20 de mai. de 2007

Sobre gordos : uma breve teoria

Jôka escreveu um comment sobre gordos ao qual respondi, e depois fiquei pensando: muita gente não se diz gorda porque não sente que é gorda. Sente que está gorda, mas não que é gorda. Eu pelo menos sou assim (isso porque não sou gorda, "estou gordinha", kkkkkk, ;-P).

Sério.

Mas obviamente há os que são e os que estão. Essa gordona aí que você falou é outra conversa. E realmente, parando para pensar, normalmente elas dissem que comem pouco. Porque será? Negação, né? E talvez tão arraigada que nem percebem, ou não lidam bem com o problema e preferem não acreditar em médico. E muitas tem mesmo problema endócrino, não sejamos também tão malvados assim.

Agora, não falando dos obesos, mas dos que estão com sobrepeso (linguajar de médico...), há a história do parâmetro.

A história do parâmetro é assim. Cada pessoa possui um parâmetro sobre o que significa ser gordo. Isto vem de muito tempo, e em geral cada geração tem seu parâmetro, ou seja, o parâmetro pessoal está associado ao parâmetro da geração. Na minha geração (dos que tem entre 30 e 40), o parâmetro não era tão restritivo quanto para as gerações mais jovens, ou seja, você não se sentia gordo se estava só um pouco acima daquilo que chama a medicina "estar com sobrepeso". E na da geração de meus pais e, na sequência, dos meus avós, menos restritivo ainda. Tanto é assim, que não se ouvia falar em doenças como bulimia e anorexia, salvo numa modelo ou outra. Aí entra o dedo da ciência e medicina, pois como a gente sabe muito mudou no que estas duas descobriram sobre o corpo humano e como mantê-lo jovem por mais tempo, o que passa indiscutivelmente na questão do peso. Todo mundo sabe que sobrepeso é fator de menor saúde.

Fora o parâmetro das gerações tem o parâmetro pessoal que, em minha opinião, é muito marcado pelo que a família trasmitiu. Numa família de gordinhos ninguém se sente muito gordo, salvo quando sai do "seio familiar" (kkkkkk). O que de fato não considero de todo mal, já que a pressão do mundo de hoje é muito excessiva nessa cobrança do ser magro. Este mecanismo protege um pouco as crianças contra essa ditadura (o que, notoriamente, nem sempre está associado à saúde, mas muito mais à estética). Por outro lado, tudo demais não presta, a gente sabe. E a família ensinar que ser gordo é bom só para proteger contra o mundo, tenha santa paciência, isso não serve...

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