26 de out. de 2004

Virgulino Ferreira



"Neste momento chegou ao sótão uma "romeira" velha, conduzindo um presente para Lampião. Era um pequeno "registro" e um crucifixo de latão ordinário. "Velinha", apresentando as imagens: "Stá aqui, seu coroné Lampião, que eu truve para vomecê".

- Este santo livra a gente de balas? Só me serve si for santo milagroso.

Depois, respeitosamente, beijou o crucifixo e guardou-o no bolso. Em seguida tirou da carteira um nota de 10$000 e gorgetou a romeira."


Um tema recorrente na minha lista dos "interesses insatisfeitos" (aqueles que tenho e nunca satisfaço) é o da História e Vida de Lampião e sua parceira, Maria Bonita. Ainda no início do ano estive em Triunfo e, lépida, fui conhecer um museu em sua homenagem, que dizia possuir relíquias suas, do qual sai bem decepcionada. A única coisa realmente legal que lá vi foi uma carta escrita de seu próprio punho, que fotografei, a foto porém não foi revelada, estragou-se. Para quem gosta do assunto, este site me pareceu bem completo, embora não possa confirmar se todas as informações de lá procedam, entre elas esta entrevista com Virgulino de onde retirei o trecho acima. Com isto, aproveito para dar vazão a um dos objetivos que busco também com este blog, de inserir temas referentes a cultura popular nordestina, que muito me empolga e com a qual me sinto permanentemente em dívida...

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