Crédito de carbono?
Foi minha amiga-engenheira-florestal (chiquérrima) quem primeiro me falou disto. Pude parcamente captar algo com minha obtusa mente pouco dada à lida dos temas em "economiquês" e em "ecologiquês", mas ainda não sei traduzir, então segue a melhor explicação que encontrei na rede "A grande inovação do protocolo (de Kyoto!) foi fixar limites legais e metas de emissões para os países signatários (que países? Lá embaixo) e criou dispositivos para que isso seja alcançado. Um dos principais e mais comentados é o sistema de crédito de carbono, pelo qual um país que não conseguir atingir suas metas poderá "comprar" cotas de outros que poluem menos. Espera-se, com isso, criar um fluxo financeiro dos países desenvolvidos para as nações mais pobres, tanto em termos de investimentos diretos em projetos de desenvolvimento sustentável quanto na compra dos créditos de carbono"
Porém, li no Consultor Jurídico que a política na verdade favorece mais ao mercado que ao meio ambiente em si. Segundo o diretor da Nuclen, Joaquim Francisco de Carvalho "Na verdade, os créditos de carbono são apenas papéis, transacionados de um lado para o outro, enquanto os grandes poluidores continuam a lançar na atmosfera, diariamente, milhões de toneladas de gás carbônico e outros gases de estufa. Por outras palavras, mediante o chamado ‘Mecanismo de Desenvolvimento Limpo’, a compra de créditos de carbono confere aos países desenvolvidos e densamente industrializados o direito de poluir e continuar poluindo, mas o que é urgente é que a poluição seja drasticamente reduzida". Hummm...
Para completar, o texto que a Brígida me enviou neste fim-de-semana e que deu o pontapé inicial para este post:
"BOLSA DO RIO DE JANEIRO COMEÇA A OPERAR COM CRÉDITOS DE CARBONO NO PAÍS - Aos poucos o Rio de Janeiro vai retomando a sua condição de importante mercado financeiro do país, devido ao adiantado processo de revitalização da Bolsa de Valores (BVRJ) que vem contando com o apoio do Governo do Estado. Depois de ter tido suas ações reiniciadas em 2004 pela governadora Rosinha Garotinho, com os "pregões" da Cultura, e de ter ativado recentemente os leilões de energia elétrica de curto prazo, a instituição prepara para o próximo dia 15 o seu ingresso no mercado de "créditos de carbono". O pregão será o primeiro do gênero entre os chamados "países emergentes", transformando projetos de redução de gases que causam o aumento da temperatura média do planeta em ativos financeiros.
(...)
Os pregões a serem realizados na BVRJ permitirão a entrada em vigor do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, levando o Rio de Janeiro a transformar-se num pólo gerador desse tipo de negócio. "O intuito é oferecer, numa primeira etapa, um banco de dados de projetos, já validados ou em fase final de execução, e organizar a negociação dos créditos de carbono, procurando dar maior visibilidade para os investidores e possíveis compradores de RCEs (Reduções Certificadas de Emissões)", diz o secretário Wagner Victer. - Texto completo aqui.
Pois é, depois de ler uma notícia dessas eu tinha que falar sobre os créditos de carbono da Brígida...
As metas para os principais poluidores:
União Européia -8%
Estados Unidos -7% (que piada...)
Canadá, Hungria, Japão e Polônia -6%
Croácia -5%
Nova Zelândia, Rússia e Ucrânia - 0
Noruega - 1%
Austrália - 8%
Islândia - 10% (putz, a Islândia, hein?)
Nenhum comentário:
Postar um comentário