26 de jun. de 2008

Fim de linha

O causo é que a filhota completa 10 anos mês vindouro.

E escolheu que tema prá festa?

Harry Potter, óbvio. É cobra criada.

E o causo é que não tem mais papel de arroz do Harry Potter no mercado local.

Acreditam?

A moçoila da loja aqui em frente (eu tenho sorte, moro no paraíso, tem tudo perto, até loja de itens de festa) disse que devolveu os que tinha ao fornecedor, pois não está mais tendo saída.

Numa das maiores loja de produtos de festa do Recife que eu conheço não encontrei. Na verdade não só não havia papel de arroz, não havia nada HP para festas. Copinho, guardanapo, convite, chapéu, saquinho de bombons. Um desastre.

Resta ir ao centro da cidade, tarefa a qual estou tangenciando com a melhor cara-de-pau que possuo. Já falei para filhota que há uma ma-ra-vi-lho-sa torta Floresta Negra, que representará nada mais nada menos que a Floresta Proibida. "Ah, mãe, então a gente bota o Castelo de Hogwarts nela né?" Tsc tc, aí já são outros quinhentos... Minha habilidade para mimos como estes é Nota 0, ela já devia estar acostumada.





E aí, rola um "papel de arroz" HP na internet? Prumode já fui no Buscapé, no Submarino, Mercado Livre e Arremate. Nem nem.

Acabou-se Harry Potter, minha gente. Agora as coisas só se animam em novembro.

O jeito é explicar a fihota que estamos na entressafra. E longa. E das últimas.

25 de jun. de 2008

São João do Nordeste


Bacamarteiros.



Quanto mais fumaça melhor.

20 de jun. de 2008

Iáiá

Xau.





Bom São João procês.

Vou ali prás brenhas assumir minha matutice.

18 de jun. de 2008

Questões

Porque há dias em que falta tanta beleza que se torna insuportável concluir as horas?

Ou será que não falta beleza?

Faltará apenas a lente do simples? (onde a perdi?)

Porque não poderá ser a vida tão somente um ciclo contínuo de notícias que se repetem de forma cômoda, estável, descansada, desprovida de desassossegos?

Por que não repousar mente, alma, coração? Como um corpo que deita na areia e espera moldar-se ao chão?

Clímax prá que?

Excesso prá que?






"Queria ser uma árvore velha
Com mais de mil anos
Não ter coração
Somente folhas, não
Folhas, paciência e grandes raízes
"
(Amauri Falabella)

17 de jun. de 2008

Canjica para Lu, (Mungunzá prá Vilma)

Lu, Canjica.
Canjica, Lu.





Se prestasse eu te mandava pelo correio... A canjica está ótima, mas eu preferiria pamonha, só que não tinha mais...




Foto colhida no excelente blog
Come-se, onde está a receita da
dita cuja com fotos do passo-a-passo inclusive. Uma maravilha.


E viva São João... Aqui anda um frio que argh... O que é bem São João, na verdade, mas para minhas narinas (que nome feio) um tanto delicadas está um pouco demais...


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UPDATE:

Vilma, mungunzá.
Mungunzá, Vilma






Aqui no São João em regra você TEM que comer pamonha e canjica, o mungunzá é mais opcional, sendo possivelment dos três o meu predileto... Talvez só porque se coma quente, já que uma boa pamonha é também imbatível.

Além do que, come-se também em outras ocasiões (pamonha e canjica é que são exclusivos do período, porque, acredito, se faz com o milho in natura, enquanto o milho para munguzá se vende o ano todo no supermercado). Por exemplo, minha mãe tem o hábito de fazê-lo no ano novo, e nós TEMOS que comer, senão ela fica triste. Isso é tradição, crendice, e outras coisas mais, adiante-se. Eu não faço a menor questão, já que gosto muito da iguaria, como e ficamos as duas felizes, eu e ela.

Bom, como vou para o interior no sábado e só volto depois de pular fogueira, o certo é que comerei de "um tudo", daí quem sabe decido qual o melhor, hehehehe... Voltarei certamente com alguns quilos a mais (já que se trata de uma espécie de 'spa ao contrário'), mas feliz, porque talvez seja a época do ano que prefira, em termos de comilanças...

Bjokas com gosto de milho e cor de palha.

Diálogo interno 1

-Você quer escrever algo muito muito bonito?
-Quero.
-Então ok. Vai prá varanda ... E aí, chegou?
-Cheguei.
-E aí, olhou o mulungu?
-Tô olhando.
-Achou algum passarinho?
...
-É de noite, tá chovendo.
-Hum.
...
-Ei, você escreveu alguma coisa ontem, lembra?
-Foi.
-Pega, criatura!
-Foram só duas linhas.
-Pega!
...
-E aí?
-Hum.
-Péssimo, né?
-Hum.
...
-Tem certeza que não tem nenhum passarinho?

14 de jun. de 2008

Memorial Globo

Ok, ok.

A canção no subtitle se deve a minha visita ao site Memorial Globo, que tão logo vi sendo anunciado tive vontade de conhecer. Aí, fui lá... viajei claro, em outros tempos. E não pode faltar a busca à novela Paraíso, em que eu era fis-su-ra-da nos meus 12 anos. Crianças, vocês não estão entendendo: eu era verdadeiramente enlouquecida pela Santinha e o Filho do Diabo, tal e qual a geração atual se dilacera com High Schooll Musical. Que menudos o quê! Eu adorava era a novela!


Olha a Santinha aí!


No site da Globo, dá para ver a abertura da novela. Pena que não dê para transportar para cá. Menino, que coisa michuruca! E o pior é que só aparece o Kadu Moliterno andando de moto para cima e para baixo, o que era aquilo? O homem era peão de rodeio!

Ah, não lembro mesmo se fazia algum sentido aquela abertura. Só sei que quando o Ney começava "Quem sabe um coração...", eu entrava em transe, hahahaha... Boas lembranças! Sinceramente, já não fazem mais novelas como antigamente...

Ando bem noveleira ultimamente, notaram, né... Humpf.

Memorial Globo, irei mais vezes. Quem sabe visitar o Concertos para a Juventude... Pena que não liberem trechos dos programas... Libera, Mãe Globo!

Jôka tá com sorte que não achei no Imee a música do Ney, senão ia prá trilha do Maio. HAHAHAHAHAH

13 de jun. de 2008

Ultimamente

Vou ver sites de notícias: não encontro nada, nada postável. Sério, sério mesmo. Faz tempo que nada vale a pena ou é engraçado.

Filmes. Gostei de Juno, vcs viram? De-li-ci-o-so. Muitíssimo inverossímel, sim, mas delicioso. Confesso que fiquei sua fã (da Juno). Quando eu crescer quero ser igual a ela.




Juno, em pose típica, e seu sapo.


Anturdia, emprestaram-me um filme chamado "Desafiando Gigantes", filme de auto-ajuda e coisa e tal. Ok, foi feito de boa intenção, o empréstimo. Mas o filme, fala sério, é uma boa merda. Quer dizer, como cinema. Como mensagem do Senhor, aí é outra estória.

Enquanto mensagem positiva, "Juno" ganhou.

Desculpe, Senhor, creio em Deus, mas não gosto desta coisa excessivamente expositiva da fé entre os muito religiosos. De levantar as mãos aos céus e dizer "Eu louvo o Senhor". Sim, é preconceito, já confessei e já assumi. Estou envelhecendo e visualizando meus podres. E não é apenas contra evangélicos. É contra católicos também e umbandistas. Até agora, só não tive essa sensação em relação aos espíritas e budistas, que enxergo como seres mais coerentes em suas expressões de fé.

Não que eu não os inveje. Os que tem fé.

Percebem como este blog permanece uma exposição estranha sobre aquilo que gosto ou não. Interessa?

Bas noite. Chove.

10 de jun. de 2008

Pintura

Andaram pintando as paredes por cá, por isto sumi. Micro encostado.

Agora está tudo cor-de-areia ao meu redor e eu voltei.

Voilá.


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Sim, eu gostei da novela das oito. Não, eu não assisti tudo, só os primeiros capítulos. Eu só não entendi muito bem quem é A Favorita, mas tudo bem.

Adorei a canção do Lenine que acompanha a heroína. Que heroína sortuda, aliás, não? Mal sai da cadeia e logo um lindo homem apaixona-se por ela, vivendo alguns idílicos dias de tórrida paixão. Oferecendo-lhe ademais casa, comida e roupa lavada. Para quem chorava de noite sob a chuva numa escadaria nada mal. Não obstante, a heroína foge sem deixar vestígios. Kkkkk. Só em novela mesmo. Ah, eu tinha esquecido, deve ser por ser a heroína a Patrícia Pilar, tsc tsc...


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Já ouviram a Fernanda Takai cantando "Diz que fui por aí"? Lindo, lindo, fofinho igual a ela (gosto muito de sua voz). Do cd Onde Brilhem os Olhos Seus, em que gravou apenas sucessos da Nara Leão e que, pelas duas faixas que escutei, é possivelmente um disco bem legal. Está na trilha sonora da casa. Aproveitem.

28 de mai. de 2008

E agora?

"Outro dia, um amigo biólogo me perguntou se eu gostaria de conviver bilhões de anos ao lado dos ectoplasmas de macaco, camundongo, besouro e formiga, trilhões de trilhões de vidas após a morte. 'Você vai passar a eternidade perguntando: É você, mamãe?’, até finalmente encontrá-la. 'Não somos biologicamente tão superiores aos animais como imaginávamos 2 000 anos atrás. É uma arrogância humana', continuou meu amigo biólogo, 'achar que só nós merecemos uma segunda vida."


Trecho de artigo do Stephen Kanitz, publicado na Edição 2061 da Veja. Leia-o completo aqui.






E agora? Acredito em que, diante desta argumentação que me parece irrefutável?


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Dica: muito bons os artigos do Stephen Kanitz, e podem ser lidos não no site da Veja (que é exclusivo para assinantes), mas neste link seu que indiquei. Estão ordenados por tema aqui. Gosto daqueles sobre família, em especial. "A Escolha do seu Par", "Amor e Lealdade" e "O Cérebro Sexual", entre tantos. Está dada a dica. Depois me aventurarei nos outros temas.

Sonhos se realizam

Por muito muito tempo desejei que no Maio soassem automaticamente as canções que me vinham à cachola.

E agora, graças ao *salve salve* blog O Profeta (conheci hoje), o MAIO TÁ TOCANDO MUSIQUINHAS, AFINAL!

Foi um bom presente atrasadinho para este pobre blog tão pouco mimado por sua dona.

Deleitem-se com My Funny Valentine, com o Nouvelle Cousine, conforme indicou o Demas. Ok, Demas? Muito boa mesmo a versão.

Ah, e o provedor é o imeen. Anotem.

27 de mai. de 2008

Apenas para ouvir

Tardiamente, pero sinceramente




Obrigada a todos pelos parabéns.

Os fogos são para vocês! Ah, tá bom, e também para mim e para o Maio!

22 de mai. de 2008

Amigos

Tive uma juventude maravilhosa.

Desta juventude, alguns amigos ficaram, com os quais me entendo a um simples olhar, ou, nesses tempos de internet, a um simples "oi, pode falar agora?", no MSN.

Posso passar anos sem vê-los. Contudo, é incrível como, após alguns minutos de conversa, parece que estamos sentados no chão dos corredores da escola em que nos conhecemos, naqueles tempos em que o tempo não importava, e podíamos trocar impressões sobre tudo que nos ocorresse por horas e horas, até que a noite caísse e nos chamasse a atenção - enfim, o tempo existia. Isto tampouco incomodava, porque o dia seguinte viria, e nós estaríamos ali, mas uma vez... não, desta vez estaríamos junto ao lago, ao sol. Continuando "aquela conversa/que não terminamos ontem ficou pra hoje". O fato é: controlávamos o tempo. E a distância. Como isto era bom.

Tenho muita saudade daqueles tempos. Uma saudade quase latejante, muitas e muitas vezes. Algo tão bom, tão bom em uma vida, que só por não mais existir "daquele jeitinho mesmo" dói.

Isto pode parecer cafona e chinfrim para muitos. É porém tão importante para mim, que ofendem-me os que pensam desta forma. Nem me leiam mais, eu peço, se ao iniciar este texto murmurarem "lá vem notalgia de novo". Porque não consigo compreender um mundo que despreza e ridiculariza tal tipo de sentimento, e isto é definitivo (vou morrer assim, não tem mais jeito). Fodam-se os cínicos, que certamente jamais passaram por tal experiência. Acho que prefiro ser uma pessoa triste a ser alguém desligado de tudo isso. O que eu espero um dia poder alcançar é saber controlar e entender essa tristeza. Neste dia, posso morrer, cumpri meu destino.

Não quero fazer a Ode à Nostalgia, porque ninguém melhor que eu sabe quanto isto pode fazer mal. A vida precisa seguir. Prolongar momentos de saudade é doentio. Isto quer sempre me pegar e como sou vulnerável... Mas estou sobrevivendo. Pode estar empatado o jogo, mas sobrevivo.

Até mesmo prá honrar estes amigos da juventude, que podem olhar diretamente dentro dos meus olhos e saber que sofro, ou que rio, ou que choro ou que peno e os amo.

Para vocês dois. Si e Lu. Um beijo imenso no coração.


21 de mai. de 2008

Extraordinário

Como foi possível esta linda moça ...





... transformar-se em Piaf ?





O cinema é mesmo ilusão.


A cena mais bela do filme é com certeza aquela em que Piaf descobre que Marcel (o boxeador Marcel Cerdan, com quem teve um romance) morreu em um acidente de avião e ela desesperada, transita pela casa e finda no palco ... Uma cena estupenda mesmo... Pena que não achei no Youtube...


Agora as duas, juntas.


17 de mai. de 2008

Exame da Ordem

Amanhã é dia de Teste. Do tipo que eu não gosto.

Wish me luck! Prumode vou precisar de um tico...




Update - Parece que vai dar...

13 de mai. de 2008

Mulheres no governo



Outro dia vi uma foto recente da Marina Silva e fiquei impressionada com o envelhecimento que ela demonstrava. Cabelo branco, aparência cansada. Estava péssima a criatura. Nesta foto ela ainda me parece bem (deve ser antiga)

Não me surpreendeu portanto ao ouvir hoje na CBN sobre seu pedido de demissão, mesmo sem estar acompanhando as crises pelas quais sua gestão tem passado (conflitos com bancadas ruralistas e posturas do governo referentes a políticas de preservação do meio ambiente em contraponto à política desenvolvimentista, basicamente). A notícia me chamou a atenção por ser a Marina um dos poucos expoentes do Governo Lula que ainda me interessava, me passava completa confiança, não havia se dobrado, digamos, aos novos tempos. Adaptou-se com coerência. Uma biografia irrepreensível, resumindo. O comentarista falava sobre o perfil de credibilidade que ela dava a pasta do Meio Ambiente, e como será difícil substituí-la a altura, no cenário internacional, principalmente. Porque hoje em dia, embora o Brasil não reflita esta realidade externa, o Meio Ambiente tem toda influência nas questões econômicas e na dinâmica do mercado.

Uma pena, Seu Lula. A última moicana abandonou o barco.

Será que ela vai para a oposição?


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A outra criatura que me chamou atenção nos últimos tempos foi a Dilma Roussef. Claro, em sua bombástica aparição no Congresso, semana passada, que assisti na Tv Senado. Realmente sua firmeza impressiona. Ainda estou analisando o seu currículo, em minha tendência natural de apostar em mulheres no poder. Se ela for mesmo candidata, capaz de votar nela...


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E nessa onda de pensar em política (fazia tempo), também hoje ouvindo a CBN encontrei a Luciana Azevedo, minha vereadora. Será que ela se candidata esse ano? Prumode está na Fundarpe... E aí, voto em quem? Mulher, por favor!

Hum?

Estranho como podem haver coisas que claramente não são boas para você e você se prende a elas.

Por exemplo, um emprego que já não te trará nada de bom, é certo, contudo você sente falta dele, quando se afasta para correr atrás de novos horizontes (é o caso).

Medo do novo?

8 de mai. de 2008

Rapidinhas (mais ou menos)

Após a-n-o-s fiz uma cama-de-gato.

Lembram? Aquela brincadeira a dois, com linha, que passava na novela.

Que novela? Não lembro. Tinha na abertura da novela. Um doce prá quem lembrar que novela era.

Pois é, foi filhota que me ensinou. Eu tentava ensiná-la a anos, só que tinha esquecido um pequeno detalhe.

Tão vendo aí a velhice? Começa quando os filhos começam a ensinar a gente as coisas.

Para completar, fui procurar no Youtube cama de gato e não achei a tradicional. Mas achei isso. Estão vendo como o mundo está louco?





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Será que vocês já sabem que Meu Filho mudou de lar? Meu Filho andava comendo muito, e como se alimenta apenas de comida fresca (frutas e verduras), tinha que ser reposta duas a três vezes ao dia. Quando a gente viajava, viagens curtas de dois dias (fazemos sempre), o pobre podia morrer de fome. Preferi morrer de saudades a matá-lo de fome, enfim.

Para lembrar meu filho. Não posso ver um melãozinho na geladeira que dá um nó no peito.





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Alucinação. Prefere qual?









Eu estou na dúvida.

(O goear perde a senha fácil? Prumode tive que criar novo, agora, tentando usar o usuário antigo...)

O azeite e as dificuldades da vida moderna

Viver está ficando muito difícil.



Fonte

Não, não vou falar sobre a morte, como pode supor a imagem (bonitinha, né? Só colei por isso, prumode ilustrar "o ovo" - tentativas de compor um post decente depois de anos!).

Vou falar do azeite.

Não bastasse o ovo, que agora não é mais vilão e pode ser comido, salvo engano, todos os dias (e fico eu numa encruzilhada porque ensinei a filhota que só se deve comer 2, no máximo, 3 vezes na semana), agora vem o azeite.

No passado, azeite era um item muito caro. Agora, mais popular, e sabidamente uótimo para a saúde (reduz o raio do colesterol ruim!), sofisticou-se também (um contrasenso, ademais, algo ser popular e ser complexo, coisas deste tempo que definitivamente não é mais o meu): agora só presta o azeite extra virgem. Não compre nenhum outro, não presta.

No passado, o único azeite que prestava era o Gallo. Ótimo. Caréssimo, lembram? Olha ele aí. Acho linda a embalagem, confesso. Deve ser o subconsciente que me diz isso, já que era um símbolo de riqueza consumir azeite Gallo.





Não existia Gallo Extra Virgem. Contudo, o mercado é implacável, teve pois o Gallo que modernizar-se, na corrida da concorrência. Resumindo: virou extra virgem. Taí.





Mas não é suficiente ser extra virgem, agora. Sabe por que? Por que o azeite tem que ser "extra virgem, primeira prensagem a frio". Ééééééé. Acabam de informar-me por email. "Procure o extra virgem, primeira prensagem a frio". Eu aguento?

Quer dizer, quem pode viver com tanta informação na cachola? Como se não bastasse eu ter que lembrar telefones, datas de aniversários, senhas, rotinas, legislações e horários de remédios, as pessoas inventam e fornecem cada vez mais informação para acumular. Tenho um amigo que lê os rótulos de tudo que compra. Prá que? Que loucura é essa?

Era da informação do escambau. Isso cansa.

Depois ninguém sabe porque estamos tantos fadados a envelhecer com Alzheimer. Nada me tira a idéia de que sobrecarregamos nosso cérebro com informação demais. Prevenir a doença mantendo "o cérebro ativo em atividades como leitura e trabalhos que exijam atenção e concentração"? Pois sim! Descanso para o cérebro, que é uma máquina como outra: congestionada, pifa! Quer não pifar? ESVAZIE-A.

O meu único problema é conseguir.

Ah, só mais essa: adoro azeite. Eu tinha que dizer.

3 de mai. de 2008

Buenas

Eu andei pensando muito seriamente em parar este blog e até imaginei uma forma bem cinematográfica: o último post no dia 26 de maio próximo! Pobre! Fiquei até com peninha dele, do Maio, por ter tido tal idéia!

(quando a gente começa a tratar blog como gente significa dizer que os seus remedinhos estão desatualizados e o psi precisa rever a receita, anote-se)

Mas depois pensei.

Parar porque?
Porque parar?

Porque?
Ando sem assunto. Quando a gente começa a postar texto de Lya Luft é que o negócio tá sério.

Mas sabe que mais? Deixa ele aí. Quando der na telha apareço, viu? Vão não.


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A Lu escreveu um post sobre o pior filme que viu, o que me fez roubar a idéia: ando tão abusada com filmes, não gosto de mais nada, daí que talvez fosse bom escrever sobre o que desgosto dos filmes. Não é da minha natureza, prumode sou do bem, mas, vamos lá. À Procura da Felicidade. Puta merda, filme bom, mas triste prá cacete. Eu ia morrer se a criatura no final de toda fudilância não arrumasse o tal emprego. Ah, não. Por favor, me indiquem boas comédias, ou filme de aventura. De drama, de choro, não, faz favor.

Ah, lembrei, assisti outro dia Stardust e gostei. Mas estou preguiça para escrever direito. Basta vocês saberem que é bom.

Brrrrrrr. Ui. Relaxar é esquisito. O mundo é bom, Sebastião.

29 de abr. de 2008

Canção dos Homens

Que quando chegar do trabalho
ela largue por um instante o que estiver fazendo
- filho, panela ou computador -
e venha me dar um beijo como os de antigamente.

Que quando nos sentarmos à mesa para jantar
ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.

E se for uma profissional, trabalhar fora,
que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.

Que se estiver cansado demais para fazer amor,
ela não ironize nem diga que "até que durou muito"
o meu desejo ou potência.

Que quando quero fazer amor
ela não se recuse demasiadas vezes,
nem fique impaciente ou rígida,
mas cálida como foi anos atrás.

Que não tire nosso bebê dos meus braços
dizendo que homem não tem jeito pra isso,
ou que não sei segurar a cabecinha dele,
mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças,
mas sirva de ponte entre nós
quando me distancio ou me distraio demais.

Que ela não me humilhe
porque estou ficando calvo ou barrigudo,
nem comente nossas intimidades com as amigas,
como tantas mulheres fazem.

Que quando conto uma piada para ela
ou na frente de outros,
ela não faça um gesto de enfado dizendo
"Essa você já me contou umas mil vezes".

Que ela consiga perceber
quando estou preocupado com trabalho,
e seja calmamente carinhosa,
sem me pressionar para relatar tudo,
nem suspeitar de que já não gosto dela.

Que quando precisar ficar um pouco quieto
ela não insista o tempo todo
para para que eu fale ou a escute,
como se silêncio fosse falta de amor.

Que quando estou com pouco dinheiro
ela não me acuse de ter desperdiçado
com bobagens em lugar de prover minha família.

Que quando eu saio para o trabalho de manhã
ela se despeça com alegria,
sabendo que mesmo de longe
eu continuo pensando nela.

Que quando estou trabalhando
ela não telefone a toda hora
para cobrar alguma coisa que esqueci
de fazer ou não tive tempo.

Que não se insinue com minha secretária ou colega
para descobrir se tenho amante.

Que com ela eu também
possa ter momentos de fraqueza e de ternura,
me desarmar, me desnudar de alma,
sem medo de ser criticado ou censurado:
que ela seja minha parceira,
não minha dependente nem meu juiz.

Que cuide um pouco de mim como minha mulher,
mas não como se eu fosse uma criança tola
e ela a mãe, a mãe onipotente,
que não me transforme em seu filho.

Que mesmo com o tempo, os trabalhos,
os sofrimentos e o peso do cotidiano,
ela não perca o jeito terno e divertido
que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.

Que eu não sinta que me tornei
desinteressante ou banal para ela,
como se só os filhos e as vizinhas
merecessem sua atenção e alegria.

E que se erro,
falho,
esqueço,
me distancio,
me fecho demais,
ou a machuco consciente ou inconscientemente,

Ela saiba me chamar de volta
com aquela ternura que só nela eu descobri,
e desejei que não se perdesse nunca,
mas me contagiasse e me tornasse mais feliz,
menos solitário, e muito mais humano.

(Lya Luft, em "Pensar é Transgredir")

23 de abr. de 2008

De cristal

Amanhã completaremos 15 anos de união oficial.

Eu não terei tempo porque você chegará, e não desejarei roubar de mim mesma momentos ao seu lado. Escrevo hoje, portanto.

Súbito desejei escrever um imenso tratado sobre tudo que somos, mas não sei o quanto será possível, considerando que mal começo chega a vontade de chorar. Talvez porque o mundo não seja redondinho como parece no atlas... E afinal, você sabe a manteiga derretida que sou, sempre serei, não há jeito.

Paro. Respiro. De novo. Já passa. Demora apenas mais um pouco porque não posso abraçar a pele que faz com que passe mais rápido. Já passa.

Não vou narrar aqui nossa história, embora muita gente adoraria ler. Porque este não é exatamente seu estilo, então contenho-me. Limito-me, portanto, a contar: meu amor, estas nossas bodas são de cristal. Que a força, portanto, dos cristais transforme-nos e permita-nos ser cada vez mais aquilo que somos: dois, mas tantas vezes um.

Parabéns ao que fomos, ao que somos e ao que seremos.

Te amo.


22 de abr. de 2008

Da varanda de casa

Domingo, umas oito horas da noite.

Moro numa esquina bem movimentada, salvo em alguns feriados mais mortos, como este 21 de abril. A antiquíssima lanchonete Zooburger não estava cheia, como é normal depois de jogos dos times locais, mas havia alguns cara-pálidas por ali. Eu, já de pijama, espiava a noite. Marido via tv na sala. Filhota no computador. Todos meio ressacados da estrada e da modorra de uma véspera de segunda-feira sem compromissos, graças a Deus.

Eu estava meio lerda, é verdade. Desatenta ao que se passava. Mas de repente um objeto pipocou (mera ilustração, não se preocupem) na cena borrada em minha mente. Este aí.





Pronto, despertei. E foi rápido.

A primeira reação é de fuga. Fatal, batata. Ocultei-me atrás da parede e alertei os de casa. Moro em um segundo andar. A cena passava-se do outro lado da rua, exatamente em frente à minha varanda, exatamente na frente da lanchonete. As vítimas - homem grisalho, mulher madura, moças (duas) e menina da idade da minha - desciam de um automóvel para um inocente lanche de fim de domingo, quando dois homens aproximaram-se e abordaram o motorista com a arma.

Passei a imaginar porque estariam ali. O domingo talvez fora muito chato. Na eterna crise da classe média, o lazer é dos primeiros dispensados. A mulher fizera almoço naquele dia. "À noite não cozinho". O homem, para agradar a família, "à noite saimos para lanchar". A Zooburger é boa, barata, tradicional. Para família grande, ideal.

Idéias estapafúrdias e despropositadas, perdoem, queridos leitores.

Como me escondi atrás da parede enquanto pedia "Ligue para o 190!", perdi alguns segundos da cena. Ao retornar, havia uma certa confusão com meus personagens. Alguém falou "bolsa!". A menina queria voltar ao carro e uma das mulheres impedia. Parecia haver algum desentendimento funesto entre o homem grisalho e o homem armado, um negro, magro, com camisa rubro-negra (apenas um detalhe útil e informado a posteriori ao 190). Depois, percebendo o primeiro o que desejava o segundo, mostrou-lhe e entregou a carteira.

Na lanchonete, só então os poucos clientes entendiam o que se passava e corriam para a área interna desta, com gritos. Pela reação, parecia que acabara de haver um tiroteio, o que não foi o caso. Nada mais natural, é certo. Eis a razão porque admiro até hoje o profissionalismo de "meu assaltante". Recordam? Fui assaltada em outubro. O homem de jaqueta, o "dono do meu carro", foi "exemplar", ninguém percebeu o que se passava, ainda que fosse quase dia claro, a esquina estivesse tão agitada e com tantas pessoas próximo. Apenas um rapaz viu, pelo que pude perceber.

Aqui, em nossa cena, os assaltantes partiam no automóvel prata, "Polo Sedan Prata", conforme gritou-me sua dona, atendendo a meus gritos na varanda. Era o 190.

Espiei algumas vezes o local do crime, após o telefonema concluído. Ficou tudo muito calmo, rapidamente. Rapidamente mesmo.

Depois, foi ir para cama e ver o casal Nardoni na televisão. Mentindo? Tétrico.





Que domingo.

16 de abr. de 2008

Sai



Fome
Barriga do homem
Não é sua casa
Dor!
Peito do homem
Não é seu apart-hotel
Medo
Cabeça do homem
Não é sua praia
Infelicidade
A vida do homem
Não é seu metrô
Sai sai sai
Sai sai sai
Dá licença!

(Chico César)

15 de abr. de 2008

Ladrão que rouba ladrão!

No tempo que era uma pré-adolescente (preteen, nos dias de hoje, afe), lá no Colégio fizemos uma peça sobre essa frase (que disseram ser do Rui Barbosa, tenho porém minhas dúvidas)...

Apenas para justificar a colagem de minha foto gerada pelo Warholizer(!), que roubei da Palpi, que roubou daqui...

Roubar, palavra feia. Não se aplica a este mundo de internet. É que não me acostumo, embora esqueça de indicar fontes de vez em quando e já tenha levado minhas cacetadas...






















Hehehehe, gostei da brincadeira.


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Vou falar de algo que não ia: outro dia apareceu-me aqui certa criatura a falar que falo muita abobrinha, mas disse isso sem delicadeza alguma (ou amanheceu de TPM ou não deu umazinha, a criatura, naquele dia). Bani, e não me arrependo. Respondo agora, contudo, mais calma: criatura, falo abobrinha mesmo. E você lê e se presta a fazer três comentários sobre isto porque não tem mais a fazer, ou tem, como eu, porém possui uma personalidade por um lado bastante adolescente que utiliza para relaxar de sua vida estressante. O que sei, contudo, é que minha atitude é milhares melhor que a sua, porque pelo menos não lembro de aqui ofender a Seu Ninguém, diferente de você (se já o fiz, os amigos podem recordar, os inimigos vão catar coquinhos). Então querida(o), espalhe amor. Não à guerra, tá? Ou então vai lá, dá uma, depois volta melhorzinha.

(Não sei porque só penso que isso é coisa de mulher, que preconceito...)

13 de abr. de 2008

Diva

Maria Bethânia é feia mas no palco, de longe, fica bonita, porque é elegante, charmosa e sensual, acreditem. E canta com explosão e completo domínio de tudo e de todos, inclusive da Omara. A Omara que me desculpe. Mas é que ela não é para um showzaço-produçãozaço daqueles. Ideal para algo mais intimista. A voz dela é pequena para um teatro imenso, ou talvez essa questão foi mal tratada pela produção. Aliás foi a única coisa ruim do show. Não se ouvia bem a Omara. No mais, tudo perfeito.

Quando a Bethânia começou a cantar, fiquei por alguns minutos arrepiada. Ótimo, ótimo, ótimo, como adoro essa sensação.

Não tirei fotos, mas todas as trocentas pessoas que lá estavam tiraram. É um espetáculo a parte, do alto as dezenas de celulares acesos, lindo. Pegando emprestado, pois.



Fonte: aqui.

5 de abr. de 2008

Eu vou!




Depois conto.



2 de abr. de 2008

Mãe...

... por filha artista.





Gostou?

1 de abr. de 2008

April Fool´s Day

Ok, ok, o Dia da Mentira é um dia alegre e gracioso. Dia de pregar peças, não é? As crianças adoram. É o Dia das Mentirinhas, podemos dizer. Já os demais dias, todos eles, são Dias da Mentira. Mentimos diariamente, sendo básico para a vivência social, às vezes uma necessidade, e para alguns um prazer ou vício. Fica ao gosto do freguês. Há até mesmo o "mentir para si mesmo", natural nos tolos, românticos, cegos, indisciplinados, e por aí vai. Por exemplo, passei o dia inteiro a mentir para mim mesmo que esta noite estudaria e cá estou. Como vêem, mentir é tão comum que se poderia mudar o dicionário : mentira seria apenas o anverso da verdade quando ofende, intensamente. Porque a verdade é algo muito, muito fugaz. A verdade é o verdadeiro mistério da vida. "Ai de mim senhora natureza humana". "Olhar as coisas como são, quem dera..."



Loki, Deus nórdico dos truques e brincadeiras.


"Mentira lo que dice
Mentira lo que da
Mentira lo que hace
Mentira lo que va

La Mentira..

Mentira la mentira
Mentira la verdad
Mentira lo que cuece
Bajo la oscuridad

Mentira, Mentira, la Mentira

Mentira el amor
Mentira el sabor
Mentira la que manda
Mentira comanda

Mentira, Mentira, la Mentira

Mentira la tristeza
Cuando empieza
Mentira no se va
Mentira, Mentira

La Mentira...

Mentira no se borra
Mentira no se olvida
Mentira, la mentira

Mentira cuando llega
Mentira nunca se va

Mentira

Mentira la mentira
Mentira la verdad

Todo es mentira en este mundo
Todo es mentira la verdad
Todo es mentira yo me digo
Todo es mentira ¿Por qué será?
"
(Mentira - Manu Chao)

27 de mar. de 2008

Mistérios, again

Me lançaram um desafio.

Cumprido (Salve, salve, Santa Mula). De quebra ainda aprendi a usar o Goear.

Escutem, tá?

Agora esse mistério pelo menos acabou.


Tristeza

Nunca sei realmente se a música me salva ou me mata.

Se é boa ou má companhia. Porque alivia mas também magoa. Por que a beleza tem que ser sempre assim? Ou é apenas um reflexo do repositório dela que sou?

25 de mar. de 2008

Joyce canta...

... saudades de fim de tarde!

Ê manteiga derretida véia!


"De quem falo me acha direita
Se casa comigo, se rola e se deita
Me namora quando não devia
E quando eu queria me deixa na mesa
De quem falo me fala macio
E finge que entende o que nem escutou
Me adora e me quer tão somente
Enquanto que mente é o que acreditou
Esse homem que passa na rua
Que encontro na festa e me vira a cabeça
É aquele que me quer só sua
E ao mesmo tempo que eu seja mais uma
De quem falo ele é feio e bonito
Mais velho e menino, meu melhor amigo
É o homem da cor brasileira
a loucura e a besteira que dorme comigo.
"
(Da Cor Brasileira - Joyce)




Captado aqui.


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Essa conversa de manteiga derretida me lembrou a cena que vi naquele programa de pegadinhas da noitinha ("Sorria, você está na Record!"). Um casal de velhinhos se beija apaixonadamente num shopping e todos ficavam olhando, espantados.

Tenho pensado na velhice, ultimamente. É fatal que um dia se pense nela, na verdade é necessário. Já não tenho mais vinte anos (apesar da carinha de 22, kkkk), tô chegando aos quarenta, e não serei a primeira a ficar para semente. Não sinto isso, mas é fato. Não sentindo, pois, que eu pense ao menos um pouco na velhice. Na velhice não. No passar do tempo. Assim é um bom começo.

Olho minha pele firme e penso: vai enrugar. Olhe sua mãe, criatura. Muito estranho tudo isso será, melhor então preparar o terreno. Será que não mais quererei beijar na boca um dia, de tão velha que estarei? Só porque minha boca vai estar murcha? Acho difícil, espero que não. Hoje escutei uma frase de alguém que não aprecio que talvez expresse o paradoxo de ser velho: "ter uma mente de vinte num corpo de sessenta é um problema". Rapaz, deve ser mesmo. Já começo a perceber tal desavença. Talvez a Palpi tenha que me ensinar um bocado de seus OMMMMMMMSSSS para que eu consiga passar por mais essa. Afinal, a última metamorfose quase me quebra: sair da adolescência. É, saí outro dia. Quer dizer, creio que saí. Saí? Saí nada. Hoje de tarde 'tava mandando torpedo pelo celular... Aijisus, não acredito que contei isso....

23 de mar. de 2008

Sem palavras





Percebem? Só letrinhas soltas.


Ah, mas Feliz Páscoa prá todos. Aqui tudo na paz. Aliás, estive uns dias fora, lá em Pasárgada, o lugar para onde vou, Dona Kênia. "Lá sou amigo do rei", num sabe?


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Pergunta básica? Por que todos conseguem comprar passagens em promoção pela internet e eu não? Paciência pouca?


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Falar em interrogações, anturdia descobri que estou velha meeessssmoooo. Minha filha agora me ensina português. Errei uma questão de concurso sobre "por que", "por quê", "porque". Ela veio me tirar dúvidas. Fiquei muitíssimo indignada em não saber mais algo que um dia soube, confesso.

13 de mar. de 2008

Fito

Inocentemente, fui escutar uma das antigas e idolatradas do Fito Paez, a da Mariposa, ao lado.

Findei escutando outras, e vendo alguns vídeos que julgo serem de músicas mais recentes.

Estou aqui embasbacada de tão boas (as músicas) e bons (os vídeos).

Primeiro posto o vídeo de Si Es Amor. Além de lindíssima a canção (o piano de Fito cada vez melhor), o vídeo é excelente. Vale a pena ver.


"y si es amor, comeremos en la misma mesa
y si es amor, lo que nunca compartimos
las vidas que no vivimos juntos, las miradas que esquivamos
las mentiras que dañaron
nada nos importará si es amor…
"





Agora, El cuarto de al lado. Não preciso repetir as palavras.


"La vida es la reina madre de la inmensidad
La que agita las fieras, la que acerca los corazones
La música es la reina madre y no se hable más
Silencio que a llegado ella con sus alas y flores
"


12 de mar. de 2008

Chove chuva que vai pingando
Pingos de chuva que brilham no ar.





É na chuva que vai chegando
Toda a floresta começa a cantar.





Sua canção, sua canção
Pling, ploc, pling, ploc.






Homenagem ao Bambi. Quer dizer, na verdade à beleza e à canção.







Canção completa.

Fotos de Bonito-PE.


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A mente nos engana permanentemente. Sou a testemunha viva disto, em todo tipo de questão, das básicas enganações musicais a outras enganações mais sérias. Olha como essa música estava guardada na cachola.


Pinga pinga chuvinha
pinga pinga chuvinha no céu a bailar
Pingos pingos de prata
Pinga pinga cantando a canção do amor
Pinga chuvinha pinga
Pinga chuvinha pinga
dindon dindon



Fala sério... Felizmente a internet existe, este momumento à memória humana. Ou anti-monumento? Prova da nossa incompetência em se tratando de ter memória?

11 de mar. de 2008

Birthdays

Apesar de todo inferno.
Todo calor.
Meninos de rua jogando malabares nos sinais. Sorrindo ou não de rostos grudados nos vidros do carros.
Trânsito caótico.
Violência.
Crescimento desordenado, com tudo que pode surgir de bom e mau em uma cidade que literalmente explode.

Apesar de tudo, Recife é linda e inesquecível. Entra no sangue da gente de um jeito que fica muito difícil de sair.

Vou sentir saudades quando daqui me for. Principalmente destas ruas que foram um dia amenas, da região em que vivo: Aflitos, Rosarinho, Espinheiro. Parque da Jaqueira. O rio. Tá bom, vou me lascar de saudades. Mas ainda falta um pouco, infelizmente, contudo (é um sentimento dúbio). De qualquer maneira, eu sempre soube mesmo que não ia ficar para sempre.




Parque da Jaqueira - captada aqui.


Ai, eu ia esquecendo a razão de tudo isso.

FELIZ ANIVERSÁRIO, cidade linda!

Presentinho:



Como certos bichos,
necessito caminhar estas ruas,
espalhar meu odor e reconhecê-lo entre seus quintais.
As pedras percebem meus passos,
amoldam-se ao peso do corpo.
Os muros são livres
e vagam comigo ao que percorrem meu sussurro.
É leve o sol,a brisa, as faces
que tocam minha pele com olhos serenos
por estes caminhos perpetuamente cravados na memória. .
Reflito-os e transcendo-os.
São seus jardim meus corredores,
minha cama suas esquinas,
sua praça minha mesa farta.
Jamais estarei distante deste lugar.




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O outro aniversariante do período é Meu Filho. Completou um ano de casa hoje (Recife completará 471 amanhã, 12 de março). Quem diria... Só não cresceu muito, coitado, embora aparente boa saúde.

7 de mar. de 2008

Não precisava, mas...

Aquele último post, veio-me a posteriori a idéia, já estava perfeito para o Dia da Mulé. Afinal, que mulher não se encantaria ouvindo o Matt Damon chamando-a "doce namorada"? Nenhuma, né?

Por quê?

Porque, em linhas básicas toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz. Verdade. A pura verdade, Dona Rita... Mulheres não querem poder. Não querem dinheiro. Sexo. Fama. Querem não. Mesmo aquelas que tem, e parecem que fizeram tudo para conseguir. São as "Britney Spears" da vida. "Mães assassinas, filhas de Maria, Polícias femininas, nazijudias, gatas gatunas, queengas no cio, esposas drogadas". Mulheres só querem ser amadas. Vejam só que criaturas tolas. O pior é que nos achamos o máximo por sermos assim, e me incluo no rol. "Margareth Thatchers" são exceções que só confirmam a regra.

Quando estava na primeira facul, anos atrás, alguém me mandou ler Educar para a submissão. Ali estava tudo dito. Fomos criadas para isso. Séculos e séculos de opressão. Foi? Será? Eu tenho algumas dúvidas, porque sou (ou fui) suficientemente aguerrida para duvidar. Ando meio vaca, mas não esqueci algumas coisitas. E, sinceramente, meu sexto sentido me diz que isto não é apenas fruto de condicionamento. Somos vacas porque nascemos para ser. Sabe aquela mensagem que rola direto via email sobre o anjo, a mulher ? Pois é.

E para completar, somos lindas. Não somos? Uma amostra, com a Britney.





E com esta que para mim é a mais bela. Sinceramente, não são apenas os homens que adoram a mulher, Deus também nos ama.



Letícia Sabatella


Uma última verdade, contudo, é esta: embora sejamos amadas pelos homens e por Deus, não nos compreendem ("Toda mulher se faz de coitada", kkkk). Estou muito certa disso. Quem nos entende? Só mesmo os compositores. Ah, os compositores. O Guilherme Arantes, por exemplo. É.


"Que mistério pode haver, na lágrima de uma mulher
Quando abre os seus segredos
Que momentos de aflição há no tremor da sua mão
Onde esconde os seus medos
"


Então, amigas, neste 08 de março, de novo, e pelos dias que se seguem, desejo apenas que vocês sejam muito amadas. Muito, muito, mesmo. Beijos.

5 de mar. de 2008





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O Jôka chamando-me Sweet Valentine lembrou-me a razão deste apelido (Sweet) com que assino o blog. Na verdade foi justamente da música My Funny Valentine que ele veio, e a razão foi tão somente por ser meu nome Valentina. Presente do caro amigo Nuno (como vai a Su e a prole?), da quase inativa (pena...) lista enanenes. Daí a apaixonar-me pela canção foi fácil, encantadora como ela é. Ainda mais na voz suave e insegura do Matt Damon. Do filme The Talented Mr. Ripley, mas não preciso colar link, decerto vocês já assistiram. Aproveitem a canção para sonhar. Porque "sonhar é simples", afinal. E porque tem de haver algo bom e belo nesta vida, ah, se tem.

4 de mar. de 2008

O Saco

Tem problemas na vida com os quais você precisa lidar como se esvaziasse um saco.



Um saco enorme cheio de tranqueira. Quem o encheu, em geral, foi você mesmo.

Você precisa esvaziar aos poucos, não é uma boa virar de uma vez e secá-lo, pois sua casa pode ficar um lixo. Bom, esta na verdade é apenas uma estratégia, outros preferirão mesmo o barraco e seja o que Deus quiser. A escolha é do freguês.

Ai ai ai, eu gostaria demais de ser menos metafísica, mas isto não é comigo. Sou estranha mesmo. Pior que tenho plena consciência de que isto é coisa de quem não tem o que fazer. O fato contudo é que tenho. Logo, resta-me tão somente a via da justificativa "isto é coisa de quem não tem problema". Problemas sérios, como falta de dinheiro, falta de saúde. Problema, não há quem não os tenha. Mas só valem mesmo a pena estes aí. Os demais são mero lixo, infelizmente algumas vezes não deteriorável.

27 de fev. de 2008

Meus queridos leitores...

... que levantaram o dedo e aos que não...

Amo-os todos vocês, do infinito fundo (e é fundo, acreditem, até tanto que muitas vezes nele me perco) do meu coração.


24 de fev. de 2008

Fotos do fim-de-semana

Tive uma excelente idéia para um post neste fim-de-semana, contudo a esqueci completamente. Uma pena, pois era realmente boa. Assim sendo, seguem fotos que tirei, fingindo que sei tirá-las.



Flores de plástico não morrem.



Que fruta é essa? É um mistério antigo, como os muitos que me habitam.



Olha ela aí de novo.




Uma pausa na vida de fotógrafa para leitura. Uma foto a "la orkut", kkk.



Não sei sinceramente porque continuo escrevendo aqui. Deve ser tão somente para não decepcionar minhas duas últimas leitoras. Obrigada, queridas.

22 de fev. de 2008

Fazenda Felisberto

Sabem aquele lugar que eu sempre visito no sertão?

Tem uma página agora na internet sobre ele, feita por meu afilhado (Que orgulho). Um lindo garoto, aliás, de cabelos louros cacheados, desses que vieram ao mundo para atrapalhar a vidas fêmeas. Mas enfim... visitem São João do Tigre clicando na foto!


21 de fev. de 2008

Poeminha

Meu amigo "Dan Stulbach" mandou-me, olha que belo. Flor Bela Espanca. Que seria de nós sem os amigos verdadeiros?


"Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!

Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quirneras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...

Não 'stendas tuas asas para o longe..
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela,a soluçar..."

19 de fev. de 2008

"Alertem todos os alarmas que o homem que eu era voltou"

"Queridos Amigos", nova mini-série da Globo.



Gostou?

Eu, sim.

Era já esperado. Gostar desta temática é mesmo a minha cara. Para completar, o personagem principal (Dan Stulbach, na foto) lembra-me muitíssimo um queridíssimo amigo. Contudo, duvidei de que realmente me agradaria, considerando meus pensamentos mais recentes sobre ser a mídia televisão um desperdício de criatividade. A cena inicial porém já me prendeu completamente. E tem ainda a força do texto da Maria Adelaide Amaral. Vamos apenas ver se aguento acompanhar até o final, por conta do horário, e se a qualidade se manterá pelos 24 capítulos que faltam, ou se será como novela, que muitas vezes (em outros tempos eu diria sempre) tem um primeiro bom capítulo e péssimos seguintes. Recomendo, por enquanto.

14 de fev. de 2008

Diga

Onde eu seco esse oceano?
Onde espremo esse limão?
Onde abrigo esta louca?
Esta noite, quando acaba?
Este frio, um dia passa?
Ou vira tudo
palavra,
insônia,
desproteção?

13 de fev. de 2008

Do sertão e otros







Ok, ok. Confesso. Pouca coisa me move, mas este bichinho aí me surpreendeu e, sim, forneceu uma alegria imediata. Ainda que seja triste vê-lo aprisionado. Mas, enfim, se o soltam, agora, ele não dura muito...


Falar de bichinho, estou com saudades de Meu Filho, que está em férias conjugais de sua dona. Deve ser isto este vazio, :-).
Ó, céus, trazei Meu Filho nesta sexta-feira ao lar... Eis sua fotos mais recentes, em uma atividade intelectual e, na sequência, subindo pelas paredes (ou melhor, descendo), não de saudades maternas, ainda.








Outra alegria imediata do dia: a notícia da gravidez de uma amiga que vinha tentando a tempos, tempos. Deu um pipoco no meu coração, e uma brisa macia invadiu-me completamente, por alguns minutos...


Sobre o assunto, olha o bebê... Bebê, bebê, bebê... Não, eu não sucumbirei novamente, eu adoro ser titia...





ps.: O tamanduazinho também é bebê...

O Orkut é uma bomba

Não tentem usar o programa para upload de múltiplas fotos do Orkut. Tentei usar, o que aconteceu? Deu erro algumas vezes, mas não percebi que as fotos tinham sido carregadas. Resumindo: tive que apagar pelo menos umas vinte fotos duplicadas do álbum. Sem direito a delete múltiplo... Eu não tenho mais idade para isto, entre outras coisas...

11 de fev. de 2008

Declaração

Algumas coisas mudaram em mim nos últimos tempos. É público, notório e imutável em meu ser, ainda que meu sorriso permaneça o mesmo, o risonho tom de voz inalterável, e todos estejam absolutamente certos de que sou exatamente a mesmíssima criatura com quem cruzavam a poucos anos passados (como fosse isto possível, tola...)

Hoje creio menos,
vibro menos,
durmo mais,
deixo-estar mais ("Let it be"),
aceito mais...

... por exemplo o tédio, a angústia, dor, solidão, todos estas quinquilharias. Espero que esvazie, não me debato mais, choro como sempre fiz, até que passe, mas agora não resisto, não pretendo resistir. Deixo que doa.

Não me recordo de ter sido em tempo algum tão permissiva assim com o que não deveria suportar. Mas é uma forma de sobrevivência, de fato. A gente acaba descobrindo, um dia, que não é uma "superstar". Aprende a suportar como maneira de preservar a própria sanidade. Aprende que é apenas um ser humano comum não agraciado pelo toque de um anjo concededor de proteção especial, intocável. Sou atingível. Vulnerável. O que menos imaginaria pode me consumir.

Às vezes, tenho minhas dúvidas sobre se passará e se voltarei a sonhar, vibrar, enriquecer-me, acreditar, como antes. Como se fosse má a mudança que se deu. Talvez não, porém. Talvez amadurecer seja isso. Ou talvez esta idéia seja tão somente meu antigo instinto de boba alegre desejando um retorno tímido... improvável, contudo. Melhor assim.

Tudo está tão bem sedimentado em mim que mesmo escrever sobre isto não me afeta, como faria, tempos atrás.

"Let it be..."

8 de fev. de 2008

Ó, eu não acredito

Vejam o clássico do cinema que eu sou, no teste pego lá na Batata.



Vocês acreditam?


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Falar em cinema, hoje fui assistir Meu Nome não é Johnny. Ando muitíssimo abusada com muitas coisas ultimamente, entre elas cinema, ando sem paciência e sem encontrar filmes que me agradem. Velhice. Mas realmente Meu Nome não é Johnny é completamente recomendável. Sem encanto, mas tecnicamente excelente. E didático, além de tudo. Além do que, assistir Selton Mello atuando é sempre um prazer. Plac-plac-plac.