26 de jan. de 2005

O Ray e o Rei



Eu sei que você sabe da importância do Luiz Gonzaga para a música brasileira, e que ele tinha um filho chamado Gonzaguinha, hoje reconhecidamente um dos maiores artistas que nossa música produziu, e que no início eles não se davam muito bem, e que ele fez uma das mais famosas obras do cancioneiro nacional, Asa Branca, mas... você sabia que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira compuseram as linhas gerais do xote No Meu Pé de Serra nos primeiros dez minutos em que se conheceram, em 1945, no escritório de Humberto, que era advogado? E que o Véio Lua gravou em 1971 a belíssima No dia em que eu vim-me embora ("No dia em que eu vim-me embora/minha mãe chorava em ai/minha irmã chorava em ui/e eu nem olhava pra trás"), de Caetano Veloso e Gilberto Gil?

Daí você vai me perguntar: mas que diabo tem isso tem a ver com Ray Charles (o Ray aí do título)?

Tem que o filme Ray, de Taylor Hackford (também diretor de O Advogado do Diabo), indicado esta semana a 6 Oscars, conta a história de um grande artista americano, coisa normal na maior indústria cinematográfica do mundo. E eu estava justamente pensando no porquê de ainda não haverem os cineastas brasileiros atentado para realizar um filme sobre alguém com uma biografia dessas quando entrei no Imdb a cata de informações e havia uma imensa chamada pro filme do Taylor Hackford!

Bom dizer uma coisita mais apenas: tudo isso começou com o Yuga... Ah, também: clica no Ray aí em cima que tem mais sobre o filme. Fico devendo o link pro Lua, viu, povinho do cinema nacional?

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