... sempre cai com a manteiga para baixo, não é mesmo?
Mal dava para acreditar que o Vanderlei Cordeiro estava liderando a prova que encerra as Olimpíadas de Atenas, a maratona masculina, desde antes do 25 Km (a maratona é de 42Km). Para mim, e, estou certa, para a imensa parte dos brasileiros, tinham findado os Jogos de 2004. Entretanto, o Vanderlei chegou a colocar 42s de diferença para o 2º bloco de competidores. Isso já me tirara o sono da tarde, do qual raramente consigo desfrutar. O sono foi embora de uma vez, entretanto, com a cena inimaginável que surgiu: um sujeito fantasiado de alemão invadiu a pista, carregando o Vanderlei para a multidão, que, embora o tenha defendido, foi insuficiente e desastroso, pois o incidente fez com que mais de 10s fossem perdidos e acabamos em 3º lugar na prova. O bronze já foi uma grande vitória, mas não teria sido apenas uma terceira colocação que nosso atleta ganharia se não tivesse acontecido o que aconteceu. Terrível. Tenho certeza de que o ouro viria não tivesse acontecido o absurdo que assistimos. Duvido que, fosse o Vanderlei um dos preferidos (o que não era, daí o mais surpreendente de tudo), ou fosse um americano, grego ou, se fosse o Paul Tergat, se não haveria um policial motorizado ao seu lado o tempo inteiro. O que vimos, porém, foi Vanderlei Cordeiro entrando triunfante em terceiro lugar no estádio olímpico. Glorioso. Porque esporte é antes de mais nada felicidade. Parabéns, Herói do Brasil. Que a justiça se faça.
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