4 de mar. de 2005

A festa sobre a festa

Noblat está fazendo a festa com a festa do Severino Cavalcanti, em sua primeira vinda a Pernambuco após a eleição para presidente da Câmara. Podia estar sendo muito boa a cobertura - esperei que assim fosse quando li sobre o blog coisas como tratar-se de "um blog sobre política de excelente qualidade editorial"(1 ). Aliás, a princípio eu até achei graça, confesso. Muito menos estou discordando de que é um "blog sobre política de excelente qualidade editorial". Pode até ser que seja: ainda não li o suficiente e não quero ser precipitada. Mas me parece que o Noblat não está conseguindo perceber o tipo de preconceito que insufla quando faz comentários como "Entre uma sala e outra, há um móvel com o que existe de melhor na casa: um potente equipamento de som Aiwa, um aparelho de tv a cores de 20 polegadas, um litro de Old Eight e uma garrafa de cinco litros de um espumante chamado Piagentini". Referindo-se a um cabo eleitoral do Severino. Leiam os comentários, por favor. Até aí tudo mais ou menos bem, afinal, já diz o povo, quem aos porcos se junta, farelo come. Outra: "A oficina fechou porque Nego Di foi almoçar em casa e descansar um pouco. E o quico? A única explicação plausível para mim é que Noblat quer fazer graça com o nome do tal fabricante de portões. Além do mais, prá que, senhor, estará ele a citar o nome das bandas que vão tocar na festa? Aiaiaiai, tenha santa paciência - e olhe que detesto brega ... Deselegante, Noblat, deselegante... Em minha leiga e humilde opinião, o povo de João Alfredo, pobre e inculto, é só uma vítima dos poderosos super-heróis que você batizou...

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Update: Prá não dizer que não sei elogiar, reproduzo essa que, sim, desfez até a má impressão:

Arraial do Severino: voadores (15)

Não convidem para a mesma mesa o deputado Severino Cavalcanti e os comerciantes Manoel Veloso, vendedor de carro, e Manoel Moura, dono de um armazém.
Veloso guarda dois cheques sem fundo, no valor de R$ 12 mil cada um, emitidos por Severino, em 1996. Moura guarda um de R$ 17 mil, datado de 2002.
Os dois comerciantes moram em João Alfredo e pretendem manter distância da recepção que a cidade oferecerá, amanhã, ao seu filho mais notável.

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