga
Se eu fosse um cheiro: chuva caindo na terra
Se eu fosse uma palavra: natural
Se eu fosse um verbo: viver
Se eu fosse um objeto: um livro
Se eu fosse uma parte do corpo: olhos
Se eu fosse uma expressão facial: uma expressão de serenidade
Se eu fosse um personagem de desenho animado: vale Mafalda?
Se eu fosse um filme: comédia romântica
Se eu fosse uma forma: redonda
Se eu fosse um número: 4
Se eu fosse uma estação: outono (mesmo sem saber direito o que é, acho lindo)
Se eu fosse uma frase: "Segue teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas.
O resto é a sombra de árvores alheias." - Fernando Pessoa

2 de jun. de 2005

Porque chove



Aqueceu? Não? Ouça Zé Geraldo então! (Pena que essa aí não tem no link; sendo assim recomendo A Terra de Gibran)

Sol do Meio-Dia
(Zé Geraldo)

Quando o cansaço e a estafa bater
O sol do meio-dia espera você
Na praça em frente é sempre verão
Esqueça essa angústia e abra o seu coração

As samambaias de metro e meio ou mais
E as margaridas te devolvem a paz
Os pombos se espalham aos bandos no chão
Esqueça essa angústia e abra o seu coração

Tudo igual, amanhã enfrentando a vida sem pensar
No depois
O mundo lá fora nos espera acordado
Reserve um cantinho que caiba só dois



Um bom começo de junho!

1 de jun. de 2005

Pense numa pressa

Tenho meu email cadastrado no site da Câmara dos Deputados para recebimento de andamento de algumas proposições de projetos de lei que interessam a categoria profissional da qual faço parte, servidora pública que sou. Hoje, ao abrir a caixa de mensagens, tive uma surpresa ao ver um email com o título "Andamento de proposição", e fiquei logo feliz por saber que algo devia ter andado; porém a alegria foi mais instantânea que Nescafé: a mensagem tratava de um requerimento que foi encaminhado a seis meses, em dezembro, e o dindin ao qual se refere eu até já recebi. Como corre o sistema de informações do nosso governo federal, senhor...

O direito de cagar livremente

Sinceramente, do que o ser humano é capaz... Nem no trabalho escravo eu já tinha visto este tipo de proibição. Não é a toa que a justiça brasileira é tão atulhada de demandas. Já pensou uma pobre criatura desta tendo uma diarréia, que dilema? Ou se obra nas calças (e todos que aguentem a fedentina) ou perde o emprego...