27 de nov. de 2004

Relembrança



Toda vez que eu olho o desengano
Nas frases do canto fosco
Dessa juventude
Sinto meu sorriso magro
Meu rosto suado se encarquilhar
Quando franzo a testa e sério
Suo o rosto
Cor de madrugada
Quando me deprimo
E curvo os ombros prá pensar
Penso nos martírios
Todos os delírios loucos
Que vivenciamos
E vejo por quantos anos
Nos aventuramos
Querendo voar
Voar pra sair de perto
De todo o deserto desses abandonos
E constatando o desengano
Se despedaçar
Desfeito em pedaços
Sigo no encalço destes sonhos
Sinto meu sorriso largo
Coração amargo se atrapalhar
Quando frazo a testa e sério
Suo o rosto
Cor de madrugada
Quando abro os olhos
Olhos claros para o mar

(Desengano, do Lula Côrtes e Tito Lívio)
*Grata ao Edu por esta

Um comentário:

Bel disse...

Desengano de Lula Cortes e Tito Livio.
Canção maravilhosamente gravada por Zeca Baleiro no CD CONCERTO que acaba de ser lançado.

Vonfira!