19 de mai. de 2006
Sexta-feira
Um dia frio, destes intensamente raros nesta cidade caldeirão. Acordar cedo, estranhamente disposta. Recusar a água. Sorver a solidão de neblina da matina de poucos seres à rua, na saída para a vida quase sossego. Sentir-se bem.
Ter prazer em atividades corriqueiras. Rir dos patos que buscam se abrigar sob o teto para homens, alheios ao belo jardim que lhes serve. Ouvir jovens palavras de conhecimento. Ser vista. Ouvir semblantes maduros a disser seus dias. Calar-se, aprendiz.
Aborrecer-se por coisas pequenas, logo passam. Pés n’água.
Chegar. Aguardar. Rever. Deixar-se estar em paz, movimento que retorna sossego no olhar do outro. Chamar. Confraternizar, ver o riso, sorver sorrisos. Ser abraçada. Ouvir e falar e ouvir e falar.
Decidir sem ilusões. Reter a breve gota de caos que se agita. Sorvê-la. Seguir.
Retornar aos seus. Paredes que serenam, aquecem. Conceder-se prazeres. Um livro, uma rede. Algumas páginas, pensamentos mansos. Um sono, um sonho.
A noite chega, sem pressa. E nada espero.
Bom final de semana para todos vocês.
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