10 de mai. de 2006

"Era uma vez um lobo mau..."

Hoje me lembrei do Lobo Bobo. Que coisa estranha compreender por meio de uma ferramenta tão pouco humana, como esta máquina que está diante de meus olhos, que não é a vida esta mera realidade que estes mesmos olhos enxergam. Este entrecruzar de energias que se completa nesta rede é uma prova disto. E energia não se vai quando se vão as pessoas que a reteram enquanto neste solo. O Lobo Bobo é a prova disto. Ele se foi e a gente nunca o viu, mas ele esteve aqui e permaneceu um pedaço dele na gente. Olha que poder nisto que ele escreveu, antes de ir embora.



"Há vezes em que a dor de existir é tão intensa, que precisamos morrer um pouco. Matar o que há dentro de nós mesmos não é tarefa banal. Disse um velho sábio americano de pseudônimo Mark Twain: "Na dúvida, diga a verdade". Lidar com a realidade por vezes é tão duro, que precisamos nos esconder dela. Há aqueles que enchem a cara, outros que se enfiam nas drogas... outros, como eu, fantasiam vidas inexistentes e as vivem como se reais fossem. Por anos, assumi uma personalidade que realmente era minha, mas vivendo em corpo algum. Muitos dos amigos que fiz desde então, tem a certeza absoluta que eu sou mesmo aquele aventureiro impulsivo, inconsequente, apaixonado e incontrolável. Talvez o seja, mas somente em minha mente. Vivi dentro de sonhos por não suportar a medíocre vida que me foi dada. Pois bem... foi duro ter que matar o Lobo. Mas ele já estava dando sinais que destruiria algo mais que eu mesmo. Começara a ser não somente a figura mítica montada na sua Harley Davidson e por opção morando no campo, refúgio seguro para seu descanso, mas tomava forma... destruidora e tátil, inescrupulosa e vil, ao se apresentar real e não virtual. Podem alguns pensar que uma mentirinha virtual é bobagem, não faz mal à ninguém, mas à mim fez. E se não sou desperto por insight fulminante, arrastaria outros ao abismo comigo. Não mais... não mais... No more lies. Por mais tediosa e desinteressante que seja a minha vida, é a única que tenho."

É mórbido falar da morte e dos mortos? Não é. A vida é aprendizado e a morte e a vida se completam. Preocupa-me que, os que me lêem e, hoje sei, gostam de mim, imaginem tragicidade em meu instante. Não é. Estou num momento especial da minha vida. Estou desfazendo um duro nó. Está sendo bom. Eu queria que todos vocês também desfizessem os nós que desatam as suas vidas, junto comigo, porque nossa energia está no ar, e é ela que mantem este mundo vivo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Há muitos nós... Constantemente estamos desatando esses nós para obtermos evolução...
Que os nós da sua vida e de tantos outros sejam desfeitos.
E que a evolução lhe traga beneficios e felicidades.

Anônimo disse...

Achei interessante o assunto falado! A um lugar na mente de cada um onde alguns não chegaram, esse lugar é descoonhecido e pouco explorado! Desati os nós de sua mente evolui e sejam felizes.