Como unicamente paciente que sou da classe médica, igual-a-todos-os-outros, tenho um abuso com representante de medicamento. É. Aquela turma que, além de fazer a gente esperar mais pela consulta, de quebra ainda esvazia mais nosso bolso inflacionando as receitas. Estou generalizando mesmo, não vem nenhum representante reclamar que não enfiei o dedo na cara de ninguém.
Aí hoje de manhã o cara da maleta falava:
-Éééééééééé... Tem que acabar com essa de bronze! Só bronze, só bronze! E fica todo mundo feliz, fazendo festa! É muito conformismo! Tem que mudar as metas! Tem que ter incentivo! Tem que o governo botar os meninos para fazer esporte na escola!
Aijisus.
Definitivamente deve ser minha ojeriza com a tal classe dos revendedores farmacêuticos (porque afora a coisa das medalhas e das metas, não disse maiores besteiras o tal da maleta), mas a história primeiro me deixou fula, depois me deixou pensando na coluna do Xexéo que li essa semana por indicação do Marcelo: "Na semana que vem, nossos atletas estarão de volta e vão dar aquela passadinha tradicional em Brasília. O presidente Lula vai recebê-los, vai botar um boné do Comitê Olímpico Brasileiro, vai vestir o uniforme oficial da delegação, vai se orgulhar do nosso desempenho em Atenas e não vai falar mais nisso até o fim do governo."
É como se costuma dizer de fato: eles fazem de conta que conseguem algo verdadeiramente bom. Nós fazemos de conta que estamos maravilhados. Eita. É o país das maravilhas mesmo. E a gente tudo vestido de Alice correndo atrás do coelho branco...
Nenhum comentário:
Postar um comentário