30 de jul. de 2008

Porque não resisto a listas (peguei na Lu)

Quatro empregos que eu já tive:

01. professora de reforço
02. monitora de laboratório
03. técnica de telecomunicações
04. técnica de informática

Quatro filmes que eu assisto sempre que passam:

01. Tubarão I e II (por causa do Dreyfuss)
02. Contatos Imediatos do 3º grau. (Viva Spielberg)
03. Auto da Compadecida
04. Como se fosse a primeira vez

Quatro lugares que eu já morei:

01. Itabuna/BA
02. Ilhéus/BA
03. Fortaleza/CE
04. Recife/PE

Quatro programas de tv que eu gosto:

01. Zoombido, no Canal Brasil
02. A Favorita (eu confesso)
03. Altas Horas
04. Pesca Mortal

Quatro pessoas que me mandam e-mail regularmente:

01. Lula
02. Guga
03. Popo
04. Queque

Quatro coisas que você faz todo dia sem falta:

01. como
02. durmo
03. boto filhota prá dormir
04. revejo lembretes no celular

Quatro comidas favoritas:

01. polvo cozido na água sal e cebola, com molho especial
02. pão
03. costeleta de porco no forno
04. ervilhas frescas

Quatro lugares onde eu gostaria de estar:

01. Chapada da Diamantina
02. Maceió
03. num sítio
04. em Santiado do Chile

Quatro pessoas que eu desafio a postar isso:

Quáquer um.

Tipos 2 – A Abandonada

A sala de espera do consultório é pequena. Sete mulheres nos exatos sete lugares dos dois sofás existentes. Ela surgiu algumas vezes na porta de vidro, sorriu ou exclamou rapidamente para a atendente loura e sisuda. "Vou dar uma volta, é tão grande o hospital". "A senhora pode se sentar, eu não vou entrar agora". Os cigarros se sucedem.

Entra e senta afinal, cruza as pernas brancas e flácidas, de quem perdeu e ganhou peso várias vezes. Camiseta clara, composta, saia jeans. Alta, magra. Cabelos descuidados cortados à altura dos ombros. Olheiras. Uma face perfeitamente esquecível. Mas fala muito, o que chama atenção.

"Como está frio o dia".

"Mas como essa moça – e aponta a revista que tem nas mãos - está gorda, não é?”

Em algum momento incerto a narrativa de sua história se inicia.

O marido trabalha em outra capital. E ela não sabe muito bem por quê, um dia, após trinta anos de casada, ele disse "Olhe, eu não quero mais morar com você".

O porquê, contudo, tem grossos cabelos, um corpo pequeno e moreno, "realmente", enlouquecedor - e segura as própria ancas e seios para demonstrar. "Uma coisa é verdade, ela nunca me incomodou. Esta mulher nunca me telefonou".

E, apesar de tudo, não, ele não saiu de casa. Retorna nos finais de semana, deitam-se juntos na cama e não se tocam. "E nos feriados, também. Natal, ano novo, ele sempre está em casa". Mas a filha casou, e ela está muito só. "Já faz quatro anos". "Não, nunca fui à Fortaleza".

Não sorri em momento algum. Tampouco esboça lágrimas ou pesar.

"Sim, eu vou ao psicólogo. A doutora é ótima".

Relata suas doenças, seus achaques. Diz onde mora. Não, nunca trabalhou. Fala da sogra. "Como ela me detesta". Mas foi ela quem a salvou quando teve seu enfarte, parece que esqueceu!

"Uma coisa é verdade, em minha casa nunca faltou nada".

Outro dia o marido chegou de Fortaleza reclamando "Que dor no pescoço" – e ela mostra onde doeu, mão espalmada. Foram ao médico. "Estou precisando de sapatos", ele diz. Ela o leva ao shopping.

Quando ela entra no consultório, eu a vejo à janela do prédio em que mora, entre espirais de fumaça do cigarro.

Quando sai, está sorrindo.

"Boa sorte."

"Para você também, querida".

23 de jul. de 2008

Hum

"Não existe ex-blogueiro".

Ui.

Será uma praga, um carma, uma maldição?

Ok, não digo mais se for embora, não digo mais quando fico, agora é com o vento.

(Sweet, pensando em Jerry Lewis derna ontem, quando vi uns pedaços da história deles, Martin & Lewis. Aquilo sim era Sessão da Tarde. Tais pensamentos me fazem pensar que hoje, nesses dias, não se produz mais nada que será eterno, salvo raras exceções como, talvez, Harry Potter. O que também pode ser tão somente velhice dessa que vos escreve).

Curtam. Porque tem algumas coisas na vida que são únicas, ninguém nunca fará igual.




(Detalhe: quem canta a nova trilha do Maio é o Martin, Dean Martin. Não se assustem com a introdução, "That´s Amore" é sempre in, embora esta introdução seja mesmo tétrica. E, ah, como ele, dançava bem...)

17 de jul. de 2008

Sinceramente, ando sem o mínimo interesse nisto aqui.

Até qualquer dia, então, caso o desejo volte. Ou não. Talvez dê uma saudade quando pensar muito em uma canção, mas enfim, era mais esta a função que este blog vinha tendo mesmo: expor-me em momentos em que a emoção transbordava um pouco as minhas medidas. Se disto derivou interatividade, que bom. Nunca foi sua principal razão de ser. Bjs de até não sei quando ou talvez nunca mais.

O que não significa que pararei de ler os linkados ;-)

13 de jul. de 2008

A amora não é miúda, é miura (ou miúra?)


Fonte: Globo Rural

Para ler.

Vai aí uma cházinho?

(o vídeo aqui em casa rodou meia-boca, insistam....)

9 de jul. de 2008

Para você, que é meu amor

Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento, todo o sofrimento
Eu sinto que a alma cá dentro se acalma
Nos versos que canto

Foi Deus, que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas, deu oiro ao sol
E prata ao luar
Foi Deus, que me pôs no peito
O rosário de penas que vou desfiando
E choro a cantar

E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu o luto às andorinhas, ai
E deu-me esta voz a mim

Se canto, não sei o que canto
Um misto de ventura, saudade, ternura
E talvez amor
Mas sei que cantando, sinto o mesmo que quando
Se tem um desgosto e o pranto no rosto
Nos deixa melhor

Foi Deus, que deu voz ao vento
Luz ao firmamento e deu o azul
Ás ondas do mar
Foi Deus, que me pôs no peito
O rosário de pemas que vou desfiando
E choro a cantar

Fez poeta o roxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à Primavera, ai
E deu-me esta voz a mim.

Bolo da Clarota



Ficou meio misturado, porque o painel foi com o Daniel Radcliffe "de hoje" e o bolo, como vêem, com o menininho Harry Potter que ele foi a alguns anos atrás... Mas, enfim... Deu tudo certo.

E estava uma delícia.

Esta vela do lado esquerdo da foto é que foi uma loucura, a danada começa a tocar "Parabéns para Você' e só pára depois de três dias, segundo Antônio, o garçom. Claro que não quis fazer o teste, dei um jeito chegando em casa...



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Não consigo mais editar comments no haloscan, alguém sabe prumode?

3 de jul. de 2008

Respirei fundo.
Mergulhei.
Lá no fundo, o chão era mole, mas pude segurar a areia para trazê-la para cima.
Prá poder contar que estive lá e voltei.
Foi como um vento que me levou e me trouxe.


2 de jul. de 2008

Da noite

Não sou do tipo de pessoa que gosta de ter pensamentos ruins sobre as pessoas. Simplesmente não suporto. Raiva, é algo que não suporto. Estranho, mas definitivo este ser assim.

Aquela catarse de ódio pela qual tantos transitam com tanta desenvoltura, e quando acaba... ah, aquela expressão de alívio que os envolve... que inveja...

Seria melhor sentir, centenas e centenas de vezes.


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O pior disso tudo é como interpretam esta faceta. Obviamente, a imensa maioria e a maioria imensa crê tratar-se de pura falsidade. A débil aqui que se vire para lidar com os olhares oblíquos, o ar de desdém, o olho gordo. Sim, o olho gordo. Gente que tem raiva de tudo odeia quem não consegue sentir raiva.

Pior que tudo isso só mesmo o fato de que compreendo perfeitamente o que os outros pensam de pessoas como eu. É entender que é esta mesmo a mensagem que eu passo, ainda que não seja a verdade. Por que gente assim... putz... dá muita raiva...

Eu hein...

Pessoas como eu só entendem o que os outros pensam delas quando se deparam com pessoas piores do que elas, naquele aspecto... Sacumé? Gente boazinha demais...

Meu deus, que raiva que dá... Dá vontade de dizer: dá licença de sair de cima do muro?

Ok, ok, relevem este post... É pura conversa de mesa de bar, o único detalhe é que não bebo mais e isto é um blog.

1 de jul. de 2008

Da tarde

Eita, cidadão, fazia uma data que não me via numa tarde de terça-feira tão livre até mesmo para estar postando por aqui.

Livre, livre, livre. Para escrever abobrinha sem culpa. Aleluia irmão.

Não é férias, mas é quase.

Afinal,
após 14 anos em um determinado posto de trabalho inaguentável (mudei, mudei, mudei, "como é bom mudar!", cantava a brisa);
6 anos de faculdade;
5 meses assombrada pela 'tal da oab' (o resultado não saiu, mas, ah... dane-se!)

parece que tiraram uma "coisa" das minhas costas...

Ui, sai prá lá tribufu...


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Viram esse?





Nossa, adorei... Deu até vontade de comprar, vixe...


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Pergunta-se: amora miúda emagrece?


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Ultimamente tenho chegado a umas conclusões positivas sobre a criatura que sou. Por exemplo: sou irresponsável. Posso ser. Sei ser. Dá prá ser um pouquinho, de vez em quando. Ninguém vai morrer, se eu for. O mundo não vai se acabar, nem vai voltar a existir esquerda, se eu for.

Eu nem estou sendo. Mas enfim, este post é a cara desta nova idéia. O mundo é bom, Sebastião. Argh.