13 de ago. de 2005

Ê diazinha pop. Canseira tá me dando dele e não acaba (quando findar este post terá acabado, mas só de ofício). Me incomodou tanto rock´n roll; e o incômodo me fez sentir velha. Que coisa estranha. A despeito deste mal-estar, o cover do Cazuza no bar da frente insiste: "por que é que a gente é assim?". "Benzinho, eu ando pirado", respondo. Tô mais para o silêncio das estrelas de sertão. Será um certo respeito inconsciente pela morte do véio? E que ele se vá na véspera do dia dos pais é significativo. Porém os 70´s estão a repetir-se loucamente na outra festa. O cover ataca agora de Lula Queiroga, Desengano, o que considero um golpe baixo com a minha pessoa. E na TV só o que me interessou foi "A História do Rock Brasileiro", que porra é isso? Dia do rock e eu não sei? Perseguição? Agosto, agosto... Os exus dançam.

Não sei porque essa música me lembra o véio. Eu até iria ao velório amanhã, sério.

Ok, ok, não dá para negar a raiz. Tá tocando na cachola afinal:

Blues da Piedade
(Cazuza e Frejat)

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já crescem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz, mas não ilumina suas minicertezas *amo essa frase*
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que estão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade...



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