30 de mar. de 2005

Agora sim, BBB

Causas Nobres - Na página do BBB, consta uma mini-entrevista com os participantes. Disse o vencedor (em resposta a pergunta O que você vai fazer com o prêmio de R$ 1 milhão, caso vença o programa?):

A primeira coisa que vou fazer é produzir uma peça de teatro, coisa que prometi para uma amiga minha, que é atriz. Pretendo comprar meu próprio apartamento, uma casa para minha mãe e também investir na área de cultura, em projetos que possam gerar muitos empregos. Mas o mais importante é aproveitar esta exposição para promover minha carreira como escritor. Estou com dificuldade para reeditar meu primeiro livro e queria muito lançar um segundo.

O Jean é escritor, tá explicado. Será que presta? O tempo dirá.

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"Os Inacreditáveis surgiu porque eu os observava e pensava que era inacreditável eles estarem tramando aquilo tudo. Qualquer pessoa sabia que não ia dar certo." Da editora-chefe do BBB5, Fernanda Scalzo. Aqui.

Uma das coisas mais legais para mim no programa deste ano foi a série animada criada pela produção, Os Inacreditáveis. Boa sacada, além do mais crianças e adultos gostavam (sim, sou uma mãe relapsa, Clara via BBB, mea culpa, mea maxima culpa...). Não consegui imagens dela na rede, queria colar aqui. Em minha opinião, a brincadeira foi um dos principais fatores para o sucesso de audiência do programa, um dos melhores dentre os cinco já produzidos.

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Outra fala interessante da moça: "Nós combinamos as pessoas, mas não sabemos o bicho que vai dar entre eles.". Ou seja, embora seja mera probabilidade, sou levada a crer que é considerada uma certa previsão dos resultados da interação entre as pessoas na processo de escolha dos participantes. Coisas como, juntar gente com valores possivelmente opostos, com possibilidades de confrontação (rapazes fortinhos ligados a malhação, moças classe-média preocupadas em ser 'miss', homossexuais intelectualizados, moças de periferias pobres, etcs...), para ver no que dá. Não deixa de lembrar um laboratório comportamental...

Sobre o assunto, ainda, leiam o Bial, em sua avaliação da quinta edição: "o que ocorreu nesta última edição foi a formação logo de cara de uma dupla – Rogério e PA – que provocou uma explosão dentro da casa. A eles se juntaram Giulliano e Alan e a partir de então a maioria se uniu em torno de um líder carismático, que era o Doutor Gê, contra um só inimigo, o Jean. Mais do que preconceito, foi uma clara demonstração de homofobia.".

Muitas dúvidas surgem diante desta colocação. A primeira, preconceituosa, mas que não posso negar: será que o Bial é gay? Péssima, eu sei. Ademais, cosnta que ocorre o contrário quanto a ele, seria até mulherengo. A segunda: fica clara a simpatia do Bial pelo Jean. As matérias todas do site falam em "vitória da ética" ao se referirem ao Jean. Todos sabemos que o Bial não é apenas um apresentador de programa, é um artista/intelectual relativamente completo, é jornalista, poeta, escritor, cineasta. Fico a me perguntar até que ponto ele influencia nos destinos do programa. É fato que muitíssimas vezes houve a aparência de facilitação para a trajetória do Jean no jogo, como na prova que exigia conhecimentos de cultura geral, em que foi líder em momento decisivo. Pergunto-me se não houve a intenção da Globo em fazer vencer um participante que pregasse princípios de boa conduta, éticos. Estou especulando, meramente. De toda maneira, se for assim, melhor que seja desta forma. Se for para manipular, que seja para uma finalidade nobre. Mas como meu cérebro nunca pára, vem a dúvida suscitada pela máxima: os fins justificam os meios?

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