Pernas: varizes. Sou a agraciada da família, posto que nunca operei. A mãe, o pai e a irmã, já, nesta ordem. A genética é implacável. São doze aplicações (sabe aquelas agulhinhas finamente enfiadas nas veias?) anuais, o limite-dos-deuses-do-meu-plano-de-saúde.
Coluna: um cóccix deslocado. Provável fruto de uma queda de rede a anos atrás, pelos meus cálculos. No mais, estou ficando corcunda, é público, notório e herdado. A vovó e a mamãe também são. Dores matinais. A alguns anos, uma professora de hidroginástica me encostou na parede (literalmente) e disse o nome do desvio (de coluna, fique peixe*!) que tenho, mas esqueci o dito cujo. Ensinou exercícios na cama ao acordar, alongamentos. Nunca fiz, confesso. Cansei de ir a ortopedista que só me diz que preciso perder peso e nunca pronunciou a letras R-P-G. Deve ser por pena de mim, já que (acho) meu plano não cobre. Ou não cobria... Lembrei agora: outro dia me disseram que os planos agora cobrem. Sei lá se o meu!
Sobre perder peso, sei que pode ajudar, mas resolver, que é bom, acho que não resolve mais... De todo jeito, estou de rocha** pensando em fazer Vigilantes do Peso de novo (a seis anos perdi 10 quilos na única e última vez que fiz, o problema é que pulei a parte da manutenção, tsctsc...). Adianto : quem nunca me viu não pense que preciso perder mais de 7 quilos, pode parar de imaginar uma baleia ... Um filhote, digamos, pode ser... Também juro que vou trabalhar menos para poder voltar a caminhar, depois de três semanas sem, bah...
Braços: o óbvio ululante. Dores nos punhos e mãos. Muitas tendinites prá contar.
Audição: sem comentários. Péssima. Só as duas fonoaudiólogas que fizeram minhas audiometrias é que não enxergam, sem hipocondria. Isto porque eu só as vi até hoje dois dias da minha vida. Vão morar lá em casa ou trabalhar comigo! Quem falar a palavra "distração" apanha!
Garganta: ficando rouca, diiiiiiirrrrrrreeeeeeeeetttttttttooooooooo! A médica anteontem me lembrou que fiz uma videolaringoscopia a três anos, tinha um princípio-de-nadica-de-sei-lá-o-quê (fenda? calo?). "Deve ter virado 'sei-lá-o-quê' mesmo", ela disse. Vamos a vídeo terça-feira. Se for, vai ter sessões de fono? O plano não cobre. Sei lá então!
Vou pular a parte das minhas alergias, porque aí dá mesmo um livro. Ademais, aprendi a conviver com elas, e elas comigo. Penso às vezes até que venci pelo cansaço, ando bem melhor nos últimos anos. No fundo sei, porém, que é só ilusão. Inda vai ter muita guerra.
Cabeça: minha memória só faz piorar dia a dia. Sério. Ontem ia deixar o carro em uma vaga no piso-térreo do estacionamento do supermercado, mas ela, a vaga, era muito ruim. Desisti e fui para o subsolo. Três horas depois, lá fui eu arrastando filha e carrinho para o térreo...
Nunca tive nenhuma "ausência". Sacumé "ausência"? O tal "branco" na mente. Mas nesta mesma semana ainda tive um susto. Precisava ir a um lugar, mas não consegui chegar lá. Não consegui, simplesmente. "Não vi a entrada, não vi a entrada, não vi a entrada", fiquei repetindo, para mim, para os outros, ao celular. Fiz o retorno três vezes na estrada, uma hora quase rodando e não consegui chegar lá. Fiquei assustada, irritada, magoada, chorei. Mandei pegarem um táxi.
E então doutores, qual o diagnóstico? Stress? Sou uma vítima da modernidade? Procuro um homepata? Definitivamente hipocondríaca? Largo o blog que eu melhoro? Anybody home?
*fique calmo!
**quero e vou
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