... fiquei triste... Dela, só tenho um cd (o primeiro), mas quando escutava dava viajar para muito longe... Foi tocar para São Pedro e os anjinhos...
Olha ela aqui. Que bom que tem no Uol...
Último Segundo - Morreu hoje em Campo Grande (MS) uma das maiores instrumentistas brasileiras, a violeira Helena Meirelles. Aos 81 anos, a compositora foi vítima de pneumonia crônica aguda. Helena Meirelles só foi descoberta pelo grande público aos 70 anos. Gravou o primeiro disco em 1994, pela gravadora Eldorado. A violista ainda lançou mais dois álbuns pelo mesmo selo, em 1996 e 1997.
Conhecida como a Dama da Viola, Helena Meirelles nasceu numa sexta-feira 13 de agosto de 1924, em uma fazenda no pantanal do Mato Grosso do Sul. Analfabeta e autodidata, aprendeu a tocar aos nove anos, fascinada pelas violas caipiras. Como era proibida de tocar pelos pais, que não admitiam mulher artista na família, escondia-se para ouvir as reuniões musicais organizadas pelo avô. Tempos depois, já animava bailes, festas juninas e noitadas em bordéis freqüentados por boiadeiros como a primeira violeira da região. Desde então, iniciou uma trajetória fascinante, tanto na música quanto na vida pessoal.
Compositora, cantora, violeira, empregada doméstica, passou boa parte da vida tocando em bordéis. Foi casada três vezes e teve 11 filhos, os quais deu à luz sozinha. A união com seu último marido, Constantino Machado, durou 42 anos, até o fim de sua vida.
A família ficou sem notícias suas até o início da década de 1990, quando sua irmã a encontrou bastante doente e a levou para São Paulo. Três anos depois, seu sobrinho enviou uma fita demo para a revista norte-americana Guitar Player. Isto lhe rendeu o prêmio Spot Light Artist.
Primeiro CD em 1994 - Helena é a única brasileira que está na lista das "100 mais palhetas do século" da publicação, por tocar violas de 6, 8, 10 e 12 cordas, ao lado de artistas como Eric Clapton e George Benson. Só então gravou seu primeiro CD Helena Meirelles (1994) pela gravadora Eldorado. A partir daí, com quase 70 anos, começou a lucrar com seu trabalho, até então feito por diversão. Gravou mais dois CDs, Flor de Guavira (1996) e Raiz Pantaneira (1997), também com o selo Eldorado. O último, De Volta ao Pantanal (2002), foi uma gravação pirata feita sem autorização da instrumentista.
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