8 de jun. de 2006

Porque buscar o mínimo, quando se tem o máximo?
De onde essa venda nos olhos que afasta da real verdade que há, positiva?
Porque desejar o que já se possui, de melhor quilate?
O desejo é uma mola irracional, potência infinita sem finalidade alguma...
Muitas vezes, é o próprio enxergar-se que está nublado, o que deriva em ingerência do querer, querer minguado, retraído, sem sincronia com o ser, que, embora não se amesquinhe, tem a visão de si próprio obscurecida... É o não amar-se que desagua em tal lodaçal. Então, deseja-se o pouco, o surdo e o mudo, o pequeno, o ensimesmado, o que tem o falso aspecto de amor. Não há concorrência entre sentimentos miúdos - como tal querer - e o amor de fato. Aos que não o conhecem, o amor de fato, não estou a altura de uma introdução. Nem sempre está aqui. Difícil defini-lo, difícil materializá-lo. Existe, porém, é fato. Não se indaga sobre as razões de tal certeza. Quem quiser conhece-lo, que o procure. Aviso que ninguém o encontra engrandecendo o próprio ego com sentimentos inúteis.

Detesto a experiência de fraqueza, porque não é de minha natureza este estar em mim. Ocorre de escorregar nela, mas não está em mim. Desejo o puro, o nobre, o franco, o forte, o vero. Sempre foi isso, de tal não me afasto. Abomino o descrente, o lasso, o que se desconhece e não se busca, o que se prende ao pobre e o que não se rende ao digno. Ao que se repete infindas vezes: "sou pequeno, sou pequeno, sou pequeno". Eu, não. Sou grande, forte e aço. Quem pretende-la, que se esforce e aprenda tal força. Não é da minha natureza também, mas se me faz bem ligar o "foda-se", eu ligo, e sigo na paz.

"A paz invadindo meu coração de repente me encheu de paz"


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