Ando tão sem palavras. Que me sirvam as alheias. Pois que nada sou sem elas.
Algumas antigas e nunca ausentes.
"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias - no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:— mais nada."
(Motivo - Cecília Meireles)
Um comentário:
É como você acordar pela manhã,entrar no carro, levar os filhos do mehlor amigo para escola, andar mais ,14 km e sem nuhuma esplicação, você adormece,bate em um poste de alta tensão e atravessa o muro do aeroporto.
E no seu leito de inconciência você ouve uma frase no meio do nada: "Eu acho que ele seta demasiando".
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